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4 de junho de 2012

Gênio de 15 anos revoluciona o combate ao câncer de pâncreas


Projeto vencedor da maior feira de ciências do mundo abre caminho para o diagnóstico precoce de um dos tipos mais letais de câncer. Em comparação com o teste ELISA, o método se mostra 26.667 vezes mais barato e 400 vezes mais sensível.

Jack Andraka, aluno do ensino médio, recebeu o primeiro prêmio da maior feira de ciências do mundo, organizada pela Intel. O jovem desenvolveu um teste para diagnosticar precocemente três tipos de câncer, incluindo um dos mais letais: o de pâncreas (foto: Divulgação)

Jack Andraka é um garoto americano de 15 anos que adora o seriado de TV Glee. Filho de pai polonês e mãe inglesa, mora com a família em Maryland, na vizinhança da capital Washington, onde cursa o primeiro ano do High School (equivalente ao segundo grau no Brasil) no North County, um cólegio normal. Gosta de remar em seu caiaque e fazer origamis. A princípio, não há nada que o destaque dos demais rapazes de sua idade. Jack, porém, é um gênio. No dia 18 de maio, venceu a Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel, a maior do mundo para pré-universitários. Levou 100.000 dólares para casa, 75.000 pelo prêmio principal, 25.000 em prêmios especiais. Seu feito: desenvolver um teste simples e barato para fazer o diagnóstico precoce de três tipos de câncer, incluido o do pâncreas, um dos mais letais. O custo é de três centavos de dólar e o resultado é obtido em menos de cinco minutos. Segundo o site da Intel, o teste que Jack criou é 28 vezes mais barato e 100 vezes mais sensível do que o conjunto de técnicas atualmente utilizado para o diagnóstico. A comparação com o teste ELISA, o mais difundido método de detecção atual, é ainda mais impactante: o método de Jack se mostra 26.667 vezes mais barato e 400 vezes mais sensível.

Jack é persistente. Depois que o tio morreu de câncer do pâncreas, passou meses pensando em formas de atacar a doença. Cerca de 95% dos pacientes morrem em até cinco anos se o tumor no pâncreas não é descoberto cedo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos são registrados quase 145.000 novos casos de câncer de pâncreas e cerca de 139.000 mortes. Steve Jobs, cofundador da Apple, foi uma das vítimas da doença. Jack teve seu momento eureka durante uma aula de biologia em 2011. Andraka já havia estudado os nanotubos de carbono, estruturas artificiais com a espessura de um átomo hoje usadas na indústria farmacêutica, e marcadores biológicos, substâncias presentes no organismo que podem indicar a existência de uma doença. Ele juntou as duas coisas e começou a projetar um teste que usasse os nanotubos para detectar o marcardor biológico do câncer de pâncreas, com o objetivo de fazer isso de forma mais simples e mais barata que o teste ELISA.

"O que fiz foi criar um sensor de papel: um nanotubo de carbono de parede simples combinado com anticorpos e um marcador biológico do câncer chamado mesotelina. Os anticorpos são moléculas que se grudam em outras moléculas específicas. Meu sensor, em um estudo cego, fez o diagnóstico certo do câncer de pâncreas em 100% dos casos. Ele pode diagnosticar o câncer antes que ele se torne invasivo." Uma gota de sangue basta para fazer o teste.

Para validar sua ideia, Jack escreveu um projeto de pesquisa prevendo os materiais necessários, o tempo de utilização do laboratório, o custo e os resultados almejados. Enviou o projeto por e-mail para 200 profissionais nos Estados Unidos. Recebeu 197 'nãos'. Duas respostas nunca chegaram. "Quando estava prestes a desistir, recebi a última resposta", diz Jack em entrevista ao site de VEJA.


Celeiros de gênios

O surgimento de tantos jovens talentos científicos nos Estados Unidos não é obra do acaso. Diversas organizações estimulam e financiam premiações como a Feira de Ciências da Intel, que este ano distribuiu milhares de dólares em prêmios.
A competição entre jovens gênios também é levada a sério na Olimpíada da Matemática (USAMO - United States of America Mathematical Olympiad), competição entre entudantes do High School que é realizada há seis décadas.
De olho em futuros talentos para suas diversas missões espaciais, a NASA promove o Projeto Aliança Robótica. Os vencedores das diversas competição são observados de perto pela agência, que seleciona os melhores projetos, que, muitas vezes, resultam em missões bem sucedidas.
A resposta positiva veio do laboratório do médico Anirban Maitra, especialista em câncer do pâncreas. Maitra trabalha há 12 anos na respeitada Universidade John Hopkins, que tem uma das melhores faculdades de medicina do mundo e investe alto no tratamento do câncer. "O projeto estava tão bem elaborado, tão bem escrito e representava uma ideia tão inovadora, que foi impossível recusá-lo", diz Maitra. "Jack é um rapaz brilhante." E esforçado. Na segunda metade de 2011, Jack começou o trabalho que duraria sete meses. O médico conta que o garoto aparecia no laboratório todos os dias, após a escola — uma viagem de 70 quilômetros. "Vinha até nos feriados e por vezes saía tarde da noite do laboratório."



Da feira de ciências para o doutorado - O teste de Jack é um projeto de feira de ciências, mas equipara-se a uma tese de doutorado. Promissora, a ideia ainda é muito jovem, e precisará passar pelo rigor e escrutínio da comunidade científica antes de chegar aos pacientes. Quando o estudo for publicado, na forma de um artigo para periódicos científicos, terá o jovem Jack como "chefe da pesquisa". "Ele já está escrevendo. Vamos enviar o artigo em breve", diz Maitra.

Jack já patenteou a técnica e começou a ser assediado por empresas que querem transformá-la em produto. Os 100.000 dólares que recebeu pela descoberta, ao vencer a feira de ciências da Intel, serão usados para financiar sua promissora carreira como patologista. "Ele já venceu outras feiras de ciência menores, sempre com projetos sensíveis às necessidades da sociedade", conta Maitra. "Sua sagacidade está sempre apontada para problemas reais da população." O médico diz que teria orgulho em tê-lo como aluno na Universidade John Hopkins, mas sabe que ele será disputado por outros gigantes da pesquisa. "Pessoas como ele construíram o Google ou a IBM", diz. "Ele tem condições de criar sua própria empresa de biotecnologia." Mas Jack ainda não pensa onde trabalhar. No primeiro ano do ensino médio, o que ele quer é disputar a próxima feira de ciências da Intel. E não perder o próximo episódio de Glee.
 

Diagnóstico rápido e barato

Jack Andraka
15 anos, vencedor da Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel

Como teve a ideia de desenvolver um teste para diagnosticar o câncer do pâncreas? A única forma de saber se alguém tem câncer de pâncreas é realizar exames periódicos de sangue. Desenvolvi um sensor que identifica uma proteína encontrada no sangue e na urina. Em grandes quantidades, ela indica que o indivíduo tem câncer de pâncreas, de ovário ou de pulmão. Trata-se então de um sensor genérico para esses três tipos de câncer.
Quanto tempo levou para trabalhar a ideia? Levei dois meses para pensar em como montar o sensor, quais reagentes usar e planejar quanto tempo eu precisaria em um laboratório. Disparei 200 e-mails para instituições como o Instituto Nacional de Saúde e fui rejeitado 197 vezes. Duas mensagens nunca chegaram. Finalmente fui aceito pelo Dr. Maitra, na Universidade John Hopkins.
Você já está trabalhando em outro projeto? No momento estou me esforçando para comercializar o novo sensor. Várias empresas já entraram em contato comigo, e registrei um pedido de patente, que aguarda aprovação.
Como o sensor funciona? Trata-se de uma pequena tira de papel com reagentes. O melhor método diagnóstico para o câncer de pâncreas requer três sensores e leva horas. Meu teste não precisa de treinamento nem equipamento especial. Uma gota de sangue basta para seis tipos de testes diferentes em cinco minutos. Além disso, ele pode ser aplicado em outras formas de câncer, monitorar medicamentos e ser adaptado para detectar outras doenças infecciosas, como salmonela, E. coli, rotavírus, aids, e doenças sexualmente transmissíveis. A ideia é fazer o teste realmente simples, para que todos os pacientes possam realizar uma vez por semana, a um custo de três centavos de dólar por teste, de modo que o plano de saúde possa cobrir.
Você se considera à frente da sua geração? Eu me considero à frente da minha geração, mas acho que a inteligência natural é superestimada pelas pessoas. Não acho isso seja o fator principal. O mais importante é o quanto cada um se dedica àquilo que gosta de fazer.
O que espera conquistar nos próximos 15 anos da sua vida? Espero poder continuar minha pesquisa. Quero ser um patologista e talvez funde a minha própria empresa de biotecnologia. Mas ainda tenho muito tempo para pensar nisso, certo?
O que você diria para jovens que desejam começar uma carreira de cientista? O mais importante é encontrar aquilo que te apaixona. Todo mundo tem a chance de se tornar um grande cientista. É apenas uma questão de encontrar sua paixão e fazer as perguntas certas. Se isso acontecer, continue fazendo as perguntas, deixe a curiosidade fluir e trabalhe duro. Sempre valerá a pena.

No vídeo abaixo (em inglês, com legendas), Jack explica sua invenção:
fonte reprodução: VejaOnline

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25 de agosto de 2011

Médicos desconfiam dos genéricos. População aprova

Segundo uma pesquisa, muitos médicos brasileiros têm dúvidas da eficácia e segurança dos medicamentos genéricos. No entanto, para os consumidores o cenário é mais favorável em relação aos remédios genéricos.

A população tem confiança nos genéricos e até chega a pedir ao seu médico que os prescreva. No entanto, muitos dos profissionais de saúde entrevistados ainda têm restrições quanto à qualidade desses medicamentos.

Os dados são de uma pesquisa divulgada na tarde desta terça (23) pela Proteste Associação de Consumidores durante o IX Seminário Internacional de Defesa do Consumidor, realizado em São Paulo. Para conhecer a percepção e os hábitos da população quanto aos genéricos, o órgão ouviu 690 consumidores e 119 médicos entre abril e junho de 2011.

Entre os consumidores ouvidos, 83% acreditam que os genéricos são tão eficazes quanto os medicamentos de marca - para 80%, a segurança é idêntica. A maioria (90%) apontou facilidade na compra como uma vantagem.

Segundo a Proteste, 45% dos médicos que responderam os questionários suspeitam que o processo de avaliação e controle de qualidade dos genéricos é menos rigoroso do que o dos de marca. Embora 92% afirmaram ter prescrito genérico a pedido dos pacientes ou para reduzir o custo do tratamento, para 44% deles esses medicamentos são mais vulneráveis a falsificações.

Para 30% dos profissionais de saúde entrevistados, os genéricos não são tão eficazes e não são tão seguros; para 23% não são tão seguros como os de referência; 42% não têm o hábito de prescrevê-los; e, para 88%, os farmacêuticos infuenciam os consumidores a substituírem o medicamento prescrito pela versão genérica.

Os genéricos, que passaram a ser vendidos no Brasil a partir de 2000, representam 21% das vendas de medicamentos. A taxa é considerada pequena. Segundo a Pró Genéricos, entidade que representa os fabricantes do setor, a principal razão é a judicialização das patentes. Ou seja, os laboratórios entram com medidas na Justiça para esticarem o direito de exclusividade sobre a venda de marcas que estão para expirar. "Isso traz uma insegurança para o setor, que fica sem saber se poderá ou não lançar a versão genérica", disse Luciano Lobo, coordenador técnico da Pró Genéricos, que participou do seminário.


fonte: BrasilAtual

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12 de março de 2011

O Indice de Adiposidade Corporal pode substituir o IMC

 
Homens e mulheres raramente entram em acordo quando o assunto é beleza feminina. Elas querem ser magras como Gisele Bündchen. Eles gostam de curvas, principalmente naquele trecho da anatomia que liga o tronco às pernas. Os homens, em especial os brasileiros, apreciam quadris benfeitos e volumosos, como os da morena Juliana Paes (99 centímetros antes da gravidez) ou os da loira Ellen Roche (98 centímetros). Mesmo opulências de 119 centímetros – como os da funkeira Andressa Soares, a Mulher Melancia – têm público fiel. Num país obcecado por bumbuns, é sempre melhor ter mais do que menos.

Segundo uma nova definição de obesidade, proposta por um grupo de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, o tamanho dos quadris é uma questão de saúde, mais que de beleza, e as mulheres de cadeiras avantajadas passariam da categoria de moças com “excesso de gostosura” e entrariam no grupo das gordas, que podem vir a ter problemas de saúde relacionados à obesidade.
O novo método para medir a quantidade de gordura no corpo foi proposto pela equipe do fisiologista Richard Bergman e publicado na edição de março da revista científica Obesity, uma das mais importantes em seu ramo da medicina. Bergman sugere usar a estatura e a medida dos quadris para apontar quem está acima ou abaixo do peso ideal (leia o quadro abaixo). De acordo com seu Índice de Adiposidade Corporal (IAC), quanto maior a circunferência dos quadris, maior a chance de o indivíduo estar acima do peso. Ele propõe o IAC como substituto do conhecido Índice de Massa Corporal (IMC), que mede a obesidade com base no peso e na altura – e vem sendo usado há quase 200 anos.

O IAC será capaz de mudar nosso conceito sobre a beleza das celebridades, aposentar o IMC ou afetar a forma como encaramos nossa própria saúde? Isso depende de a comunidade médica aderir ou não a ele. O novo índice tem vantagens e desvantagens em relação ao anterior – e, assim como qualquer novidade, tem aspectos controversos. “O IAC precisa provar que é melhor do que os outros índices que estão sendo usados”, diz Raul Dias dos Santos, cardiologista do Instituto do Coração de São Paulo (Incor). “Ele tem de demonstrar que funciona também em outras populações.” O estudo de Bergman foi feito apenas com afro-americanos e cidadãos de origem mexicana.

Desde já, porém, o IAC é considerado um avanço importante na definição de novos indicadores de obesidade. O parâmetro usado hoje em dia, o IMC, foi inventado em 1832 pelo cientista belga Adolphe Quetelet, professor de matemática e astronomia. Ele era um apaixonado por estatísticas. Ao longo da vida, procurou fórmulas para explicar padrões em tudo, até no comportamento humano. Num dado momento, usou sua habilidade com os números para tentar responder a uma pergunta que o perturbava desde a juventude: qual era o peso ideal de uma pessoa? Quando jovem, ele fora um atento observador da anatomia humana, pois queria reproduzir o corpo com perfeição em suas pinturas e esculturas.

O índice proposto por Quetelet foi reavaliado em 1972 pelo cientista americano Ancel Keys, que o apontou como o mais simples e eficaz para medir a gordura corporal. Depois disso se popularizou e converteu-se na fórmula oficial para determinar quem entra e quem sai do regime. Um de seus apelos é a facilidade do diagnóstico: basta dividir o peso pelo quadrado da altura e localizar o resultado numa escala (leia o quadro abaixo).


 

 Essa mesma simplicidade, porém, torna os resultados do IMC imprecisos. Não há na fórmula nenhuma medida que dê pistas sobre a quantidade e a localização da gordura no corpo. Por isso, o IMC não faz distinção entre músculos e gordura. Uma pessoa forte e, por isso, pesada pode ser considerada obesa. Quem observa o corpo do lutador de vale-tudo Vitor Belfort, de 33 anos, não acha que está diante de um gordinho. Mas é isso o que diz o IMC dele: 28 indica sobrepeso. “O IMC é uma medida grosseira. Não o usamos para nada”, diz Belfort. Ele afirma que nunca precisou se preocupar com excesso de peso. “Antes de começar a treinar eu era magro”, diz. Hoje, come de tudo (inclusive panqueca, bacon e hambúrguer). Diz que bebe 7 litros de água por dia e queima a energia extra na rotina de treinos e lutas.

O IAC é um parâmetro mais acurado. Atualmente, os médicos se baseiam no IMC para determinar quais obesos podem ser submetidos à cirurgia de redução de estômago. Nos Estados Unidos, pessoas com IMC acima de 30 podem ser operadas. No Brasil, o limite é IMC a partir de 35. Mas o índice não captura a realidade de algumas pessoas. Apesar de ter grande quantidade de gordura corporal, esses pacientes não podem ser operados porque a equação entre altura e peso não “enxerga” sua obesidade – e faz com que fiquem fora dos limites recomendados pelos médicos para cirurgia. “Isso ajuda a explicar por que alguns pacientes com IMC normal apresentam anormalidades associadas à obesidade, como hipertensão ou triglicéride elevado”, diz o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade.
O IMC foi inventado há quase 200 anos. É imperfeito
porque não leva em conta a massa muscular.
O novo índice parece mais preciso porque, ao usar a circunferência do quadril, leva em conta a propensão para acumular gordura. “É uma medida indireta para inferirmos a quantidade total de gordura no corpo”, diz Bergman, criador do IAC. O pesquisador percebeu que os quadris eram o melhor lugar para medir a gordura geral do corpo ao submeter mais de 2 mil voluntários a exames de avaliação da composição corporal – uma técnica que usa feixes de raios X para medir a porcentagem de ossos, músculos e gordura.

A localização da gordura é uma informação importante para prever o surgimento de doenças cardiovasculares. Algumas pessoas têm maior tendência para acumular gordura na barriga (o chamado corpo “maçã”). Outras, nos quadris (o chamado corpo “pera”). Em cada uma dessas regiões, as células de gordura se comportam de maneira diferente, o que aumenta ou diminui os riscos do aparecimento de doenças cardiovasculares. Os pesquisadores ainda não sabem explicar por que a localização da gordura determina seus efeitos sobre o organismo. Um estudo publicado na revista Nature Genetics no ano passado demonstrou que 14 regiões do genoma ajudam a determinar o padrão de acúmulo de gordura no corpo. E esses mesmos pedaços de DNA também estão ligados à regulação do colesterol e de outros tipos de gordura no sangue.

Um dos tipos mais perigosos de gordura é a visceral, que fica depositada entre os órgãos do abdome. As pessoas que têm esse tipo de gordura apresentam a chamada “barriga de cerveja”, embora nem sempre ela seja provocada pelo abuso de bebidas alcoólicas. “Sabemos que não é apenas um depósito de material inerte”, diz Cuno Uiterwaal, pesquisador da Universidade Utrecht, na Holanda. “As células de gordura dessa região são ativas. Liberam substâncias que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.”
A gordura periférica, aquela que atormenta as mulheres porque se acumula nos culotes, é considerada menos perigosa. Nessa região, as células adiposas teriam menos influência sobre o organismo. Um ponto cientificamente controverso do novo índice é que ele se baseia nessa gordura aparentemente inerte. Bergman, seu criador, disse a reportagem que o objetivo do IAC não é captar o risco cardíaco representado pela gordura visceral. “Minha preocupação foi criar um bom parâmetro para estimar a totalidade da gordura corporal”, afirma. Os danos da obesidade não se limitam a doenças cardiovasculares. E o IAC, por dispensar o peso, pode ajudar a detectar a obesidade em regiões carentes, onde não há balanças. 

O debate médico está apenas começando. O novo índice pode se mostrar eficiente para detectar excesso de gordura no corpo, mas não para medir o risco de doenças cardiovasculares”, diz Coutinho. “Nada substitui a aferição da pressão, os exames de sangue que medem o colesterol bom e o ruim e o nível de outros tipos de gordura no sangue”, afirma Raul Dias dos Santos, do Incor. O futuro do IAC vai depender, também, de tornar-se tão popular quanto o IMC entre os que lutam contra a balança.

fonte: RevistaÉpoca

Descubra qual é seu IMC e seu IAC sem fazer contas
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30 de janeiro de 2011

Pesquisa comprova o sedentarismo de nossa juventude


Embora o Brasil seja mundialmente conhecido pelo futebol e pelo culto ao corpo, o país é o que tem menos crianças praticando esportes nas escolas da América Latina. A constatação que serve de alerta para pais e educadores é da pesquisa Geração 5.0 – Os Novos Pilares da Infância, encomendada pelo canal Nickelodeon.

Comparado aos nossos vizinhos, o jovem brasileiro também é o que menos se preocupa com o meio ambiente e a sustentabilidade. Além disso, menos de 39% das crianças têm contato real com a diversidade – fator que pode ser decisivo no desenvolvimento de comportamentos violentos, como o bullying.

"Acreditamos que a alimentação, a atividade física, a sustentabilidade, a criatividade e a diversidade transformam a criança de hoje no adulto melhor de amanhã."

Os pais e a sociedade precisam acompanhar as mudanças – afirma Beatriz Mello, gerente de pesquisa do canal e responsável pelo estudo.



Meio ambiente
Segundo a pesquisa, apenas 56% das crianças se consideram interessadas no meio ambiente. Os pais ensinam valores, como não jogar lixo na rua, mas também aprendem com os filhos: uma em cada duas mães brasileiras diz que aprendeu muitas coisas sobre ambiente e reciclagem com o filho.

A pesquisa ouviu crianças e mães nos seguintes países: Brasil, Argentina, Chile, México, Colômbia, Venezuela e Peru.


Atividade física
:: Devido ao fato de a criança ficar cada vez mais dentro de casa, assistindo à TV ou jogando, ela tende a ganhar quilos desnecessários.

:: O peso corporal está relacionado ao consumo e ao gasto de calorias, e o peso das crianças tende a aumentar devido ao consumo de alimentos calóricos e processados. Além disso, os pequenos fazem cada vez menos atividades físicas.

:: Na escola e em casa, a prática de esportes e atividades físicas perde força e espaço para outras brincadeiras. Em 2003, 75% das crianças andavam de bicicleta enquanto hoje esse número caiu para 41%. Quando o assunto é futebol, 50% dos pequenos aproveitam o jogo “real”, enquanto 87% jogam video-game. 


fonte: PortalEdFis
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23 de janeiro de 2011

Estudo espanhol diz que beber cerveja todo dia faz bem


A cerveja foi elevada ao status do vinho no que diz respeito aos benefícios à saúde. Um novo estudo espanhol comprovou que tomar uma caneca da bebida por dia combate diabetes, evita ganho de peso e previne contra hipertensão. Além de ter graduação alcoólica baixa, a cerveja contém ainda ácido fólico, vitaminas, ferro e cálcio - nutrientes que protegem o sistema cardiovascular.

“Nesse estudo, nós conseguimos banir alguns mitos. Sabemos que a cerveja não é a culpada pela obesidade, já que ela tem cerca de 200 calorias por caneca - o mesmo que um café com leite integral”, destaca a médica Rosa Lamuela, uma das responsáveis pela pesquisa feita em parceria entre a Universidade de Barcelona, o Hospital Clínico de Barcelona e o Instituto Carlos III de Madri.

Os especialistas afirmam também que a cerveja não é a responsável pelo aumento da gordura abdominal. A culpa, na verdade, seria dos aperitivos gordurosos, como salgadinhos e frituras, que grande parte das pessoas consome junto à bebida.

O estudo foi realizado com 1.249 homens e mulheres acima de 57 anos. 
Devemos lembrar que o hábito deve estar associado a uma dieta saudável e a exercícios físicos regulares.


fonte: VejaOnline
 
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18 de janeiro de 2011

Descoberto mistério da gripe pós-orgasmo

Pode acontecer e não é assim tão raro. Alguns homens sofrem sintomas semelhantes aos da gripe depois de terem uma relação sexual.

A doença, conhecida como sindrome pós-orgasmo, manifesta-se através de cansaço, febre e ardor nos olhos, e é uma reacção alérgica do homem ao próprio sémen. A conclusão é de investigadores holandeses, que adiantam que os sintomas se manifestam imediatamente após a relação sexual e podem permanecer durante uma semana.

Embora venha sendo documentada desde 2002, a POIS é desconhecida dos médicos de família e especialistas dizem que, por isso, os homens que sofrem com o problema se sentem envergonhados e confusos. Para este estudo, os pesquisadores analisaram 45 holandeses diagnosticados com a doença.

- Os resultados da pesquisa são uma importante descoberta na pesquisa da síndrome e contradizem a teoria das causas psicológicas para o problema - diz o professor de psicofarmacologia sexual da Unibersidade de Utrecht, na Holanda, Marcel Waldinger.

- Eles não sentiam os sintomas quando se masturbavam sem ejaculação, mas assim que o sêmen aparecia eles se sentiam doentes, em apenas alguns minutos - diz Waldinger.

O tratamento existente, dizem os cientistas, é um tratamento conhecido como hyposensitisation, que consiste numa exposição gradual de pequenas doses de sémen. Assim o organismo vai criando resistência a alergia com o passar dos anos.

Waldinger afirmou que este tratamento pode ajudar a reduzir o impacto da doença. "Os resultados são um avanço muito importante na investigação desta síndrome", afirma o doutor


fonte: TheSun
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15 de janeiro de 2011

Aula de anatomia para malhação


A realidade da malhação é dura para nós, mortais (e não vale para as saradas invejavelmente abençoadas pela genética): esculpir um corpo é fruto de meses de dedicação e persistência. Mas fica mais fácil chegar lá se você entender o que passa por baixo do seu muque e da sua coxa.

Não, nós não vamos pedir para você decorar uma apostila de anatomia com os 650 músculos e os milhares de fibras do seu organismo. Em vez disso, fizemos uma triagem sobre o mínimo que você precisa saber para explorar o maior benefício possível do seu tríceps, quadríceps e todos os íceps que dizem respeito à sua silhueta. 


O QUE HÁ SOB A SUA PELE?
Músculos. Temos três tipos: os lisos, que revestem órgãos internos como estômago e esôfago; os estriados cardíacos, do coração; e os estriados esqueléticos, ligados aos ossos pelos tendões.

COMO ELES FUNCIONAM
Os músculos esqueléticos compõem de 30 a 40% de sua massa corpórea. São voluntários, ou seja, diferentemente do coração, que bate sozinho, é preciso acioná-los quando você tem que transportar uma TV de plasma (porque nenhum homem maleducado se ofereceu para fazer o trabalho pesado).

ÓRGÃOS DE FIBRA
Parece estranho, mas os músculos esqueléticos são como o pacote de espaguete. Cada filete representa uma fibra muscular, que se junta a outras e forma um feixe. Para fazer ideia, só nos quadris há mais de 150 fibras em cada feixe. O agrupamento deles forma os músculos como um todo.

AUMENTE O QUE TEM
Sua quantidade de fibras musculares foi estabelecida na época em que você deu seu primeiro beijo. Elas são construídas desde cedo, mas é na puberdade que os músculos se constituem. De acordo com Moisés Cohen, professor do departamento de ortopedia e traumatologia da Unifesp, os músculos e suas fibras não têm a capacidade de se multiplicar. “Restam as opções do aumento de volume de cada fibra e do ganho em resistência e força.”

CADA UM NEM SEMPRE É CADA UM
As características dos músculos são fatores importantes. Existem as fibras de tipo I, de contração lenta e resistentes à fadiga; tipo IIA, de contração rápida e também resistentes à fadiga; e tipo IIIB, de contração rápida mas fatigável. “Alguns pesquisadores defendem que, dependendo do treinamento, pode ocorrer a transformação de um tipo de fibra em outro”, diz Ricardo Cury, ortopedista da Santa Casa de São Paulo. “A distribuição das fibras musculares é determinada antes do nascimento ou na fase inicial da vida, tendo uma característica genética.” As fibras rápidas favorecem agilidade e explosão (como uma prova de 100 metros rasos), enquanto as lentas, a resistência. “Para encarar uma maratona, invista na contração lenta por meio de treinos com pouco peso e séries de 12 a 15 repetições”, recomenda o fisiologista do exercício Jason Conviser, do Centro de Medicina Northwestern Memorial, nos EUA.

DORES DO BEM
Quando você corta o dedo, seu organismo forma uma casquinha sobre a ferida para proteger e curar o machucado. Algo similar ocorre com seus músculos. As forças exercidas causam quebras microscópicas das fibras. Como resultado, os músculos emitem um sinal para as células reparadoras atuarem no local das rupturas. “Essas células sofrem um processo inflamatório benéfico que gera dor e diminui a capacidade de esforço. Daí vem o aumento da força e da massa muscular”, afirma o fisiologista do exercício Paulo Correia, professor da Unifesp. “Engana-se quem acha que, quanto maior a lesão, mais rápido o ganho. Esse processo leva tempo.”

SUPERVOLUME
Cientificamente, a palavra para o crescimento do músculo é hipertrofia. “Dá para aumentar os músculos trabalhando com intensidade e seguindo uma alimentação correta. A estratégia é diminuir a quantidade de gordura no corpo”, diz Gilmara Chaves, professora da academia Pelé Club, em São Paulo. “Para aumentar a massa e o peso rapidamente, opte por treinos com duas ou três séries de seis a oito repetições e muita carga.”

NEM TANTO AO HULK
Não queremos que a malhação transforme você no Hulk. O hormônio que faz o músculo crescer, a testosterona, é mais abundante de 20 a 30% em maior quantidade nos homens. “Outro ponto importante é a presença da enzima miostatina, que impede o aumento exagerado do músculo. Cada indivíduo possui uma quantidade específica da substância nas células”, diz Moisés Cohen.

QUEM TEM A FORÇA, HOMEM OU MULHER?
Quando cientistas realizaram um estudo comparativo entre a força muscular dos sexos, concluíram que os homens eram 50% mais fortes. Ao analisar o peso corporal baseado no ganho muscular, porém, descobriu-se que a formação dos músculos nas mulheres era mais firme do que nos homens.

OMBROS FORTES, CINTURA FINA
Lou Schuler, coautor do livro The News Rules of Lifting for Women (Novas regras do levantamento de peso para mulher), sem tradução para o português, diz que é mais fácil aumentar a massa muscular nos ombros. “Não há muita gordura em torno dos deltoides de uma mulher, e por isso ele tende a ficar mais definido”, afirma. Por que você quer uma ombreira permanente? A grande sacada é que ombros mais largos fazem a cintura parecer mais fina.

EXCESSO SEM DIVERSÃO
Atenção ao excesso de malhação. Musculação demais pode causar desde o encurtamento até um rompimento das fibras musculares. Se isso acontecer, troque o trabalho de peso por ioga e muita hidratação, até você ficar em condições de novo.

EXERCÍCIOS QUE QUEIMAM
Por décadas os cientistas pensaram que a sensação de ardência era resultado da liberação do ácido lático pós-treino pesado. Mas pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriram outros motivos. Quando você se exercita, a musculatura transforma a glicose do alimento em ácido lático, que é transportado pelas proteínas para as mitocôndrias, fábrica de energia dos músculos. Quanto mais trabalhada a musculatura, mais eficientemente seu corpo utiliza os ácidos láticos como combustível. Isso significa que você pode ir mais longe e por mais tempo. Queimação sim – mas com restrições.

PARA ASSUSTAR
Os músculos mais fortes do corpo são os do maxilar – eles têm força de meia tonelada (peso de um caminhãozinho).
AERÓBICO? É PRA JÁ!
Está acima do peso? Invista em atividades aeróbicas (corrida, natação, caminhada, etc.) e não fique só na musculação. Muitos homens se esquecem desse pequeno, mas grande detalhe. Atividades aeróbicas ajudam a perder peso e devem acompanhar a musculação, no mínimo de 2 a 3 vezes por semana. Não adianta nada estar musculoso e não ter folego para ir a padaria ou passear com o cachorro. Bote um tênis, aqueça-se e comece a suar a camisa já.

VOCÊ É (MAIS OU MENOS) O QUE COME
Não precisamos repetir insistentemente que a qualidade da nutrição reflete na saúde corporal. Lembre disso.


fonte: WomensHealth/AcademiaeCia


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Mitos e verdades sobre o café

O café é, de longe, uma das bebidas mais apreciadas do mundo. Mas existem alguns fatos sobre ele que pouca gente sabe. Enfim, tomar café faz bem ou faz mal? Você provavelmente deve ter se perdido entre as inúmeras informações contraditórias que existem sobre o café. Conheça-o melhor então com as dez coisas que você precisa saber antes da próxima xícara.


Cafeína pode matar. Mas não precisa entrar em pânico. Para chegar a esse ponto, seria preciso tomar de 80 a 100 xícaras de café num espaço de tempo bastante curto. O que acontece é que a cafeína é um estimulante, ou seja, aumenta a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e, por algum tempo, contrai os vasos sanguíneos. Logo, o excesso da substância pode ocasionar derrames, ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares. Mas ninguém precisa abrir mão do cafezinho. E seguro tomar, diariamente, de duas a três xícaras da bebida.

Café pode fazer bem. Pesquisadores da Universidade de Scranton, nos EUA, descobriram que o café é rico em antioxidantes e que uma ou duas xícaras por dias podem trazer benefícios à saúde. A cafeína pode até trazer riscos à saúde, quando ingerida em excesso, mas os antioxidantes do café estão aí para fazer bem. Tudo depende da moderação.

Cafeína impulsiona o desejo sexual feminino. Pelo menos em ratas. As que receberam cafeína levaram menos tempo para voltar a procurar seus parceiros depois da primeira “brincadeira”, indicando que elas estavam prontas para mais uma rodada. Mas não adianta se empolgar e correr para ligar a cafeteira. É preciso levar em consideração que as cobaias nunca haviam tido contato com a cafeína, portanto sua ingestão pode ter este efeito apenas em quem nunca tomou café ou não costuma consumi-lo com frequência.

Café alivia a dor. O estudo ainda não é amplo, mas pode abrir portas para maiores pesquisas que apontem a bebida como um anestésico. Segundo especialistas da Universidade da Georgia, nos EUA, uma ou duas xícaras podem diminuir a dor causada por atividades físicas. A esperança dos pesquisadores é que o café possa estimular pessoas a manter suas promessas de se exercitar e, por conseqüência, ser mais saudáveis.

Cafeína pode manter acordado durante a noite, sim. Cientistas da Universidade da Califórnia recomendam que não se beba café menos de seis horas antes de ir para a cama, a menos que a intenção realmente seja ficar acordado.

Café descafeinado tem cafeína. A única diferença é que a quantidade de cafeína é bastante reduzida, mas dez xícaras de café descafeinado equivalem a uma ou duas da versão tradicional da bebida.

A descafeinização usa química. O método mais comum para retirar a cafeína consiste em cozinhar os grãos de café no vapor para elevar sua umidade. Este processo dissolve a cafeína e a leva para a superfície, de onde é retirada com a ajuda de um solvente orgânico chamado cloreto de metileno. Então os grãos são retirados, secos e estão prontos para o consumo.

Cafeína não é amarga. A culpa do sabor amargo do café é, na verdade, de duas outras substâncias presentes em seus grãos. Uma é o ácido clorogênico lactonas, encontrado nos grãos claros a médios. E outra é o fenil indane, presente nos grãos mais escuros. Mas estas substâncias amargas são antioxidantes, então não há razão para adiconá-las à lista negra.

Um bom café depende da torradez dos grãos e de seu preparo. Enquanto ele é torrado, o óleo preso nos grãos emerge devido à alta temperatura. Quanto mais óleo, mais forte o sabor. A cafeína costuma escapar de dentro dos grãos conforme eles passam mais tempo em contato com a água vaporizada durante a torragem. Logo, o café comum costuma ter mais cafeína que o expresso ou o capuccino, uma vez que novamente fica mais tempo em contato com a água. Quanto mais escuro o grão, mais cafeína.

O café foi descoberto por cabras. Há mil anos, na Etiópia, um rebanho de cabras manteve seu pastor acordado toda a noite por terem encontrado um grão que agradou seu paladar. O pastor levou o grão para monges da região. Daí, o café chegou na Península Arábica, onde fez grande sucesso, e se espalhou pelo mundo.


fonte: Maisde50
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2 de janeiro de 2011

Grupo desmente dicas de saúde feitas por celebridades

Um grupo de campanha revelou ao final de 2010 a verdade sobre algumas das mais duvidosas dicas de saúde e boa forma feitas por artistas, pondo fim a ideias como a reabsorção de esperma e o uso de braceletes de plástico para aumentar a energia do organismo.

Em lista anual de abusos contra a ciência, o Sense About Science (SAS) desmentiu sugestões feitas por atores, estrelas do pop e outras pessoas famosas sobre dieta e exercícios, um esforço "para ajudar as celebridades a perceber onde estão errando e para ajudar o público a entender as alegações de celebridades".

Na seção de saúde e fitness, o SAS notou que o jogador de futebol David Beckham e a noiva do príncipe William, Kate Middleton, foram vistos usando braceletes com hologramas que, segundo os fabricantes, podem melhorar a energia da pessoa.

O grupo também mencionou uma dieta usada pela top model Naomi Campbell e os atores Ashton Kutcher e Demi Moore. Na rotina da dieta, os seguidores sobrevivem apenas com maple syrup, limão e pimenta por duas semanas. Em entrevista concedida à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, em maio, Campbell disse: "É bom limpar seu corpo de vez em quando"

"Muitas dessas alegações promovem teorias, terapias e campanhas que não fazem sentido científico", disse o SAS.

A pop star Sarah Harding, ex-grupo Girls Aloud, disse à revista Now que ela polvilha carvão vegetal na comida, declarando: "Não tem gosto de nada e aparentemente absorve todas as coisas ruins e prejudiciais do corpo".

John Elmsley, cientista da área de química e escritor, disse que o carvão vegetal absorve moléculas tóxicas quando usado em máscaras de gás e tratamento de esgoto, mas que é "desnecessário quando se trata de uma dieta, porque o corpo já é bem capaz de remover qualquer "coisa ruim e prejudicial".

Um dos destaques do SAS foi a dica do lutador de vale-tudo Alex Reid, que disse ao tabloide The Sun que costuma "reabsorver" seu esperma para se preparar para uma luta importante.

"É muito bom para um homem ter sexo sem proteção desde que não ejacule. Porque eu acredito que todo aquele sêmen tem muita nutrição. Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar "raaaaah", disse Reid.

John Aplin, cientista que pesquisa reprodução da Universidade de Manchester, disse que o esperma não pode ser reabsorvido quando já se formou nos testículos. "Na verdade, o esperma morre após alguns dias, e o conteúdo nutricional da ejaculação é realmente pequeno", disse Aplin ao grupo SAS.

Para tentar combater os efeitos de algumas das mais ousadas dicas de saúde, o grupo de campanha SAS publicou suas próprias "sugestões fáceis de lembrar para comentários de celebridades":

- Nada está livre de componentes químicos: tudo é feito com substâncias químicas, é só uma questão de elementos.
- Desintoxicação é um mito de marketing: nosso corpo se basta sem poções caras e dietas desintoxicantes
- As funções do organismo ocorrem sem estímulos externos
- Energia e boa forma vem de...alimentos e exercícios: não há atalhos.


fonte: Reuters

 
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Os preços de uma alimentação saudável


Uma alimentação mais saudável pode ser incentivada por meio de uma política de ajuste de preços dos alimentos.

Por meio da isenção de impostos sobre alimentos saudáveis e do aumento de impostos sobre os não saudáveis é possível estimular o consumo dos primeiros e promover uma dieta mais adequada da população.

Preço da saúde
Se o preço das frutas e hortaliças baixasse em 10%, o total de calorias ingeridas pela população, provenientes desses alimentos, aumentaria em quase 7,9%. [Imagem: Ag.USP]
A proposta é de um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, que partiu da ideia de que os valores de comidas e bebidas influenciam nos hábitos alimentares.

"Buscamos analisar como o preço estimula ou desestimula o consumo de certos alimentos", explica o nutricionista Rafael Moreira Claro, autor do estudo. No caso de frutas e hortaliças, se o seu preço baixasse em 10%, o total de calorias ingeridas provenientes desses alimentos aumentaria em quase 7,9%.



Fiscalização necessária

De acordo com o estudo, atualmente, frutas, legumes e verduras são a parte mais cara de uma dieta.

"Se uma pessoa quiser ingerir 1.000 calorias comendo apenas estes alimentos, precisaria de quase R$ 4,50 enquanto, hipoteticamente, poderia conseguir a mesma quantidade de calorias ingerindo açúcar com apenas R$ 0,3 (30 centavos)", relata Moreira Claro.

Assim, para não encarecer a refeição, a população de baixa renda acaba comendo menos frutas e hortaliças, alimentos saudáveis que poderiam fazer parte da dieta em maior proporção.

"Uma redução nos impostos sobre estes produtos ajudaria na diminuição de seu preço e no consequente aumento de seu consumo", observa o nutricionista, que ressalta: "A diminuição das taxas, porém, deve ser acompanhada de publicidade que avise ao consumidor sobre tal redução. Caso contrário o supermercado pode não repassar essa baixa de preço e continuar vendendo pelo mesmo valor".


Imposto da saúde

Em relação aos alimentos não saudáveis a pesquisa analisou as chamadas bebidas adoçadas (refrigerantes, bebidas energéticas e esportivas, além de sucos adoçados com açúcar) e apontou que se o seu preço aumentasse em 10%, seu consumo cairia em 8,4%.

Para induzir o aumento do valor, a sobretaxação dos refrigerantes seria uma medida possível e traria benefícios à sociedade na medida em que reduziria o consumo de uma bebida responsável por causar obesidade.

"O refrigerante não causa a obesidade sozinho, mas sua relação com a doença é evidente" alerta o nutricionista. Ele explica também que a diminuição na ingestão de bebidas adoçadas diminuiria os custos com o atendimento à saúde, em casos de obesidade e outras doenças crônicas. "O governo sairia ganhando, ainda que aumentar os impostos seja, num primeiro momento, uma medida impopular".


Renda familiar

O maior ou menor consumo de alimentos saudáveis também é impactado pela variação da renda de uma família. Tal impacto, porém, é menor do que o causado por uma baixa nos preços. Um aumento de 10% na renda familiar, por exemplo, aumentaria apenas em 2,7% o total de calorias ingeridas provenientes de frutas e hortaliças. O fato é justificado em função da diluição desse aumento de renda na aquisição de inúmeros outros bens e serviços.

Moreira Claro elucida que a questão dos impostos é o jeito mais simples de influenciar no consumo porque o preço afeta a todos de uma forma global e o impacto é mais direto quando valores são alterados, para mais ou para menos.

Além disso, nas classes mais altas, onde o poder aquisitivo já é significativo, o aumento da renda influencia ainda menos na compra de alimentos saudáveis. "Uma política de ajuste de preços, barateando os alimentos saudáveis e encarecendo os não saudáveis, é uma saída que traria mais efeito sobre a qualidade da dieta", finaliza.


fonte: AgenciaUSP
 
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24 de dezembro de 2010

Criado teste diagnóstico para detectar Alzheimer precocemente

Cientistas britânicos dizem ter encontrado uma maneira de diagnosticar o mal de Alzheimer anos antes de os primeiros sintomas da doença aparecerem.

Atualmente, não há cura ou um exame único para detectar a doença, que afeta mais de 20 milhões de pessoas no mundo.

Esta inovadora prova para a detecção precoce do Alzheimer foi provada por pesquisadores britânicos, com resultados positivos na profilaxia desta doença, que em 2050 triplicará sua prevalência atual.

Trata-se de uma punção lombar combinada com um escâner cerebral, que poderia identificar a pacientes com os primeiros signos da demência, uma das ante-salas dessa patologia.

Os autores, do Instituto de Neurologia do University College de Londres, submeteram a 105 voluntários sãos a várias puncões lombares para verificar seus níveis da proteína no líquido cefalorraquideo e ressonâncias magnéticas para calcular a contração do cérebro.

Os cérebros dos indivíduos normais com baixos níveis de beta-amiloide no líquido cefalorraquídeo, ou seja, em 38 por cento da mostra, contraíram-se duas vezes mais rápido em comparação com o outro grupo.
Estas pessoas, eles explicam, tem cinco vezes mais chances de possuir o gene APOE4 e risco também de níveis mais elevados de tau, uma proteína ligada ao mal de Alzheimer.

Para Anne Corbett, da Sociedade de Alzheimer, a detecção da demência precoce pode abrir as portas a novos tratamentos, ademais poderia ir de encontro a uma vacina contra essa doença.

Doença degenerativa que se manifesta como deterioração cognitiva e transtornos condutores, a doença de Alzheimer se caracteriza em sua forma típica por uma perda progressiva da memória e de outras capacidades mentais, à medida que os neurônios morrem e diferentes zonas do cérebro se atrofiam. Depois de seu diagnóstico, costuma ter uma duração média de 10 anos, ainda que isto varia em proporção direta com a severidade da doença.
O mal de Alzheimer afeta mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.



fonte: PrensaLatina/Destak

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9 de dezembro de 2010

Novo teste permite diagnóstico da Tuberculose em até duas horas


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira (8) um teste rápido para diagnosticar a tuberculose. A medida deve surtir forte impacto sobre os países pobres mais afetados pela doença. Os exames tradicionais demoram até três meses para apresentar alguma conclusão - tempo que agora será reduzido para pouco mesmo de duas horas.

Durante a avaliação, o teste NAT (de amplificação de ácido nucléico) mostrou eficiência para diagnosticar tanto a tuberculose inicial quanto aquela resistente a multidrogas (MDR-TB) e a agravada pelo vírus HIV, da aids – as duas últimas, mais difíceis de diagnosticar. O exame é inteiramente automatizado e usa técnicas avançadas de exame por DNA.

Outra das vantagens deste teste é não ter de recorrer aos microscópios nos laboratórios já que o método recai num novo tipo de tecnologia e necessita apenas de energia eléctrica. A eficácia deste método foi testada durante os 18 meses na África do Sul, em Uganda e no Lesoto, regiões africanas com alta incidência de tuberculose, conforme anuncia a OMS em comunicado.

A OMS estipula que a novidade permitirá triplicar o número de diagnósticos de pacientes com tuberculose resistente a medicamentos e duplicar os casos da doença associada ao HIV. Para os 116 países pobres onde a tuberculose é endêmica, será oferecido um desconto de 70% no valor, que pode cair ainda mais com o aumento da demanda.

"Este novo teste constitui um marco importante para o diagnóstico da tuberculose. Ele também representa uma nova esperança para os milhões de pessoas que estão em maior risco dessa e de outras doenças resistentes a medicamentos" disse Mario Raviglione, diretor do Departamento de contenção da tuberculose da OMS. Só no ano passado, a tuberculose matou 1,7 milhões de pessoas e infectou outras 9,4 milhões.

A partir de agora, o desafio do novo aparelho é apenas conseguir que seja implantado. Ele é fabricado pela empresa americana Cepheid e o seu desenvolvimento foi financiado por fundações como a de Bill e Melinda Gates.


fonte: Veja-Saude/CienciaHoje-PT
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1 de dezembro de 2010

Fiocruz inova com teste capaz de confirmar Aids em apenas meia hora



A nova tecnologia reduz o tempo do resultado de 1 a 30 dias para apenas meia hora, tem margem mínima de erro, além de custar cinco vezes menos. O Teste Confirmatório Imunoblot Rápido de confirmação do vírus HIV foi lançado pela Fiocruz nesta quarta-feira (1º), Dia Mundial de luta contra a Aids, e coloca, mais uma vez, o Brasil à frente no tratamento da doença em todo o mundo.

Serão produzidos 200 mil kits no primeiro lote, que será distribuído em 160 laboratórios vinculados à rede pública de saúde no primeiro trimestre de 2011.
Os kits serão utilizados na confirmação do diagnóstico, ou seja, quando o primeiro exame dá positivo, os médicos são obrigados a realizar um segundo teste.

O Ministério da Saúde paga atualmente R$ 150 por cada confirmação de diagnóstico. Com a nova tecnologia, o preço cai para R$ 20.

Segundo Antônio Ferreira, gerente de projetos da Bio-Manguinhos, unidade responsável por desenvolver e produzir vacinas, teste e medicamentos utilizados na rede pública de saúde, mais importante do que o custo menor, é a possibilidade de uma operação mais simples na hora de realizar esse tipo de diagnóstico.

- Com esse produto disponível, não há a necessidade do uso de vários equipamentos nos laboratórios, além do produtos caros e importados.

O diretor da Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, ressalta que a nova tecnologia é inovadora e extremamente segura, com índice de quase 100% de confiabilidade.

- É um produto inovador, não existe em nenhum lugar do mundo. Atualmente, cerca de 80% dos pacientes que fazem o teste do HIV e recebem um resultado positivo não voltam para fazer o teste confirmatório, essencial para o diagnóstico correto - explica.
Com o novo método, a Fiocruz também espera que mais pessoas adotem mais cedo o tratamento com antirretrovirais.
O uso dos novos kits já foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em um primeiro momento, eles serão produzidos apenas para aplicação na rede pública de saúde.

Cerca de 250 mil brasileiros são portadores do vírus HIV e não sabem, segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo Ministério da Saúde.

O estudo também revelou que o número de novos casos de Aids no Brasil aumentou 3% entre 2008 e 2009, mas o governo federal considera que a incidência do vírus HIV no país está estável e que o crescimento dos soropositivos se deve a aumento no número de diagnósticos realizados.


fonte: R7/OGlobo/Estadao
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30 de novembro de 2010

Síndrome de Nicolais-Baraitser


No espaço de um ano, o geneticista Sérgio Sousa foi distinguido internacionalmente duas vezes pela investigação que tem realizado sobre a rara síndrome Nicolais-Baraitser. São agora conhecidos 40 casos em todo o mundo, mas antes do estudo deste português tinham sido diagnosticados apenas quatro.

Recentemente foi-lhe atribuído o Prêmio John M. Opitz Young Investigator, graças a um artigo publicado na revista "American Journal of Medical Genetics". Sérgio Sousa (foto) encarou-o como um “estímulo” para continuar trabalhando. Na sua área, “é o melhor prêmio que se poderia receber, ainda mais por vir de um país [EUA] onde a investigação em genética já tem um grande história” - diz, revelando sua satifação.

A investigar a doença em Londres, onde em 2009 iniciou um projecto de doutoramento no Institute of Child Health (University College London), o médico do hospital pediátrico de Coimbra conseguiu identificar as suas características, um trabalho nunca antes realizado.

“É uma síndrome malformativa que se manifesta desde o nascimento. Apresenta-se com disformismos faciais e físicos, atrasos mentais, graves dificuldades na fala, microcefalia, enrugamento progressivo da pele e convulsões”, explicou o geneticista de 32 anos, acrescentando que “é provável que os seus portadores tenham uma esperança média de vida reduzida” devido aos múltiplos problemas de que sofrem.

Síndrome de Nicolais-Baraitser
Investigador referiu que, apesar dos problemas graves, as crianças com esta doença são muito felizes

O Investigador referiu ainda que, apesar dos problemas graves, as crianças com esta doença são muito felizes.
Em Portugal, onde reside o pesquisador, não há casos diagnosticados, mas há “suspeitas”, esclareceu o médico, que ainda não realizou testes que possam confirmar as suas dúvidas. Além disso, uma vez que é uma doença rara e pouco conhecida, o diagnóstico “torna-se mais difícil”, podendo haver muitos mais casos do que os que foram revelados.



Artigo elucidou muitos especialistas
A descrição e caracterização clínica é um passo fundamental para que novos casos sejam descobertos. “Antes do meu artigo, as pessoas não estavam muito alerta”, algo que começa a acontecer com os resultados agora divulgados. Os próprios pais de crianças que têm essa síndrome começam a ser capazes de fazer o diagnóstico e médicos de várias partes do mundo têm contatado Sérgio Sousa no sentido de lhe pedir esclarecimentos sobre o assunto.

O geneticista está agora trabalhando no sentido de desvendar as causas da síndrome e, embora haja fortes suspeitas de que sejam genéticas, ainda não foi possível sabê-la com certeza.

Sem baixar os braços, Sérgio Sousa tem a esperança de, dentro de seis meses, resolver este mistério. Neste momento, tem a colaboração de centros da Holanda e da Bélgica que, através de meios mais avançados de sequenciação do genoma, estão o ajudando a descobrir o que está na origem desta síndrome e também a detectar casos mais leves. Além disso, caso esta descoberta seja bem-sucedida, poderá ser viável, daqui a uns anos, obter uma forma de impedir a doença.


Começando do zero

Disformirmos da Síndrome Nicolais-Baraitser
Disformismos físicos são uma das formas 'visíveis' da doença
Até há três anos, o investigador sabia muito pouco sobre o assunto pelo qual foi agora premiado. Tudo começou num estágio que estava realizando em Londres, no Great Ormond Street Hospital for Children, o maior hospital pediátrico da Europa.

“Eu e Raoul Hennekam (um dos mais conceituados dismorfologistas do mundo) vimos um doente que levantou suspeitas de ter a doença e me interessei pelo assunto. Ao pesquisar, descobri que havia muito pouca informação e decidi debruçar-me sobre isso”, explicou.

Na investigação foram envolvidos doentes de 15 nacionalidades. “Fui a casa da primeira pessoa a quem a doença foi diagnosticada, contatei médicos e hospitais, sobretudo no Reino Unido, Holanda e França” na expectativa de “descobrir” pessoas que tivessem características correspondentes à síndrome Nicolais-Baraitser.

Foi assim que se iniciou este trabalho, desde 2007, para identificar de que forma a doença se manifesta nas crianças, com o intuito de haver um melhor diagnóstico. Atualmente, Sérgio Sousa está em Londres investigando também outras síndromes cuja causa ainda não é conhecida e que são ainda mais raros.


Impacto nas famílias
O estudo do português tem tido muito impacto sobretudo na vida dos doentes e dos seus familiares. Estes tem se unido e criado fortes relações. Já foi realizado um encontro mundial, no Reino Unido, com os pais de portadores desta doença, “que se sentem reconfortados por alguém dar atenção a este problema e se dedique a estudá-lo”, contou o investigador. Além disso, já foi criada uma associação de pais de portadores da síndrome Nicolais-Baraitser, um grupo na rede social Facebook e na Wikipédia.


fonte: CienciaHojePT
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25 de novembro de 2010

Dia internacional pela eliminação da violência contra as Mulheres


Em 1999, as Nações Unidas (ONU) designaram oficialmente 25 de Novembro como Dia internacional pela eliminação da violência contra a Mulher.
Antes desta indicação da ONU, o dia 25 de Novembro já era vivido pelo movimento internacional de mulheres. A data está relacionada com a homenagem a Tereza, Mirabal-Patrícia e Minerva, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

Violência plural
A mulher sofre diversas formas de violência. Quando pertence às classes menos favorecidas, sofre a violência de classe. Quando não é branca, sofre a violência racial. Pode ser vítima de uma violência múltipla, por exemplo, quando é negra e pobre.
No entanto, a mulher, independentemente da sua classe social, raça e idade, sofre também uma violência específica, de gênero, derivada da subalternização da população feminina. A organização social de gênero, atribui aos homens, prerrogativas que lhes permitem ditar normas de conduta para as mulheres, bem como julgar a aplicação correta dessas normas.

Violência dentro de casa
A violência física é uma das expressões extremas das contradições de gênero, que revela a crueza e profundidade do problema. É no espaço doméstico que ela é mais frequente e apresenta variadas formas. Contrariando o senso comum, as pesquisas indicam que o lugar menos seguro para a mulher é a sua própria casa. Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em casa, pelo marido, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua.
Escondida pela cumplicidade da sociedade e pela impunidade, a violência contra a mulher ainda é um fenómeno pouco visível. Os casos que chegam às autoridades são apenas a ponta do iceberg. Os registros de ocorrência nas polícias revelam um número significativo de casos provenientes das classes alta e média alta, contrariando a tese, de que a violência contra a mulher, é apenas o resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa escolaridade.


Números
Um relatório das Nações Unidas, divulgado por ocasião da data, revela que 70% das mulheres foi vítima de agressões físicas ou sexuais em algum momento de suas vidas.

Como resultado das campanhas contra a violência no gênero, 90 países possuem alguma disposição legislativa contra esta prática e mais de 60 com leis concretas a respeito, enquanto a violação dentro do casamento é delito em 104 países.

A ONU considera que a violência contra as mulheres  "é uma pandemia global" e um "problema universal", já que há vítimas em todos os países do mundo.

Segundo dados de ONU Mulher, a violência contra pessoas do sexo mais frágil entre os 15 e 44 anos, causa mais mortes e incapacidade do que o câncer, a malária, os acidentes de trânsito e guerra combinados.

Em 2006, 79 porcento das vítimas de tráfico de seres humanos foram as mulheres e as meninas.
Outros dados divulgados assinalam que mais de 60 milhões de meninas no mundo são forçadas a casar antes de completar 18 anos enquanto 100 e 140 milhões de meninas e mulheres no mundo vivem com sequelas de mutilação genital feminina e ainda existem três milhões de meninas sob risco dessa prática todos os anos.


Saiba tudo a respeito
O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher lançou ontem (23/11) o site "Violência contra a Mulher - Quebre esse ciclo". Um espaço para as vítimas contarem suas histórias, materiais para professores e advogados  e  um local para você ficar sabendo tudo sobre a principal Lei no Brasil de proteção a violência contra as mulheres: A Lei Maria da Penha.

Filme Institucional da campanha "Violência Contra a Mulher, Quebre esse Ciclo"


fonte: Angop/NBR/Quebreociclo
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