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9 de outubro de 2011

Dia Mundial da Saúde Mental - 10 de outubro


Você sabe o que é loucura? Loucura é preconceito, é humilhar e excluir pessoas que sofrem de doença mental.
As doenças mentais não são somente fruto da imaginação. São doenças verdadeiras que causam muito sofrimento, podendo inclusive levar o doente à morte. Não são pura "frescura", fraqueza de caráter ou "doença de rico". São doenças da mente causadas por fatores biológicos, psicológicos e sociais, e atingem todas as classes com a mesma intensidade e já existem tratamentos efetivos e sem sofrimento ao alcance de todos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 450 milhões de pessoas são atualmente afetadas por desordens mentais e neurológicas, sendo que milhões nunca buscarão ou receberão tratamento.

O Brasil – precisamente a psiquiatria e o movimento de saúde mental – adquiriu inconstestável liderança latino-americana e respeitável renome internacional. A participação do governo brasileiro em reuniões que resultaram na Declaração de Caracas de 1990, sobre a reforma psiquiátrica, e a adoção da Resolução CD40-R19 do Conselho Diretivo da OPAS, sobre cuidados de saúde mental, confirma que a posição das bases têm o respaldo das mais altas autoridades sanitárias do país.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta quarta-feira (5), reafirmou os avanços obtidos no país a partir da Reforma Psiquiátrica, instituída por lei no país em 2001. “Não podemos regredir nos avanços que tivemos na reforma psiquiátrica brasileira”, definiu.

A pasta, esclareceu, trabalha na construção de uma rede composta por vários serviços interligados. “Um serviço não se contrapõe ao outro. Quem quiser discutir saúde mental apenas em cima de uma ação está fadado a fracassar”, enfatizou. A quantidade de procedimentos ambulatoriais em saúde mental aumentou 50 vezes em oito anos: passou de 423 mil, em 2002, para 21 milhões em 2010.

No Brasil, a Política de Saúde Mental adotou, a partir de 2003, um modelo de atenção integral aos pacientes estruturada nos princípios da Reforma Psiquiátrica. Amadurecida durante duas décadas, ela mudou o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento aos dependentes químicos. O Ministério da Saúde, além de ampliar o acesso à assistência hospitalar, introduziu – nos últimos sete anos – medidas complementares de tratamento para dependentes químicos.


Fonte: AgSaúde | OMS | PortalSaoFrancisco

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2 de abril de 2011

Dia mundial de conscientização do Autismo



Em 2 de abril é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, oportunidade em que milhares de luzes na cor azul se acenderão nos mais diversos locais do planeta, com a intenção de chamar a atenção das pessoas sobre a doença.

Há informações de que no Brasil a Ponte Estaiada, o Viaduto do Chá e o Monumento às Bandeiras em SP, o Cristo Redentor e a Igreja da Penha no RJ, o Senado Federal em DF, o Teatro Amazonas no AM, o Palácio Rio Branco no AC, a Chaminé da Usina do Gasômetro no RS, entre outros locais, serão ilumindados, aderindo à campanha.

Este é o quarto ano do evento mundial, que pede mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome oficial do autismo), que é mais comum em crianças que AIDS, câncer e diabetes juntos.

Autismo afeta a capacidade de se comunicar e se relacionar socialmente. Se manifesta antes dos três anos e é mais frequente em meninos. Um diagnóstico precoce pode ser o melhor caminho para tratar essa doença silenciosa que atinge milhões de pessoas. São crianças como qualquer outra e também como outras crianças, elas têm características próprias.

O autismo afeta a capacidade da pessoa se comunicar e de se relacionar socialmente. Costuma se manifestar antes dos três anos e é mais frequente em meninos do que em meninas. O autismo é mais comum do que se imagina. O número mais aceito no mundo vem do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, instituição ligada ao governo dos Estados Unidos. Existe uma criança com autismo para cada grupo de 110.

No Brasil, a única estatística feita até hoje, na cidade de Atibaia, no interior paulista, registrou em fevereiro de 2011 uma criança com autismo para cada 333. No mundo, a Organização das Nações Unidas estima que existam 70 milhões de autistas.

De acordo com a neurologista Adélia Souza, o diagnóstico precoce ainda é raro. “A gente pede que as mães, naquele binômio mãe e filho da amamentação, se o seu filho olha no olho. Se ele conseguir olhar no olho, veja se ele acompanha com o olhar. A medida que ele for crescendo, se ele reconhece os familiares”, explica a neurologista.


Vários níveis no espectro
O autismo faz parte de um grupo de desordens do cérebro chamado de transtorno invasivo do desenvolvimento (TID) – também conhecido como transtorno global do desenvolvimento (TGD). Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais graves, porém há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro além de raros casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo leve de autismo) – atribuído inclusive a aos gênios Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todo autista tem um “superpoder”. Os casos de genialidade são raríssimos.

A medicina e a ciência de um modo geral sabem muito pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993 incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização Mundial da Saúde como um transtorno invasivo do desenvolvimento. Muitas pesquisas ao redor do mundo tentam descobrir causas, intervenções mais eficazes e a tão esperada cura. Atualmente diversos tratamentos podem tornar a qualidade de vida da pessoa com autismo sensivelmente melhor. E vale destacar que o neurocientista brasileiro Alysson Muotri conseguiu um primeiro passo para uma possibilidade futura de cura, em seu trabalho na Califórnia (EUA). Ele curou um neurônio autista em laboratório e trabalha no progresso de sua técnica na Universidade de San Diego. Tão importante quanto descobrir a cura, é permitir que os autistas de hoje sejam incluídos na sociedade e tenham mais qualidade de vida e respeito.


fonte: Cxn/PE360graus/RevistaAutismo
















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18 de janeiro de 2011

Descoberto mistério da gripe pós-orgasmo

Pode acontecer e não é assim tão raro. Alguns homens sofrem sintomas semelhantes aos da gripe depois de terem uma relação sexual.

A doença, conhecida como sindrome pós-orgasmo, manifesta-se através de cansaço, febre e ardor nos olhos, e é uma reacção alérgica do homem ao próprio sémen. A conclusão é de investigadores holandeses, que adiantam que os sintomas se manifestam imediatamente após a relação sexual e podem permanecer durante uma semana.

Embora venha sendo documentada desde 2002, a POIS é desconhecida dos médicos de família e especialistas dizem que, por isso, os homens que sofrem com o problema se sentem envergonhados e confusos. Para este estudo, os pesquisadores analisaram 45 holandeses diagnosticados com a doença.

- Os resultados da pesquisa são uma importante descoberta na pesquisa da síndrome e contradizem a teoria das causas psicológicas para o problema - diz o professor de psicofarmacologia sexual da Unibersidade de Utrecht, na Holanda, Marcel Waldinger.

- Eles não sentiam os sintomas quando se masturbavam sem ejaculação, mas assim que o sêmen aparecia eles se sentiam doentes, em apenas alguns minutos - diz Waldinger.

O tratamento existente, dizem os cientistas, é um tratamento conhecido como hyposensitisation, que consiste numa exposição gradual de pequenas doses de sémen. Assim o organismo vai criando resistência a alergia com o passar dos anos.

Waldinger afirmou que este tratamento pode ajudar a reduzir o impacto da doença. "Os resultados são um avanço muito importante na investigação desta síndrome", afirma o doutor


fonte: TheSun
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2 de janeiro de 2011

Por que o novo evoca tanto prazer?

Por que o novo evoca tanto prazer? Existem explicações neuropsíquicas para isto e compreendê-las pode nos ajudar a melhorar diversos aspectos da vida.

O cérebro é biologicamente voltado para a novidade. Se sua mesa está bagunçada, cheia de objetos do cotidiano, mas existe um objeto novo, seu cérebro notará rapidamente sua presença, enquanto deixará passar os outros, como um fundo. Outro exemplo é o som, quando você está exposto a ruído constante, ele tende a ficar mais fraco, até a desaparecer como ruído de fundo.

Este efeito de acomodação ou atenuação de sinal é algo biológico e tem muito a ver com nossos neurônios, que são as células responsáveis pela transmissão de toda informação no sistema nervoso.

Quando um neurônio é estimulado de forma contínua, existe uma tendência a tolerância, ou seja, o estímulo inicial passa a não desencadear o efeito com a mesma intensidade.

Daí o poder do novo! Seu estímulo é sempre intenso e desafia o próprio cérebro no processamento de informações e geração de novas sinapses (conexões entre neurônios).

O Ano Novo é a ocasião perfeita para começar a usar o poder da novidade e trazer esta energia para sua vida.

Existem formas infinitas de experimentar o novo. Percorrer caminhos diferentes ou utilizar meios de transporte alternativos para o trabalho ou faculdade. Tentar novos esportes ou novas maneiras de realizar suas atividades físicas. Aprender um novo idioma. Ouvir novas músicas ou mesmo novos ritmos, nem que seja para sentir a diferença. Aprender uma dança. Testar novas receitas ou visitar restaurantes de culinárias diferentes. Mudar de corte de cabelo, de estilo, de fragrâncias. E por aí vai...

O importante é injetar novidade nas coisas simples que fazemos.
Então, o que você fará de novo no Ano Novo?

Por Dr. José Hamilton. Psiquiatra


fonte: BancodeSaude
 
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26 de agosto de 2010

Ação quer reduzir número de cesáreas


A batalha em favor da redução no número de cesarianas ganhou um novo aliado nesta semana. O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo informou, ontem, que entrou com uma ação civil pública para que a Justiça obrigue a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a expedir, dentro de um prazo a ser definido, uma regulamentação dos serviços obstétricos realizados por planos de saúde privados no País. O objetivo é que a regulamentação leve a uma diminuição ou evite a realização de cirurgias cesarianas desnecessárias.

Para se ter uma ideia, dos 4.264 partos realizados em Bauru no ano passado, 64,78% foram feitos por meio de cesáreas, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde. Na Maternidade Santa Isabel, onde são atendidas pacientes com convênio particular e todas as do Sistema Único de Saúde (SUS), o percentual de cesarianas cai para 53,3%.

Dois anos atrás, este índice era de 50,21%. “O número aumentou porque a maternidade vem assumindo os partos de alto risco, com indicação de cesariana, de toda da região”, argumenta o diretor clínico da unidade, Rodolfo José Celeste.

Porém, quando são consideradas apenas as parturientes que se submeteram ao procedimento em um hospital particular como o da Unimed, por exemplo, esse índice sobe para 98%. De qualquer maneira, todos os índices estão bem distantes de atingir a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), para quem as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos.

Por entender que o índice de cesáreas é muito elevado no País, o MPF pretende que a ação condene as operadoras e hospitais a credenciar e possibilitar a atuação dos enfermeiros obstétricos no acompanhamento de trabalho de parto e do parto propriamente dito. Entre outras mudanças, a regulamentação pretendida ainda serviria para criar indicadores e notas de qualificação para operadoras e hospitais específicos, visando a redução do número de cesarianas, e estabelecer que a remuneração dos honorários médicos seja proporcional e significativamente superior para o parto normal em relação à cesariana, em valor a ser definido pela ANS.

Para o diretor clínico da maternidade, no entanto, essa mudança de paradigma só ocorreria se houvesse uma determinação que obrigasse as instituições a realizar partos normais sem que a vontade da parturiente fosse considerada. Ele explica que, embora a maioria dos médicos obstetras seja favorável à realização do procedimento natural, quase a totalidade das mulheres desejam realizar a cesariana. “Trata-se de uma questão cultural. Seja por influência da família, pela facilidade de acesso às informações na Internet e na mídia, elas têm muito medo do parto normal e chegam já para a primeira consulta com a opinião formada. É extremamente difícil convencê-las do contrário”, frisa.

Um estudo realizado pelo MPF aponta, no entanto, que uma parcela dos médicos acaba não estimulando suas pacientes a optar pelas vias naturais pela praticidade que o parto cesáreo proporciona e pelo fato de a remuneração ser praticamente a mesma.

“Uma cesariana é realizada em 40 minutos, enquanto um parto normal pode levar 24 horas”, reconhece Celeste, lembrando ainda que, pelo primeiro procedimento, o SUS paga em torno de R$ 70,00 e, pelo segundo, geralmente muito mais demorado, aproximadamente R$ 90,00.

Mas ele enfatiza que o parto natural representa uma série de vantagens para a mãe e o recém-nascido em relação ao outro método, que pode acarretar complicações cirúrgicas como infecções, hematomas e problemas de cicatrização da incisão feita no abdome. “A recuperação da mãe é muito mais lenta depois de uma cesariana e os riscos para o bebê também são bem maiores, sem dúvida”, frisa o médico.

fonte: JCNet
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21 de agosto de 2010

Cresce no país a oferta da chamada Enfermagem dermatológica

A técnica é focada na prevenção e no combate às feridas de difícil cicatrização, que obrigam as pessoas a ficar de cama por muito tempo. Tratamento direcionado ajuda a apressar a cura.

Enfermagem Dermatologia em avanço
A aposentada Maria de Lurdes, 88 anos, é atendida pelo enfermeiro Jair: em três meses, ela superou a dor aguda que a impossibilitava de andar (foto: Cadu Gomes CDBA)
Há quatro anos, Marino Gonche, 77 anos, sofre com feridas nos pés que não cicatrizam. As úlceras, provocadas pelo diabetes tipo 2, acometeram os dois pés. Foi preciso uma cirurgia, na qual foram retiradas as solas dos membros. A partir daí, a vida do aposentado mudou severamente. De um homem ativo e independente, Marino se tornou um paciente que vive em cima de uma cama, completamente dependente. Porém, há um ano, o aposentado é assistido por uma enfermeira dermatológica, o que lhe fez ter esperanças de que logo poderá voltar a andar e sair da cama. “Depois que comecei a ser atendido pela enfermeira, meus pés melhoraram. O esquerdo está com a ferida cicatrizada, mas o direito ainda não”, relata Marino. “Tenho fé em Deus que essa moça vai me curar”, espera.

A esperança do aposentado se iguala à de inúmeras pessoas que convivem com úlceras provocadas por doenças, como o diabetes, acidentes, queimaduras e etc. Graças à enfermagem dermatológica(1), elas têm uma expectativa maior de retornar às suas vidas normais. No dia a dia dos hospitais e dos leitos residenciais, é essa especialidade da enfermagem que ajuda a trazer de volta a qualidade de vida para pacientes que, como Marino, sofrem com feridas de difícil cicatrização. “Pessoas que são tratadas pela enfermagem dermatológica têm um processo mais rápido de cura”, afirma Francisco Le Voci, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e dermatologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.


Esses profissionais se especializam na área e adquirem conhecimentos de materiais usados no tratamento dermatológico. São capazes de avaliar a ferida e prescrever os produtos que melhor podem auxiliar na cicatrização e recuperação da pele. “Os registros feitos pela enfermagem dermatológica são de importância fundamental para os médicos, pelas informações que representam. Incluem a avaliação do estado clínico do doente, o conhecimento da progressão da doença, as decisões tomadas e os procedimentos adotados”, pontua Le Voci.


A enfermeira Paula Herrman, que cuida de Marino, afirma que, com tratamento assistido, o paciente melhora mais rápido, pois há uma observação cuidadosa da evolução do problema com os produtos utilizados. “Na maioria das vezes, são pacientes acamados, que não podem ir ao consultório para o médico avaliar a ferida. Nós vamos à casa dele, avaliamos o problema, anotamos a evolução do tratamento e orientamos o cuidador como devem ser as trocas dos curativos e quais os materiais para aquela situação.” É isso que Paula faz pelo menos uma vez por semana com Marino. “Há um ano, ele não colocava os pés no chão por conta das feridas, que chegavam ao osso. Hoje, ele fica de pé, com a ajuda de uma órtese, e ensaia alguns passos. É uma alegria para ele e para mim também”, conta a enfermeira.



Prevenção
Além de promover a recuperação mais rápida da pele e dos tecidos atingidos pelas úlceras, a enfermagem dermatológica tem o papel de ajudar a prevenir o aparecimento de feridas, o que é crucial para pacientes acamados. Geralmente, essas pessoas estão bastante debilitadas e precisam de cuidados intensivos. Ficam praticamente o tempo todo na cama, seja no hospital ou em casa. “Essas pessoas precisam de um profissional especializado, obviamente sob orientação médica, para o tratamento dessas feridas. No caso de uma pessoa diabética, por exemplo, com um quadro intenso e uma evolução antiga, que começa a desenvolver úlceras, o enfermeiro dermatológico consegue avaliá-las e tratá-las no início, evitando que o quadro se agrave”, diz o dermatologista do Hospital Albert Einstein.

Dessa forma, do mesmo jeito que esses profissionais avaliam uma ferida já aberta, eles também sabem diagnosticar quando a ferida está para abrir. “Pacientes que estão há muito tempo acamados desenvolvem úlceras por pressão. A pele fica avermelhada e em seguida a ferida se abre. Se observamos a pele nessa fase inicial, tratamos antes de ela abrir. Para isso, não precisa a presença do médico”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem, Feridas e Estética (Sobenfee) no Distrito Federal, Jair Gomes de Paiva Júnior.

Essas lesões ocorrem porque os pacientes acamados, tanto no hospital quanto em casa, precisam ser trocados de posição a cada duas horas, o que acaba sendo difícil de acontecer nos hospitais, pelo baixo número de enfermeiros e auxiliares. “Se essas feridas não forem tratadas logo, elas infeccionam e podem evoluir para escaras — tecido morto dentro da ferida”, explica Jair.

A aposentada Maria de Lurdes Souza Lima, 88 anos, quase desenvolveu uma escara. Enquanto se recuperava de uma cirurgia de varizes na perna direita, ela se feriu. Como a maioria das pessoas, a aposentada tentou curar-se com produtos caseiros. O resultado foi uma infecção, que a levou a um médico. Maria de Lurdes chegou ao Centro de Saúde da Candangolândia com uma ferida grau III, muito infeccionada. O médico passou um antibiótico e a ferida começou a ser tratada pela enfermagem dermatológica. Um trabalho em conjunto, que conseguiu, após três meses, fazer com que a inquieta Maria de Lurdes voltasse à vida normal. “No começo, doía muito. Agora, não sinto mais nada. Voltei a andar e a cuidar das minhas plantas”, comemora a aposentada. “Por uma ferida menor, minha tia perdeu a perna”, conta o filho de Maria de Lurdes.

No caso da aposentada, o trabalho da enfermagem dermatológica conseguiu diminuir o tempo de troca dos curativos. “Isso faz com que ela se desloque menos de casa e a recuperação se torne mais rápida”, afirma Jair.

A realidade na maioria dos hospitais e clínicas — e mesmo nas residências — é diferente da ideal. O número de pessoas especializadas em enfermagem dermatológica ainda é pequeno. Isso faz com que técnicos e auxiliares absorvam o trabalho, o que, na maioria das vezes, não tem um resultado positivo, fazendo com que o quadro do paciente se agrave. “Não culpo o sistema de saúde. O que falta são pessoas comprometidas e interessadas, que desejem se capacitar”, analisa Jair.
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fonte: CorreioBrasiliense
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10 de agosto de 2010

SP ganha maior ambulatório psiquiátrico do Brasil

A Secretaria de Estado da Saúde entregou nesta terça-feira (10), o maior ambulatório psiquiátrico do Brasil. O AME-Psiquiatria (Ambulatório Médico de Especialidades) Vila Maria, na zona norte da capital, faz parte de um modelo inédito de atendimento em saúde mental, que irá atender pacientes com quadros clínicos mais complexos, mas que não necessitam de internação. O investimento foi de R$ 1,8 milhão na reforma e adequação do espaço físico do prédio. Essa é a 32ª AME inaugurada no estado, mas a primeira especializada em psiquiatria.

No AME-Psiquiatria haverá atendimento exclusivo para os grupos principais de portadores de doenças mentais, que são os depressivos e com transtorno bipolar, os dependentes de álcool e drogas, os pacientes com transtornos psicóticos e esquizofrenia e idosos com transtornos mentais, além de psiquiatria infantil e adolescente.

O projeto terapêutico do AME uniu três dos principais especialistas em psiquiatria do Brasil: Ronaldo Laranjeira, da Unifesp, Valentim Gentil Filho, do Hospital das Clínicas da FMUSP, e Sérgio Tamai, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Quando estiver operando em plena capacidade, a unidade poderá realizar até 39,2 mil consultas psiquiátricas e 14,4 mil consultas não-médicas com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, por exemplo. A manutenção da unidade deverá custar cerca de R$ 6 milhões ao ano.

Com modelo totalmente inovador, o AME-Psiquiatria receberá os pacientes encaminhados de outras unidades de saúde, estaduais ou municipais. No total, 25 psiquiatras vão fazer o atendimento. Lá, eles passam por uma triagem, onde são avaliados, enquadrados nos grupos pré-definidos de patologias e encaminhados para as alas de tratamento específicas. Somente após o controle do problema o paciente será encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Na unidade, todos os detalhes foram pensados especificamente para o tipo de atendimento realizado. Os vidros das janelas e portas são revestidos com uma película que não permite ser estilhaçado, há uma ala para observação de pacientes em surto, área de convívio externa e brinquedoteca para crianças que estiverem aguardando pelo atendimento.

“É um modelo terapêutico único e inédito na área da saúde mental, porque não exige internação do paciente, embora dê amparo total para os casos mais complexos. O paciente só é encaminhado novamente para uma unidade que trata problemas psiquiátricos leves, como os Caps (Centros de Atenção Psicossocial) quando seu problema estiver inteiramente controlado”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Nilson Ferraz Paschoa.

Atualmente, prevalece no País uma política de saúde mental baseada no modelo de psiquiatria de comunidade, nos Caps, voltados à ressocialização e implantados de acordo com os preceitos da reforma psiquiátrica. Médicos que apoiaram a criação do novo ambulatório defendem modelo mais medicalizado que o vigente nos Caps.

Fonte: AgenciaEstado/G1

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3 de julho de 2010

Especialidades: Enfermagem Forense

No campo das Especialidades de Enfermagem ou da Enfermagem Especializada surge nos Estados Unidos da América do Norte e na Inglaterra, a partir dos anos da década de 1990, a denominada Enfermagem Forense.

Na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), Enfermagem Forense é uma especialidade da prática de Enfermagem aonde se aplicam os conhecimentos de Enfermagem às questões legais; esta aplicação envolve as vítimas de crimes, incluindo-se o cuidado de enfermagem ao sofrimento físico emocional e a identificação, compaginação e preservação das evidências criminais para julgamento e para o sistema jurídico criminal.

A Enfermagem Forense utiliza-se das transdisciplinares matérias da Ciência do Cuidado para subsidiar a Ciência do Direito nas investigações criminais e processos judiciais: dentre os crimes contra o Direito está o ONTOCÍDIO ou violência moral contra a pessoa. Isto significa: o profissional de Enfermagem, na subárea da Enfermagem Especializada denominada Enfermagem Forense não precisa fazer graduação em Direito, mas precisa conhecer o Direito Natural, o Direito Constitucional, o Direito Penal e o Direito Civil – aliás, um conhecimento fundamental para toda profissão, profissional e cidadão.

Enfermagem Forense, além do ontocídio, interessa-se por quaisquer outros tipos de violência contra unidades de cuidado, subsidiando investigações criminais e processos judiciais relacionados aos crimes contra a pessoa humana ou outras unidades de cuidado, inclusive aqueles praticados, direta ou indiretamente por instituições, profissões e profissionais de saúde.

Um dos lugares privilegiados para a pesquisa e a ação da Enfermagem Forense são as instituições totais.

Em tese, todas as instituições totais têm o objetivo de assegurar a segurança individual e a segurança pública.

Além do caráter de ensino, de investigação e de pesquisa nos campos da Segurança Individual e da Segurança Pública, o enfermeiro forense presta cuidado de enfermagem, dentro ou fora de Instituições, tanto às vítimas de crimes e de violências (incluindo-se a violência moral ou ontocídio) quanto às vítimas de acidentes catastróficos e seus familiares. Essas vítimas poderão ser manifestas ou potenciais: quanto à potencialidade de agravos, de riscos e de danos à segurança individual ou pública, o Enfermeiro Forense exerce funções de promoção e de proteção daquelas seguranças, segundo as leis nacionais vigentes.

O Enfermeiro forense também será, segundo preceitos legais vigentes em cada país, testemunha-perito em processos de julgamento.

Nas dimensões do ensino, da investigação, da pesquisa e do cuidado de enfermagem, a Enfermagem Forense utiliza-se dos saberes transdisciplinares produzidos nos microcampos transdiciplinares Fundamentos do Cuidado, Administração do Cuidado, Pesquisa do Cuidado, Ética do Cuidado, Bioética do Cuidado, Biocuidado, Ensino e Educação para o Cuidado, Economia do Cuidado e Engenharia do Cuidado.

Na Enfermagem Forense, altamente relevante para a Segurança Individual e a Segurança Pública é o microcampo de pesquisa, de ensino e de trabalho denominado de Consultoria Forense de Cuidado, Consultor Forense de Enfermagem ou, simplesmente, Consultoria Legal: daí, a necessidade de produção de saberes nos microcampos transdisciplinares denominados de Ética do Cuidado, Biocuidado e Bioética do Cuidado – todos interligados mas independentes das disciplinas Ética e Bioética já constituídas.

A Lei 7.498, de 25 de junho de 1986, regulamentadora do Exercício da Enfermagem, em seu artigo onze, letra h, prevê a ação privativa do enfermeiro quanto à consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem.

A obra de Fontinele Júnior [FONTINELE JÚNIOR, Klinger. Perícias em Enfermagem. Goiânia: AB. 2005] oferece um substancioso sumário de um dos eixos básicos da Enfermagem Forense – a Perícia Criminal, considerando o outro eixo do Cuidado de Enfermagem às vítimas de ontocídio, além das vítimas de imperícia, imprudência e negligência.

A Perícia Criminal tem seu leque de perícias genéricas (Institutos de Criminalística ou similares) ou específicas (exclusivas da formação universitária).
A Enfermagem, no subtipo das perícias criminais específicas, tem sua história na Auditoria de Enfermagem ou Perícia Técnica de Enfermagem. de acordo com o sistema COFEN-CORENs (Conselho Federal de Enfermagem – Conselhos Regionais de Enfermagem) de perícias institucionais-profissionais.

fonte: (Violência moral na Enfermagem: Editora AB. 2007, de autoria de Carlos Roberto Fernandes)
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