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25 de agosto de 2011

Médicos desconfiam dos genéricos. População aprova

Segundo uma pesquisa, muitos médicos brasileiros têm dúvidas da eficácia e segurança dos medicamentos genéricos. No entanto, para os consumidores o cenário é mais favorável em relação aos remédios genéricos.

A população tem confiança nos genéricos e até chega a pedir ao seu médico que os prescreva. No entanto, muitos dos profissionais de saúde entrevistados ainda têm restrições quanto à qualidade desses medicamentos.

Os dados são de uma pesquisa divulgada na tarde desta terça (23) pela Proteste Associação de Consumidores durante o IX Seminário Internacional de Defesa do Consumidor, realizado em São Paulo. Para conhecer a percepção e os hábitos da população quanto aos genéricos, o órgão ouviu 690 consumidores e 119 médicos entre abril e junho de 2011.

Entre os consumidores ouvidos, 83% acreditam que os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de marca - para 80%, a segurança é idêntica. A maioria (90%) apontou facilidade na compra como uma vantagem.

Segundo a Proteste, 45% dos médicos que responderam os questionários suspeitam que o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos rigoroso do que o dos de marca. Embora 92% afirmaram ter prescrito genérico a pedido dos pacientes ou para reduzir o custo do tratamento, para 44% deles esses medicamentos são mais vulneráveis a falsificações.

Para 30% dos profissionais de saúde entrevistados, os genéricos não são tão eficazes e não são tão seguros; para 23% não são tão seguros como os de referência; 42% não têm o hábito de prescrevê-los; e, para 88%, os farmacêuticos infuenciam os consumidores a substituírem o medicamento prescrito pela versão genérica.

Os genéricos, que passaram a ser vendidos no Brasil a partir de 2000, representam 21% das vendas de medicamentos. A taxa é considerada pequena. Segundo a Pró Genéricos, entidade que representa os fabricantes do setor, a principal razão é a judicialização das patentes. Ou seja, os laboratórios entram com medidas na Justiça para esticarem o direito de exclusividade sobre a venda de marcas que estão para expirar. "Isso traz uma insegurança para o setor, que fica sem saber se poderá ou não lançar a versão genérica", disse Luciano Lobo, coordenador técnico da Pró Genéricos, que participou do seminário.


fonte: BrasilAtual

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28 de outubro de 2010

Antibióticos agora só são vendidos com retenção da receita médica


A partir de 28 de novembro, o consumidor só poderá receber antibióticos se apresentar duas vias de uma receita de controle; uma delas ficará retida no estabelecimento e a outra será devolvida ao paciente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica norma referente à venda de antiobióticos em farmácias e drogarias de todo o país.

A resolução da Anvisa estabelece critérios para embalagem, rotulagem, dispensação e controle de medicamentos de substâncias classificadas como antimicrobianas e, ainda, faz parte do plano de ação da agência para impedir o aumento de casos de infecção pelas chamadas superbactérias, como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Só no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde já diagnosticou 194 pessoas com a enzima.
Além da obrigatoriedade da retenção da receita, a portaria traz outras recomendações. Entre elas, a necessidade dos prescritores entregarem o documento em duas vias para os pacientes sem rasura, de forma legível e registrados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A validade da receita passa a ser de apenas dez dias.

Haverá também mudança no rótulo: os medicamentos deverão incluir a seguinte frase na bula e na embalagem: "Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita". O prazo é de 180 dias para as empresas se adequarem à norma.

As medidas valem para mais de 90 substâncias, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos de uso exclusivo no ambiente hospitalar.

fonte: IG/Terra/Estadao
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15 de agosto de 2010

Medicamentos falsos são consumidos em grande quantidade no Brasil


Os brasileiros são os que mais consomem medicamentos falsos em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica nesta categoria remédios pirateados, contrabandeados e aqueles que não têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Esses números preocupam a Anvisa, que pretende alertar a população sobre o mal de consumir produtos falsificados.

De acordo com a Anvisa, 20% dos remédios vendidos no país são falsos. Por isso os consumidores devem ficar atentos às características da embalagem que certificam que o produto não é falsificado ou irregular. Remédios falsos podem provocar problemas de saúde, agravar sintomas que já existem e até levar à morte.

Entre os itens de segurança estão a caixa do medicamento, a raspadinha e o selo ou lacre que torna a embalagem inviolável, tudo deve estar sempre fechado. No caso da raspadinha, ela fica em uma das duas laterais da embalagem, possui tinta reativa que não descasca e ao ser friccionada com objeto de metal expõe a palavra “qualidade” e a logomarca da empresa. Outra observação importante é verificar se a embalagem não foi violada e está em boas condições.

“Distinguir um medicamento verdadeiro de um falsificado, embora possa parecer simples, pode confundir o consumidor ao ter de lembrar-se de todos os detalhes que demonstram a originalidade do produto, daí a importância imprescindível de solicitar a presença do farmacêutico na farmácia, que deverá esclarecer com propriedade todas as dúvidas relacionadas ao remédio e sua procedência”, completa a tutora do Portal Educação, Carolina Marlien.

Para identificar um medicamento verdadeiro as pessoas podem observar nas embalagens o nome comercial do medicamento, denominação genérica da substância ativa, nome, endereço e CNPJ do detentor de registro no Brasil, bem como o nome do fabricante e local de fabricação do produto. Outro ponto a ser observado é a data de fabricação e validade. No medicamento deve constar também o número do lote, o telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), cuidados de conservação com indicação da faixa de temperatura e condições de armazenamento e a sigla MS seguida do número de registro no Ministério da Saúde. O registro inicia-se com o número 1 e possui treze dígitos.

Vale a consciência do cidadão em não adquirir medicamentos de ambulantes, em feiras ou pela Internet. O consumo de medicamentos requer cuidado e deve sempre ser comprado em farmácias e drogarias com a orientação do farmacêutico.

No caso de suspeita de produto falso, o consumidor pode fazer denúncia ao Procon do seu município ou procurar a vigilância sanitária (Anvisa), que também avalia a denúncia por e-mail (ouvidoria@anvisa.gov.br), pelo número 0800 642 9782 da Central de Atendimento ou disque Saúde 0800 61 1997.

fonte: PortalEducação
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4 de agosto de 2010

Projeto prevê coquetel para emagrecimento sem anfetamina


Está sendo votado no Senado um projeto de lei que prevê a regulamentação da venda de remédios que contêm anfetamina. Caso seja aprovado, os médicos não poderão incluir a anfetamina nos coquetéis de emagrecimento. Além disso, a substância só poderá ser vendida com a apresentação da receita médica, que ficará retida na farmácia. Para ser importada ou exportada, será necessária uma autorização da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Portarias e resoluções do governo já controlam a distribuição deste componente, mas não há uma lei específica que proíba a venda. Especialistas acreditam que a nova lei pode garantir a punição dos envolvidos neste mercado.

Campeão
O Brasil é o campeão mundial do uso de anfetaminas. São 30 toneladas por ano. Cerca de 90% das compras são feitas por mulheres, que em 2/3 dos casos usam o medicamento sem acompanhamento médico e por mais de 6 meses.

O projeto original da lei, elaborada pelo senador Marcelo Crivella, tinha como intuito banir a anfetamina do país. Entretanto, como alegou a senadora Rosalba Ciarlini, a substância pode ser usada para tratar outras doenças, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, da obesidade (com restrições) e da narcolepsia. A senadora é responsável pelo novo formato de lei que está em votação.

fonte: eBand
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18 de abril de 2010

Substância polêmica põe especialistas em alerta


O primeiro medicamento de marca à base de creatina liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou ao mercado, reativando uma polêmica. Isso porque, além de liberar sua venda nas farmácias, a Anvisa estuda autorizar a comercialização na categoria de suplemento para atletas.

Especialistas alertam para os riscos do consumo indiscriminado. O composto, feito com uma substância natural presente na carne, funciona como transportador de energia para o corpo, mas não deve ser usado por pessoas saudáveis que não pratiquem esportes de alto rendimento, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

No entanto, o mercado negro e prescrições indevidas têm permitido o uso da substância por pessoas saudáveis. A creatina era vetada no Brasil até que, há um ano, a agência liberou o uso da substância como medicamento. Até agora, estava disponível apenas em farmácias de manipulação.


Prós e contras
- Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva, a substância pode trazer benefícios a vegetarianos, pessoas com perda muscular pela idade ou doenças e em esportes que exigem potência e explosão, como corrida de 100m rasos e halterofilismo.
- Os maiores riscos do uso indiscriminado são relacionado a problemas hepáticos e renais causados pela sobrecarga da substância. O ganho de peso é outro efeito colateral.

fonte: ZeroHora
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15 de abril de 2010

Tamiflu gratuito está agora na Farmácia Popular

A Farmácia Popular, programa do Ministério da Saúde, começa a oferecer em algumas localidades do território nacional na quinta-feira (15), gratuitamente, o fosfato de oseltamivir, remédio usado no tratamento da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. O remédio será gratuito para pacientes com receita médica.

Segundo o ministério, todas as unidades do programa estão abastecidas com oseltamivir e prontas para atender à procura de pacientes com sintomas de gripe. No total, serão dois milhões de tratamentos disponíveis à população.

Para retirar o oseltamivir, o cidadão deve apresentar a identidade e a prescrição do medicamento emitida por médico da rede pública ou privada. A receita tem validade de cinco dias e ficará retida na unidade do Farmácia Popular.

- A receita é fundamental para evitar a automedicação, a corrida às farmácias e a venda de forma indiscriminada - justifica o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.

O medicamento também pode ser encontrado em postos e hospitais definidos pelas Secretarias de Saúde dos 26 estados e do Distrito Federal. Para 2010, o Ministério da Saúde tem estoque de 21,9 milhões de tratamentos adultos e pediátricos.


Indicação
O medicamento não é indicado para todo e qualquer caso de gripe.
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, o oseltamivir deve ser utilizado em pacientes com quadro de doença respiratória grave, cujo início dos sintomas tenha ocorrido no período de 48 horas. 
O antiviral, segundo avaliação médica, também está indicado para tratamento de pacientes com sintomas de gripe que sejam portadores de fatores de risco, como doença crônica e gravidez. Porém, segundo a orientação do fabricante, o laboratório Roche, o medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto. 

fontes: AgEstado/OGlobo
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14 de abril de 2010

Farmácias estão proibidas de vender vacinas contra gripe suína


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reafirmou nesta terça-feira que drogarias e farmácias não estão autorizadas a vender vacinas contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. Na última sexta-feira (9), a Anvisa e agentes da Polícia Federal encontraram vacinas falsas em estabelecimentos em Minas Gerais.

A campanha de imunização contra a doença tem sido realizada nos postos públicos de saúde para gestantes, doentes crônicos, crianças de seis meses a menores de dois anos de idade e jovens de 20 a 29 anos. Também estão entre os grupos prioritários os adultos de 30 a 39 anos de idade que devem tomar a dose da vacina no período de 10 a 21 de maio.

Quem está fora da lista do Ministério da Saúde, pode tomar a vacina em hospitais e clínicas particulares, mediante pagamento. Até o momento, apenas o laboratório Abbott pode comercializar a vacina que imuniza contra a doença, por já ter conseguido o registro de preços. A empresa informou que a partir desta semana as clínicas devem começar a receber o produto.

A Anvisa já autorizou dois outros laboratórios – Sanofi-Pasteur e GlaxoSmithKline – a produzir as vacinas contra a gripe suína, porém eles ainda não solicitaram a definição de preços, documento exigido para iniciar o comércio.

De acordo com a Anvisa, farmácias e drogarias só podem aplicar vacinas quando participarem de campanhas públicas de imunização, o que não ocorre na campanha contra a influenza A (H1N1) – gripe suína. Nesses casos, os estabelecimentos não podem cobrar pelo produto nem pelo serviço.

Caso suspeite de ter recebido uma dose de vacina falsa, a pessoa deve procurar orientação médica para checar a possibilidade de risco de reações graves, já que a composição é desconhecida. As denúncias podem ser feitas à autoridade local de vigilância sanitária, à Anvisa ou pelo telefone 0800 642 9782.

fonte: ZeroHora
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13 de abril de 2010

Campanha de combate a medicamentos falsificados


“Quem compra falso arrisca a vida e perde dinheiro”. A frase faz parte do jingle de rádio produzido para a campanha “Medicamento Verdadeiro”, lançada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta segunda-feira, (12) em Brasília (DF). O objetivo da campanha é orientar a população sobre os riscos do consumo de medicamentos falsificados.

A campanha é composta por um filme de 30 segundos para televisão, spots de rádio, cartazes, filipetas e jingles, que ensinam o consumidor a como diferenciar um medicamento verdadeiro de um falso. Também faz parte da campanha uma cartilha específica voltada para policiais federais, civis e militares que atuam na repressão a esse crime.

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, ressaltou a gravidade do crime de falsificação de medicamentos. “Ao contrário de um CD ou tênis, no caso dos medicamentos, o dano pode ser a morte”, ressaltou Mello.

“Depois dos inalantes e da maconha, os benzodiazepínicos e os estimulantes são as substâncias mais usadas pela população, muitas vezes por meios ilícitos, o que mostra que a preocupação com os medicamentos precisa ser constante”, lembrou o coordenador-geral do Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas, Vladimir de Andrade Stempliuk.

O secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), André Barcellos, citou a importância da iniciativa da Anvisa: “ao se disponibilizar informações que contribuem para o consumo consciente, possibilita-se, também, o exercício da cidadania”.

Escolas e instituições que desejarem receber cópias dos materiais da campanha devem entrar em contato pelo e-mail ascom@anvisa.gov.br.

O endereço do hotsite da campanha é: www.anvisa.gov.br/medicamentoverdadeiro

Fiscalização
A campanha “Medicamento Verdadeiro” é mais uma das muitas ações da Agência, que a partir de 2007, por meio de um convênio com a Polícia Federal, e da ação conjunta com as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais intensificou a fiscalização em farmácias e drogarias. Em 2008, foram aprendidas 40 toneladas de produtos irregulares, entre medicamentos falsificados, sem registro e contrabandeados. Já em 2009, com o aumento da repressão, o volume apreendido foi de 333 toneladas.

Segundo Dirceu Raposo de Mello, há 15 anos o problema estava restrito a vendedores ambulantes. Atualmente, já pode ser identificado até mesmo em farmácias e drogarias regulares, prática que vem sendo severamente combatida. O estabelecimento pode sofrer penalidades ainda mais graves se participar de algum programa governamental, como o “Farmácia Popular”. “O Estado Brasileiro não vai financiar quem não cumpre com o dever e utiliza o estabelecimento para práticas ilícitas”, alertou o diretor-presidente da Anvisa.

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30 de março de 2010

Anvisa altera 'sibutramina' para medicamento controlado


A partir desta terça-feira (30) os medicamentos que contêm a substância emagrecedora sibutramina terão um controle maior de prescrição e venda. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que remaneja a substância da lista C1 para a lista B2 dos remédios sujeitos a controle especial. As empresas detentoras de registro de medicamentos a base dessa substância terão prazo de 180 dias para fazer as alterações necessárias nas bulas e embalagens.

Com a mudança, a sibutramina passa a ser classificada como psicotrópico anorexígeno e a tarja do medicamento muda de vermelha para preta. Além disso, esses remédios só poderão ser vendidos com receituário azul (em que a numeração é fornecida pela vigilância sanitária). Até então, a sibutramina era comercializada com receita branca, que não é numerada pela autoridade sanitária.

A sibutramina foi desenvolvida na década de 80 como antidepressivo e age em áreas do cérebro que controlam não somente o humor e sensação de bem estar, como também o apetite. Por promover uma sensação de saciedade alimentar, é indicada no tratamento da obesidade ou quando a perda de peso está clinicamente indicada. É encontrada principalmente sob a forma do sal Cloridrato de Sibutramina e, no Brasil, está disponível no mercado nas concentrações de 10mg e 15mg na forma industrializada, além das formulações manipuladas em farmácias magistrais.

Segundo relatório da Anvisa, a população brasileira consumiu, em 2009, quase 2 toneladas do inibidor de apetite sibutramina.

Este mesmo relatório inclui o consumo de mais três psicotrópicos anorexígenos. "anfepramona", "femproporex" e "mazindol" e apontou que os brasileiros consumiram 1 tonelada de femproporex, 3 toneladas de anfepramona e 2,3 quilos de mazindol no ano passado.



Alerta
Em janeiro, a Anvisa divulgou um alerta para os profissionais de saúde sobre o uso da substância sibutramina no Brasil. A realização de um estudo, denominado "Sibutramine Cardiovascular Outcomes", demonstrou aumento do risco cardiovascular não fatal nos pacientes tratados com a substância.

O estudo indicou que o risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares aumenta em 16% nos pacientes que utilizaram o medicamento quando comparados àqueles tratados com placebo. Com base no estudo, a agência regulatória da União Europeia (EMA - European Medicine Agency) suspendeu a autorização de comercialização para o medicamento em todo o bloco.

Nos Estados Unidos, não houve proibição da fabricação e venda do medicamento. O FDA (FDA - Food and Drug Administration) solicitou a inclusão de novas contraindicações na bula do produto, para informar que a sibutramina não deve ser usada em pacientes com história de doença cardiovascular.

fonte: Anvisa/Terra
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21 de março de 2010

Anvisa quer incluir antibióticos na lista de remédios controlados


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai discutir em audiência pública na próxima quarta-feira (24), em Brasília, a inclusão dos antibióticos orais e injetáveis na lista de remédios controlados. A intenção é ampliar o controle sobre as vendas desse tipo de medicamento com medidas mais restritivas para a prescrição e comércio.

Entre as ações que podem ser adotadas pela Anvisa estão a exigência de retenção de receita, alterações nos dizeres de rotulagem e bula e escrituração de alguns antibióticos nas farmácias e drogarias. A agência pretende, ainda, publicar uma consulta pública com o detalhamento da proposta.

De acordo com a Anvisa, a ampliação do controle pretende reduzir os casos de resistência bacteriana e contribuir para o uso racional de medicamentos no país. Em nota, a agência diz que a resistência microbiana é um fenômeno biológico natural, mas que o uso indiscriminado de antibióticos e a automedicação potencializam esse processo e reduz a eficácia dos medicamentos, dificultando e encarecendo o tratamento.

fonte: FolhaOnline
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14 de março de 2010

Uso de plantas medicinais foi regulamentado pela Anvisa

Plantas Medicinais, medicamentos naturais, "drogas vegetais". Qualquer que seja o nome, o saber que permite o uso de plantas para cuidar da saúde passa geração em geração e é uma das maiores fontes de inspiração para a ciência em sua incansável busca de novos medicamentos.

O exemplo mais recente, de que o chá da folha de mamão papaia tem ação surpreendente contra o câncer, foi inspirada no saber indígena de nativos da Ásia.


Quase todo mundo já ouviu falar de alguma planta, folha, casca, raiz ou flor que ajuda a aliviar os sintomas de um resfriado ou mal-estar.
Em um esforço para unir ciência e tradição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer popularizar esse conhecimento, esclarecendo quando e como as drogas vegetais devem ser usadas para se alcançar efeitos benéficos.


Forma de preparo dos medicamentos naturais
Inaladas, ingeridas, usadas em gargarejos ou em banhos de assento, as plantas medicinais têm formas específicas de uso e a ação terapêutica é totalmente influenciada pela forma de preparo.
Algumas possuem substâncias que se degradam em altas temperaturas e por isso devem ser maceradas. Já as cascas, raízes, caules, sementes e alguns tipos de folhas devem ser preparados em água quente. Frutos, flores e grande parte das folhas devem ser preparadas por meio de infusão, caso em que se joga água fervente sobre o produto, tampando e aguardando um tempo determinado para a ingestão.
"O alho é um famoso expectorante e muita gente tem o hábito de usá-lo com água fervente. No entanto, para aproveitar melhor as propriedades terapêuticas, o ideal é deixá-lo macerar, ou seja, descansar em água à temperatura ambiente", explica a coordenadora de fitoterápicos da Anvisa, Ana Cecília Carvalho.
Uma pesquisa recente demonstrou que comer alho protege o corpo contra agentes cancerígenos.

Plantas medicinais sem contaminação
Outra novidade da resolução da Anvisa diz respeito à segurança: a partir de agora as empresas vão precisar informar à Agência sobre a fabricação, importação e comercialização dessas drogas vegetais no mínimo de cinco em cinco anos.
Os produtos também vão passar por testes que garantam que eles estão livres de microrganismos como bactérias e sujidades, além da qualidade e da identidade.
Além disso, os locais de produção deverão cumprir as Boas Práticas de Fabricação, para evitar que ocorra, por exemplo, contaminação durante o processo que vai da coleta, na natureza, até a embalagem para venda.
As embalagens dos produtos deverão conter, dentre outras informações, o nome, CNPJ e endereço do fabricante, número do lote, datas de fabricação e validade, alegações terapêuticas comprovadas com base no uso tradicional, precauções e contra indicações de uso, além de advertências específicas para cada caso.

Drogas vegetais e fitoterápicos
As drogas vegetais não podem ser confundidas com os medicamentos fitoterápicos. Ambos são obtidos de plantas medicinais, porém elaborados de forma diferenciada.
Enquanto as drogas vegetais são constituídas da planta seca, inteira ou rasurada (partida em pedaços menores) utilizadas na preparação dos populares chás, os medicamentos fitoterápicos são produtos tecnicamente mais elaborados, apresentados na forma final de uso (comprimidos, cápsulas e xaropes).
Todas as drogas vegetais aprovadas na norma são para o alívio de sintomas de doenças de baixa gravidade, porém, devem ser rigorosamente seguidos os cuidados apresentados na embalagem desses produtos, de modo que o uso seja correto e não leve a problemas de saúde, como reações adversas ou mesmo toxicidade.

Crianças só podem tomar a partir dos 3 anos
Uma preocupação da Anvisa é a posologia. A agência explica, por exemplo, como a droga vegetal deve ser consumida, se criança pode tomar. É preciso ficar atento porque as plantas só devem ser usadas a partir de 3 anos. Inexistem estudos em crianças abaixo desta faixa etária.
- O grupo de 3 anos a 7 anos só pode usar 25% da dose de um adulto. A faixa de 7 anos a 12 anos pode tomar a metade da dose indicada aos adultos; o mesmo vale para idosos acima de 75 anos. Muitos consumidores desconhecem isso e abusam. Há mães que oferecem uma mamadeira inteira de chás - diz Cecília.
A Anvisa chama a atenção ainda para as plantas com histórico de complicações, quando mal usadas, como a quebra-pedra. E reforça que as espécies citadas servem apenas de auxílio contra males sem gravidade.
O médico Alex Botsaris, diretor do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM) e da equipe do Programa Estadual de Plantas Medicinais (SES/RJ), aprova a resolução. Ele cita um estudo da década de 90, feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), mostrando que, de cada dez amostras de chás e plantas medicinais no comércio, sete apresentavam algum problema sério de qualidade. Os principais foram: fezes de animais, ovos de vermes, pedaços de insetos, contaminação por bactérias e fungos e troca da espécie vegetal (o que era vendido não correspondia ao rótulo).
Num outro estudo com espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), mais de 65% das amostras coletadas no comércio eram de outra espécie. A maioria era Sorocea bomplandi, planta com toxicidade significativa que pode causar hepatite.
- Grande parte das plantas medicinais de uso corrente e que está nessa nova lista da Anvisa tem um nível de segurança muito bom. A toxicidade é baixa, inferior a de medicamentos de venda livre como analgésicos em geral. Entretanto, se não houver ética, técnica adequada e cuidados no preparo, os riscos aparecem - alerta Botsaris.
Por exemplo, o guaco (Mikania glomerata) é excelente para bronquite e seria seguro até em bebês, segundo Botsaris. Porém, se a pessoa deixa o guaco se contaminar com fungos, eles causam reação na molécula cumarina, formando dicumarol, um potente anticoagulante. E há casos de crianças que tomaram produtos de guaco feitos com a erva contaminada e tiveram sangramento espontâneo pelo nariz e por vias digestivas.
- Esse problema ainda ocorre. Com a nova resolução da Anvisa, é possível que comece a acabar - afirma. - É um primeiro passo para buscarmos produtos com maior qualidade e segurança. 

Risco é baixo, mas podem ocorrer sérios danos
Botsaris afirma ainda que as pessoas pensam que planta medicinal não faz mal. Isso ocorre porque na maioria dos casos elas têm segurança boa, ou seja, a quantidade tóxica é muito superior à dose terapêutica. Para ilustrar, a dose tóxica da carqueja é cerca de 40 vezes superior à terapêutica, e mesmo assim ela vai causar apenas náuseas, vômitos e diarreia. E se o mesmo acontecer com fármaco convencional, isso provavelmente será fatal.
Mas nem sempre as plantas medicinais possuem esse nível de segurança, alerta o médico. O confrei (Simphytum officinale) - muito conhecido - contém alcalóides tóxicos. É aplicada como cicatrizante, e um dia alguém inventou que ela também cicatrizava as artérias, prevenindo assim doença cardíaca. O uso indiscriminado para proteger o coração provocou vários casos de doença no fígado:
- Até o Ministério da Saúde proibiu o uso interno de confrei, mas até hoje há pessoas que a utilizam dessa forma - Outro problema é que os médicos possuem um nível baixo de informação sobre os fitoterápicos e não estudam as plantas medicinais na faculdade, como devia ser.


Para saber o modo de preparo de cada planta medicinal, veja a tabela preparada pela Anvisa.

fonte: DiáriodaSaúde/OGlobo
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12 de março de 2010

Como a automedicação pode prejudicar sua saúde


A intoxicação por medicamentos é responsável por 29% das mortes no Brasil e, na maioria dos casos, é conseqüência da auto-medicação. Em algumas situações ou em determinados pacientes estas complicações podem ser fatais, mas o normal é o agravamento de doença.

A automedicação é uma prática bastante difundida não apenas no Brasil, mas também em outros países. Em alguns países, com sistema de saúde pouco estruturado, a ida à farmácia representa a primeira opção procurada para resolver um problema de saúde, e a maior parte dos medicamentos consumidos pela população é vendida sem receita médica. Contudo, mesmo na maioria dos países industrializados, vários medicamentos de uso mais simples e comum estão disponíveis em farmácias, drogarias ou supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de receita médica (analgésicos, antitérmicos, etc.). A decisão de levar um medicamento da palma da mão ao estômago é exclusiva do paciente. A responsabilidade de fazê-lo depende, no entanto, de haver ou não respaldo dado pela opinião do médico ou de outro profissional de saúde.

Para encurtar os caminhos para a obtenção do alívio dos incômodos que o afligem, em inúmeras ocasiões, diante de quaisquer sintomas, especialmente os mais comuns como aqueles decorrentes de viroses banais, o brasileiro se vê, de pronto, impulsionado a utilizar os medicamentos populares para gripe, febre, dor de garganta, etc.; ou a procurar inicialmente orientação leiga, seja dos amigos íntimos ou parentes mais experientes ou até mesmo do farmacêutico amigo, à busca de solução medicamentosa. A mídia televisiva e vários outros meios de comunicação e propaganda como o rádio ou "outdoors" insistem com seus apelos a estimular a todos a adotar tal postura, inserindo no final da propaganda a sua tradicional frase "persistindo os sintomas um médico deve ser consultado", como se isso os isentasse de toda e qualquer responsabilidade.

A automedicação é a terceira causa de internação por alergia ou intoxicação aos medicamentos. Os principais vilões são os antiinflamatórios, analgésicos e antibióticos, alguns vendidos livremente porque não há necessidade de receita médica. Os principais sintomas da reação alérgica ao medicamento são inchaços nos olhos e na boca e manchas vermelhas. O tempo de reação após a automedicação pode acontecer minutos após a ingestão do medicamento e até mesmo depois de semanas. As pessoas podem desenvolver reações alérgicas mesmo que já tenham tido contato com aquele medicamento antes. Além disso, recentes estudos mostram que uma série de substâncias ditas "inocentes", como cremes de ginseng, têm ação proliferativa endometrial (no útero), podendo levar a quadros hiperplásicos que algumas vezes podem representar lesões precursoras de adenocarcinoma (câncer).

A automedicação pode mascarar diagnósticos na fase inicial da doença. Exemplo marcante é no diagnóstico de apendicite aguda. O doente inicia com um quadro frusto, se automedica com antibióticos. Como conseqüência, a apendicite aguda em fase inicial, que se resolveria com uma apendicectomia, (cirurgia para retirar o apêndice), tecnicamente fácil, pode evoluir para um quadro de peritonite grave com conseqüências às vezes funestas. Outro exemplo relevante é o uso abusivo de antibióticos, sem qualquer critério. Além de freqüentemente ser desprovido de eficácia, pode facilitar o aparecimento de cêpas de microorganismos resistentes, com óbvias repercussões clínicas e prognosticas.

Na hora de se medicar, evite tomar remédios por conta própria ou seguir conselhos de amigos ou balconistas de farmácia. A pessoa mais indicada para receitar um medicamento é o médico. A auto-medicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado além de não curar pode piorar a saúde.

Evite comprar medicamentos em feiras, camelôs e em farmácias e drogarias que você não conhece. Fique atento também com promoções e liquidações, pois preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa.

Não esqueça de verificar na embalagem do remédio:
* Se consta a data de validade
* Se o nome do produto pode ser lido facilmente.
*Se não há rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada
* Se consta o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia. O registro do farmacêutico responsável deve ser do mesmo Estado em que a fábrica do medicamento está instalada.
* Se consta o número do registro do medicamento no Ministério da Saúde;
* Se o número do lote, que vem impresso na parte de fora, é igual ao que vem impresso no frasco ou na cartela interna;
* Se você suspeitar que o remédio é falsificado, ligue para o Disque Saúde e peça orientação. O número é 0800-611997 e a ligação é gratuita.

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10 de março de 2010

Como se prevenir dos remédios falsificados


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 20% dos remédios vendidos no Brasil são falsos, contrabandeados ou não são liberados para venda pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Produtos muitas vezes comprados nas próprias farmácias, que não fazem o efeito esperado, prejudicam tratamentos médicos e podem até matar. Mas, afinal, como o consumidor pode se prevenir dos remédios piratas?
O chefe de segurança institucional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Adilson Bezerra, dá orientações como “observar se a farmácia tem alvará de funcionamento, se tem a presença de um farmacêutico, o que é obrigatório, e exigir nota fiscal, já que os itens falsificados ou contrabandeados não têm nota”.
Bezerra recomenda ainda a “só adquirir medicamentos prescritos que estejam dentro da caixa, lacrada ou com selo de segurança e sem danos ou alterações”.
De acordo com o Ministério da Saúde, os tipos mais comuns de falsificações no país são a mistura de medicamentos líquidos com água ou outro diluidor, e até farinha. Alterações na data de vencimento também são utilizadas.

Mais pirateados
Os remédios mais pirateados são os usados para disfunção erétil Viagra, Cialis e Pramil, assim como os indicados à redução de peso e anabolizantes. “Mas, um pouco de tudo é falsificado. Em 2007 apreendemos um medicamento para leucemia”, diz Bezerra.

Boa parte dos produtos ilegais vem do Paraguai.
Segundo a Anvisa, os medicamentos irregulares costumam chegar ao consumidor principalmente por meio de vendas pela internet e bancas de camelôs. Porém, as irregularidades têm crescido também nas farmácias.

No ano passado, apenas no primeiro semestre, a Anvisa apreendeu 316 toneladas de produtos pirateados, a maior quantidade já registrada no país. No mesmo período de 2008 foram apreendidas 45,5 t. Bezerra diz que quadrilhas começaram a ver neste tipo de crime “possibilidade de lucro excessivo.”
A pirataria de remédios é crime hediondo e pode render até 15 anos de prisão.
Na semana passada, duas sócias suspeitas de venderem remédios falsificados foram presas pela Polícia Civil em Osasco. Nas duas drogarias de propriedade delas, a Prado LTDA (avenida Cruzeiro do Sul, 912) e Unifarma (rua Dorival Seabra, 507), foram apreendidas falsificações de produtos como Viagra, Cialis, Dexadurabolim e Duratexton.
Na ação (em parceria com a Anvisa), também foram encontrados medicamentos controlados, vendidos como anabolizantes, e Pramil (de comercialização não autorizada no país).
Após o episódio, a Secretaria municipal de Saúde prometeu aumentar a fiscalização nas farmácias da cidade.


Dicas
- Só tome medicamentos com receita
- Só compre em farmácias, de preferência conhecidas
- Observar se a farmácia tem farmacêutico e alvará de funcionamento
- Verifique a embalagem do produto (se consta data de validade, não esta danificada, se consta número de registro na Anvisa e etc.)
- Exija sempre nota fiscal
- Se o medicamento não fizer efeito, procure um médico
- Em caso de suspeitas e para mais informações ligue para o Disque Saúde: 0800 61 1997

fonte: VisãoOeste
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27 de fevereiro de 2010

Viciados em medicamentos superam usuários de drogas

O uso abusivo de medicamentos supera o uso de drogas no mundo. Os chamados remédios controlados, que só podem ser usado com receita médica, cresceu tão rapidamente no mundo todo que o número de viciados em medicamentos superou o número de usuários de cocaína, heroína e ecstasy juntos.
"As pessoas tendem a achar que o uso abusivo dos medicamentos prescritos é apenas um uso inadequado de substâncias para tratar problemas de saúde. Mas esses incidentes são frequentemente resultado de um vício que pode ser tão letal como a dependência de drogas como a heroína ou a cocaína", diz um documento divulgado pela ONU.

Droga sem fiscalização
O alerta faz parte de um relatório divulgado  pelo INCB (International Narcotics Control Board), uma organização ligada à ONU.
Segundo a organização, os remédios controlados são mais fáceis de se obter e não recebem a mesma atenção da fiscalização que as drogas. Mas os dois problemas não são muito diferentes, já que ambos são vícios.

Celebridades e anônimos
Embora a morte de celebridades sempre chame a atenção para o problema, como ocorreu recentemente com o cantor Michael Jackson, que supostamente morreu depois de receber medicamentos do seu médico, sempre chamam a atenção para o abuso de medicamentos.
Mas, segundo o INCB, este não é um problema de celebridades. Calcula-se que, só nos Estados Unidos, 6,2 milhões de pessoas usaram medicamentos de forma abusiva em 2008.
O relatório afirma que, na Alemanha, entre 1,4 milhão e 1,9 milhão de pessoas são viciadas em medicamentos. No Canadá, entre 1% e 3% da população abusam dos chamados opioides.
Em vários países europeus - França, Itália, Lituânia e Polônia - o percentual de estudantes que revelou usar sedativos ou tranquilizantes fica entre 10% e 18%.

Farmácias online
O órgão da ONU pediu aos países que monitorem mais de perto as farmácias online, tidas como um grande elemento incentivador da aquisição dos medicamentos "controlados". Segundo a organização, os países devem fiscalizá-las ou fechá-las.

fonte: DiáriodaSaúde
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21 de fevereiro de 2010

São positivas as novas regras para as farmácias?

 

Saúde é direito, e não simples mercadoria

AS NOVAS regras para farmácias e drogarias que entraram em vigor nesta semana aprovadas, em agosto de 2009 pela A,nvisa, reacendem um antigo debate na sociedade brasileira: saúde é direito ou simples mercadoria?
De acordo com o regulamento, as farmácias e drogarias terão que cumprir novas regras sanitárias. Alguns medicamentos isentos de prescrição, que apresentam maior risco e necessitam de maior cuidado e orientação de uso, permanecerão atrás do balcão.
A comercialização de outras mercadorias deve atender ao disposto na legislação federal vigente, ou seja, somente podem ser comercializados produtos relacionados com a saúde.
Apesar de mais de dois anos de discussão, do apoio do setor de saúde e de representantes dos consumidores, as medidas têm sido questionadas pelo comércio. A principal crítica? A restrição da venda de mercadorias que nada têm a ver com a saúde e a disponibilidade de medicamentos nas gôndolas nos corredores das farmácias e drogarias.
A falsa imagem de inocuidade, quase divina, que os medicamentos transmitem ao senso comum da população é reforçada tanto pela falta como pela qualidade da informação que chega aos usuários, aliadas à descaracterização das farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde, transformadas em simples atividades de comércio, colocando em risco a saúde da população.
Farmácias não são mercados, e medicamentos são produtos que necessitam de cuidados especiais em sua utilização. Isso precisa ficar claro para a população.
A assistência farmacêutica não se limita à aquisição e distribuição de medicamentos com qualidade, segurança e eficácia garantida pelos fornecedores. Prescrição, dispensação e uso correto dos medicamentos são fatores essenciais para o êxito do tratamento e pressupõem o acesso ao produto adequado para uma finalidade específica, em quantidade, tempo e dosagem suficientes, sob orientação e supervisão farmacêutica.
Nem mesmo os medicamentos isentos de prescrição médica estão livres de riscos. Caso contrário, poderiam ser comercializados nos supermercados ou em feiras, padarias e postos de gasolina, sem orientação ao usuário. Exemplos não faltam.
O acido acetilsalicílico (AAS), quando associado à insulina ou à clorpropamida, por exemplo, pode levar a um quadro de hipoglicemia. Alguns antiácidos podem diminuir a eficácia de antimicrobianos, prejudicando o resultado dos tratamentos. O uso combinado do antimicrobiano ofloxacina com o AAS pode aumentar o risco de ataques convulsivos. O paracetamol, comumente utilizado como analgésico e antitérmico, é um potente agente tóxico para o fígado em doses altas facilmente atingíveis por seu uso indiscriminado.
Ora, se regulamos a propaganda para melhorar a informação e tornar acessíveis ao cidadão orientações seguras para uso de medicamentos, somos tachados de censores. Por outro lado, se viabilizamos alternativas de acesso à informação para além da propaganda, mediante orientação de um profissional de saúde que por lei deve estar na farmácia ou na drogaria, somos autoritários.
A quem efetivamente interessam essas críticas? Será que a simples exposição dos medicamentos nas prateleiras e corredores, verdadeira estratégia logística e de marketing aplicada na venda de mercadorias em geral, garante o acesso livre e seguro a esses produtos? É óbvio que não.
A transformação de farmácias e drogarias em mercados sinaliza a visão que parte do setor tem sobre seu papel na sociedade. É lamentável que um setor de vital importância para a saúde da população esteja numa disputa pela comercialização de balas, sorvetes, bijuterias, chinelos e uma série de outras mercadorias que não possuem nenhuma relação com a proteção e a defesa da saúde. Conveniência é assegurar assistência farmacêutica de qualidade, pois antes do consumidor vem o cidadão.


DIRCEU RAPOSO DE MELLO , 55, farmacêutico e doutor em análises clínicas pela Unesp, é diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
GUSTAVO HENRIQUE TRINDADE DA SILVA , 32, é bacharel em direito e especialista em políticas públicas e gestão estratégica da saúde.
fonte: FolhaSP
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18 de fevereiro de 2010

Mudança na venda de medicamentos entrou em vigor nesta quinta-feira


As novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para venda de medicamentos entraram em vigor nesta quinta-feira (18). Analgésicos, antitérmicos, antiácidos e outros medicamentos agora devem ficar do lado de dentro do balcão. Para ter acesso a esses medicamentos, é preciso pedir ao funcionário da farmácia.

“O farmacêutico vai funcionar como um filtro, ou seja, vai trazer uma informação para dar mais segurança ao usuário de medicamentos e orientar sobre os riscos que ele vai ter com a automedicação”, explica o farmacêutico Richard Congio.

As mudanças na venda foram determinadas em uma resolução que a Anvisa baixou há seis meses. Nessa quinta-feira termina o prazo para as farmácias se adequarem.

“O que a Anvisa está dando é a segurança maior para que ele leve aquilo que precisa e aquilo que não dê problema na sua saúde. Medicamento é aquela falsa ideia de que só faz bem, pelo contrário. Se não tomar com a adequada orientação do profissional farmacêutico, ele pode prejudicar a saúde dos consumidores”, diz Rodnei Veloso, do Conselho Regional de Farmácias de São Paulo.

A resolução da Anvisa determina que só podem ficar nas gôndolas, com livre acesso, produtos fitoterápicos e de perfumaria. Alimentos só os funcionais, como a granola. As farmácias também devem ter um espaço próprio para prestação de serviços como medição de pressão e do nível de açúcar no sangue.

Para quem não respeitar as novas regras, a resolução da Anvisa prevê multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. As penalidades incluem ainda apreensão de mercadoria e até cancelamento do alvará de funcionamento da empresa. Mas grandes redes de farmácia entraram na Justiça e conseguiram liminar para ficarem desobrigadas de cumprir as determinações.

As associações e sindicatos que entraram na Justiça alegam que as mudanças para se adequar à nova legislação vão trazer prejuízos aos donos de farmácia.
“Se o produto está por trás do balcão dificulta a ação de levar o produto de forma espontânea. Isso traz prejuízo financeiro”, diz Natanael Costa, do Sindicato Varejista de Produtos Farmacêuticos/SP.
“Eu preciso comprar balcões, gôndolas, mudar a farmácia toda e isso traz custos”, reclama o presidente de rede de farmácias Adilson Santos.

No estado de São Paulo, cerca de 10% das farmácias estão amparadas pela liminar. O restante deve cumprir as determinações da Anvisa.

fonte: G1

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2 de fevereiro de 2010

Nove mitos sobre Primeiros socorros

As medidas de primeiros socorros tomadas no local antes do paciente chegar ao hospital podem fazer toda a diferença.
E as famosas crendices e lendas populares são muitas vezes responsáveis pelos mais variados e absurdos equívocos.
A verdade é que ainda em pleno século XXI, a grande maioria das pessoas prefere seguir as determinações de benzedeiros, curandeiros e acreditar em crendices populares sem fundamento algum, ao invés de agir corretamente segundo o que determina a medicina.
Confira abaixo alguns dos erros mais comuns de primeiros socorros, e o que se deve fazer corretamente.


1. Chupar o veneno de uma picada de cobra
Cortar a pele da vítima para chupar o veneno pode ser uma técnica muito antiga e clássica de primeiros-socorros, mas atualmente isto é inútil e perigoso. Cortar, chupar e/ou aplicar um torniquete não ajudam em nada, essa prática antiquada nada mais faz senão atrasar o cuidado médico, contaminar a ferida e danificar talvez permanentemente nervos e vasos sanguíneos. O que deve ser feito é chamar ajuda imediatamente e levar a vítima em repouso para um centro especializado o quanto antes.


2. Urinar sobre a queimadura de água-viva
A não ser que more em Recife-PE, é muito mais provável sofrer uma queimadura de água-viva que um ataque de tubarão, logo é isto que precisa saber: Primeiro, não acredite nos rumores. Urinar sobre a queimadura não fará muito para aliviar o sofrimento e só vai fazer com que olhem torto para você.
Em vez de urinar, o melhor tratamento é o vinagre. Mas e se não houver vinagre? Algumas pessoas referem alívio com a urina, mas trata-se de efeito placebo.


3. Beber ajuda a aliviar a dor de dente.
Ao invés de uisque com gelo, peça só o gelo.

Um estudo canadense descobriu que passar uma pedra de gelo nas mãos alivia a dor de dente em 50% das pessoas. Pegue o cubo e passe-o na palma da mão em forma de V. A sensação fria viaja pela mesma via que a dor de dente, e ao esfriar as mãos anulam-se os sinais dolorosos.
Aí quando puder procure logo um dentista e depois sirva-se um drink, que ninguém é de ferro.


4. Lambuzar manteiga sobre as queimaduras
Colocar manteiga, margarina, ou qualquer tipo de gordura sobre uma queimadura pode prender o calor, causar cicatrizes ou levar a uma infecção. Quando você se queima, danifica a integridade da pele e a manteiga não é a coisa mais limpa do mundo.

O impulso de molhar a queimadura em água com gelo também não ajuda em nada. A mudança rápida de temperatura pode causar ainda mais dor. Ao invés disso, use água fria corrente em abundância, por uns 5 aa 10 minutos na parte afetada, para aliviar a dor e limpar bem a área queimada, e procurar um serviço de emergência o quanto antes.


5. Colocar um bife cru sobre um olho roxo
Nos filmes sempre se vê alguém colocando um bife no olho roxo depois de tomar uma sova. Mas mesmo que se sinta melhor, a gordura do bife poderia entrar no olho, causando ainda mais inflamação.
O frio diminui o inchaço, mas não há nenhuma outra propriedade do bife que ajude na melhora. A vantagem do bife é que este se amolda à forma do olho, o que pode ser feito também com bolsas de água fria, ou mesmo um saco plástico cheio de água fria e pedaços de gelo e envolta em uma toalha.
Entretanto nada disso vai ajudar a passar a raiva, sinto muito.



6. Colocar água oxigenada nas feridas e depois deixá-las secar 
A água oxigenada é uma substância bastante tóxica para microorganismos e para o tecido humano saudável também, podendo piorar ainda mais a situação da ferida ao matar células do corpo do sistema imunológico. É muito melhor fazer um enxágue com água fria e corrente.
Limpe, trate e proteja. Logo após lavar deve-se passar um antisséptico, como iodo ou a popular Rifocina, para logo depois fechar e proteger a ferida com gaze e esparadrapo.
Além disso, qualquer ferida que ultrapasse a camada mais superficial da pele pode necessitar de pontos, e normalmente quanto mais cedo colocados, menor o risco de infecções.


7. Uma pessoa pode engolir a língua durante uma convulsão
É muito comum nos filmes. Alguém tem um ataque e logo alguém põe a mão na boca do paciente ou enfia uma caneta de atravessado para que a pessoa não engula a língua e bloqueie a respiração.

Essas pessoas podem controlar suas próprias vias respiratórias. Se você vir alguém tendo uma convulsão o que deve fazer é retirar de perto qualquer objeto que possa causa mais lesões a ela e segurar somente a cabeça para que não fique batendo no chão, e quando os tremores diminuirem (cerca de um minuto), vire a pessoa de lado para que se houver muita saliva  a mesma possa escorrer e ela não fique sufocando. Simples que só.

8. Em picadas de abelha, deve-se puxar o ferrão 

Nunca faça isso! Ao puxar o ferrão permite-se que o veneno nele seja injetado mais ainda no seu corpo. O melhor que pode ser feito é raspá-lo da pele com um cartão de crédito ou um instrumento similar. Se a pessoa picada começar a inchar muito rápido e ficar roxa, ligue urgentemente para o SAMU de sua região (192) pois ela está sofrendo de uma séria reação alérgica e pode ser fatal.
Outro remédio que funciona é colocar fermento em pó misturado com um pouco de água sobre o local logo após a picada. A picadura produz um ácido e o bicarbonato neutraliza este ácido.

9. Colocar a cabeça para trás para parar um sangramento nasal
Não coloque a cabeça entre as pernas nem a coloque para trás, especialmente o último pelo risco de aspiração do sangue ou mesmo que este entre no estômago e cause vômitos.

Deve-se pressionar a parte carnosa do nariz (não é aquela onde se apoiam os óculos), como se fosse prender a respiração. O mais importante é manter a cabeça ereta e prender o nariz por 10 minutos. Se após 15 minutos ainda houver sangramento é possível que exista uma lesão séria e deve-se procurar um serviço de emergência imediatamente.
 
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29 de janeiro de 2010

Combinação de remédios e automedicação oferecem riscos à saúde

     Os avanços na indústria farmacêutica colocam todos os anos novas fórmulas no mercado. Levada pela ingenuidade, pela indicação de outras pessoas ou por experiências anteriores, grande parte da população pratica a combinação de diversos medicamentos, na busca de sanar as dores e enfermidades.
     Representando um dos grupos que correm mais riscos, a maioria dos idosos consomem cinco ou mais medicamentos por dia, o que aumenta dos riscos de combinação perigosa. De acordo com a farmacêutica Vivian Poppi, gerente técnica da área de medicamentos da Secretaria de Saúde (SES-MS), o problema reside nas decisões de cada um.
     "As interações mais perigosas ocorrem pela ingestão de medicamentos não prescritos. Muitas vezes, algo tido como inofensivo ou natural, como chás e compostos de ervas e raízes, podem combinar com a medicação prescrita e apresentar reações adversas", comenta Vivian.
     A farmacêutica explica que, quando é necessário tomar mais de uma fórmula simultaneamente, o médico prescreve os medicamentos em horários alternados, de modo que o organismo consiga sintetizar e não ajam riscos para a saúde.
     "O profissional de saúde é sempre a melhor pessoa para orientar quais medicamentos podem ser tomados. Há casos em que a pessoa está tratando de uma inflamação, e desenvolve uma reação estomacal. E por conta própria, toma um antiácido, sem sabe se aquilo não irá afetar o tratamento", afirma a gerente técnica da SES.
     As pessoas que fizerem algum tipo de combinação medicamentosa e sentir qualquer reação, podem procurar o setor de farmácia dos postos de saúde, a Vigilância Sanitária ou ainda comunicar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), via internet, sobre o caso, pelo site www.anvisa.gov.br

       Automedicação
      "Para dor de cabeça, é melhor este remédio. Se a dor for no estômago, tome este. E para curar reumatismo, esta fórmula é infálivel". Por conta de comportamentos deste tipo, a automedicação se torna um problema de saúde pública.
     Ao tomar um remédio por conta própria, o organismo pode reagir de maneira diferente da esperada, causando complicações à saúde do paciente. Entre os problemas mais comuns, estão a hipersensibilidade (desenvolvimento de alergias a compostos da medicação), a criação de barreiras de resistência pelo organismo – o que dificulta ou até impede a cura – e a dosagem inadequada.
     "Qualquer fórmula só deve ser administrada sob prescrição médica. Quando não for possível entrar em contato com o profissional, procure um farmacêutico e informe os sintomas apresentados. Jamais tome qualquer medicamento, por mais inofensivo que possa parecer. Mesmo remédios já prescritos anteriormente podem não funcionar no momento, podendo inclusive prejudicar a saúde", alerta Vivian.
 

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27 de janeiro de 2010

Em caso de dor... Analgésico ou antiinflamatório, o que tomar?


Imagine que você está fazendo uma atividade física e, de repente, torce o pé; que medicamento tomaria, analgésico ou antiinflamatório? Se escolheu a primeira opção, você integra o numeroso grupo dos que desconhecem as diferenças básicas entre as duas drogas. Uma pesquisa realizada por um grande laboratório revelou que 45% dos entrevistados desconhecem a finalidade de cada medicamento. A confusão pode representar efeitos colaterais indesejados, principalmente entre os adeptos da auto-medicação.

A pesquisa foi realizada em São Paulo e no Rio de Janeiro e envolveu mais de 1600 pessoas, com idade entre 36 e 54 anos. De acordo com o médico Cláudio Sturion, da Roche Consumer Health, a confusão começa com a dor, um dos sinais básicos do processo inflamatório, além do inchaço, vermelhidão e aquecimento. Para combatê-la, quem desconhece as diferenças opta pelo analgésico sem atentar para os outros sintomas.


Nesse caso, a inflamação não é tratada. Já o antiinflamatório, por sua vez, age diretamente na inflamação, aliviando conseqüentemente a dor. "Se uma pessoa tem uma dor de cabeça tensional, por exemplo, que é a mais comum, recomenda-se o analgésico, porque não existe inflamação", explica Sturion. Segundo ele, confundir analgésico e antiinflamatório pode desencadear efeitos colaterais e perda da eficácia do medicamento. "A administração de um antiinflamatório para uma dor de cabeça não trará bons resultados", afirma.


O médico alerta também para as interações medicamentosas (mistura de medicamentos), sobretudo na terceira idade, porque podem trazer complicações para a saúde. Depois dos médicos, as bulas são o melhor caminho para o esclarecimento das funções de cada medicamento, e podem evitar que confusões assim ocorram com tanta freqüência.

Embora algumas nem sempre sejam acessíveis ao público leigo devido à utilização de linguagem técnica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está mudando a legislação e incluindo itens importantes para que as cartilhas sejam mais claras e de fácil entendimento. "Medidas assim sempre são válidas para que a população seja melhor informada", opina Sturion.

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