14 de fevereiro de 2010

Maioria das alergias alimentares é mito

Cerca de 20% das pessoas acreditam sofrer de alguma intolerância alimentar, mas apenas de 1% a 2% realmente apresenta algum caso de alergia diagnosticada clinicamente. A informação é da especialista em alergias da Universidade de Portsmouth, Carina Venter, autora do livro Food Hypersensitivity: Diagnosing And Managing Food Allergies And Intolerance (Hipersensibilidade Alimentar: Diagnosticando e Administrando Alergias e Intolerância à Comida), à venda no Brasil por encomenda. 
Segundo declaração da médica publicada no site Daily Mail, as restrições feitas sem acompanhamento de um especialista podem levar a doenças de fato, pois quem julga ser alérgico a algum ingrediente acaba cortando todo um grupo de alimentos de sua dieta. "As implicações à saúde ao limitar a dieta desta maneira podem ser muito piores do que alergias ou intolerâncias a certos alimentos, pois são necessários apenas alguns anos para causar impacto a longo prazo", disse. 

Uma recente pesquisa realizada nos Estados Unidos com garotas entre dez e 13 anos que alegavam ter alergia à lactose mostrou que mais da metade delas não tinha problema algum em digerir a substância. O que conquistaram com essa decisão foi consumir quantidade menor de cálcio do que a recomendada diariamente, comprometendo a saúde dos ossos, que estão em formação até os 18 anos. Leite e derivados são algumas das melhores fontes de nutrientes que ajudam a formar ossos saudáveis como cálcio, fósforo e proteínas. 

A médica ataca celebridades, como Victoria Beckham, que não consomem nenhum alimento derivado do leite e ajudam a popularizar o mito das dietas com restrições, o que estaria associado também com o desejo de alcançar ou manter a boa forma, e não com um diagnóstico real de alergia. 
 

Alergia ou intolerância? 
A reação alérgica a algum alimento acontece quase que instantaneamente ao contato com o mesmo, independentemente da quantidade. Erupções na pele, suor e dificuldades em respirar são os sintomas mais comuns. Mas há também o risco de choque anafilático. Isso acontece porque o corpo, ao identificar a substância tida como perigosa, produz grandes quantidades de anticorpos. 

Já quando se tem intolerância a algum ingrediente as reações demoram mais a aparecer, e podem levar horas ou dias para se manifestarem. Geralmente acontecem devido à ausência de enzimas específicas necessárias para digestão do alimento. 

O sintomas mais demorados dificultam a identificação de qual alimento ou substância pode ter causado o desconforto e apenas uma consultoria com especialista seguida pela análise de um diário de alimentação e de sintomas poderão dar pistas do vilão. Confira os sintomas:

Lactose
Sintomas de alergia: urticária, vermelhidão, inchaço labial, respiração ofegante, coceira crônica, ânsias de vômito, diarreia e dores de estômago agudas. Sintomas de intolerância: diarreia e inchaço.

Trigo
Sintomas de alergia: urticária, inchaço facial, respiração ofegante, coceira crônica, vômitos, diarreia e dores de estômago agudas. Sintomas de intolerância: juntas doloridas, dores de estômago, inchaço e depressão.

Álcool
Sintomas de alergia: palpitações cardíacas, sensação de calor intenso e dores de cabeça lancinantes, cuja origem está na falta de uma enzima que metaboliza o álcool. Sintomas de intolerância: Rubor nas faces, espirros e congestão.

Frutos do mar
Sintomas de alergia: Choque, obstrução das vias respiratórias e perda de consciência. Segundo os médicos, neste caso, as alergias tendem a ser bem específicas, como ao atum cru, mas não ao alimento enlatado, ou ao salmão, por exemplo.


Não existe intolerância aos alimentos, segundo a medicina. Muitas vezes há confusão com intoxicação devido ao consumo de alimentos crus ou mal conservados, o que pode causar vermelhidão, erupções na pele e diarreia.

fonte: Terra

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