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29 de agosto de 2010

Os perigos do Narguile. Saiba mais


Onde tem fumaça, às vezes, tem um narguile – e é aí que mora o perigo! Mesmo porque o tradicional cachimbo d´água usado há milênios nos países do Sudeste Asiático e Oriente Médio agora é a moda entre os jovens no Brasil.

Tudo começou com a exibição na televisão de uma novela. Em seguida, bares e restaurantes aderiram à onda para agradar aos clientes. Assim, de boca em boca, o que era moda tornou-se uma febre.

Em virtude da mistura de inúmeras essências, o narguile tem aromas variados. É feito com um fumo especial (um melaço, subproduto do açúcar). Os sabores mais conhecidos, são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel.

O narguile (narguilê, narguila, arguile, naguilé etc) é formado por uma peça central, que parece um vaso, onde se coloca a água. Conectada à base está uma peça cilíndrica que sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco, e em cima do tabaco, o carvão. A mangueira, por onde se aspira a fumaça, resfriada pela água, se encaixa na parte superior do narguile e termina numa piteira. Pode haver mais de uma mangueira para várias pessoas fumarem juntas. Ele funciona quando é aspirado por um tubo que reduz a pressão no interior do aparelho, fazendo com que o ar aquecido pelo carvão passe pelo fumo, produzindo a fumaça. Essa fumaça desce até a base, onde é resfriada e filtrada pela água, que retém algumas partículas sólidas. A fumaça segue pelo tubo até ser consumida pelo usuário com o sabor da essência escolhida.
Segundo o dr. Sérgio Ricardo Santos, Presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o narguile causa ainda mais males do que o cigarro, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas – já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem a devida esterilização. Vale lembrar que o seu uso é proibido para menores de 18 anos, assim como o cigarro.
Efeitos à saúde
Também conhecido como ‘hookah’ nos países de língua inglesa, ou por ‘shisha’ no norte da África, o narguile pode causar diversas doenças, sendo as respiratórias as mais observadas.

Especialistas em doenças respiratórias advertem que 50 tragadas são suficientes para viciar. Isso ocorre devido à nicotina, que causa a chamada sensação de bem-estar, adverte o dr. José Eduardo Delfini Cançado, Presidente da SPPT.

Estudos recentes contrariam a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a fumaça inalada em uma sessão de narguile, que pode durar entre 20 minutos e uma hora e meia, corresponde à inalação de mais de 100 cigarros. E são consumidos até 10 litros de fumaça, pois a presença da água faz com que se aspire mais fumaça, que se torna mais tolerável. Dessa maneira, inala-se maior quantidade de toxinas.

Veneno
O que muitos pensam erroneamente é que esse tipo de fumo não é tão prejudicial à saúde. Longe disso: por conter diversas toxinas, pode causar câncer de pulmão, além de doenças cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras. “A única forma de minimizar os males causados pelo narguile é evitar o uso e não aspirar a fumaça“, alerta o dr. Sérgio.


Entrevista
A Dra. Jaqueline Scholz Issa, cardiologista, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo, responde as perguntas dos ouvintes enviadas à Rádio Jovem Pan para a campanha contra as drogas:

Quais são os malefícios do uso continuado do narguile? É igual ao tabaco?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
É igual ao tabaco. O fumo utilizado no narguile contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco (nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, que tira o oxigênio das células) e sua fumaça contém também os aditivos aromatizantes e substâncias nocivas do carvão. Causa, portanto, dependência, perda de dente, câncer de boca e todos os riscos do tabaco à saúde: doenças respiratórias, câncer e doenças cardiovasculares.

Qual a origem do narguile? A planta é tabaco? Vários amigos meus dizem que provoca euforia. É verdade?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O narguile tem origem no Oriente. Uma das versões é a de que teria sido inventado na Índia do século XVII. Na China, passou a ser utilizado para fumar o ópio, e assim permaneceu até a revolução comunista, no fim da década de 40. Com os árabes, passou a ser utilizado em grupo, acompanhado de café. As cruzadas também espalharam o narguile pelo mundo, quando os guerreiros sobreviventes traziam-no para seus países. No Brasil, o narguile foi trazido por trazido por turcos, libaneses e judeus. Para fumar, é utilizado tabaco. Maconha e crack também estão sendo fumados no narguile. E há grupos de adolescentes que estão trocando a água do narguile por bebida – causas da perigosa euforia relatada pelos seus amigos.

É verdade que o narguile veio com os árabes e muçulmanos para o Brasil? Ele é uma droga? É tabaco ou alguma outra coisa?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Para o Brasil, foi trazido por turcos, libaneses e judeus. O que se fuma no narguile – tabaco – é droga. Há também quem utilize maconha, bebida e crack, potencializando os riscos dessas drogas.

Por que que o narguile está tão popular nas festas? Quem tem o interesse em divulgar mais esse consumo de tabaco? Ele é ilegal? Vicia? É droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Porque se criou o falso conceito de segurança, incentivado pela falsa idéia de que é inócuo, os pais compraram a idéia de que não tem perigo. Falso e perigoso conceito porque fumar no narguile é altamente maléfico para a saúde. A água do narguile não filtra, ela esfria a fumaça. E a fumaça vem com nicotina, que vicia, vem com alcatrão e monóxido de carbono, substâncias do tabaco. O monóxido de carbono no narguile é potencializado pela combustão do carvão, o que significa que chegará mais forte ao organismo, retirando oxigênio das células e possibilitando o aparecimento de doenças, perda de dentes e de câncer na boca. Como a concentração de monóxido de carbono é maior com o narguile, por causa da combustão do carvão, sua concentração equivale ao final de 40 minutos a se ter fumado 100 cigarros. Quem tem interesse de divulgar o narguile é a indústria do cigarro, porque o usuário de narguile vai também fumar cigarro. É proibido para menor de 18 anos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que veda a venda de qualquer produto do tabaco para adolescentes. Como é usado o tabaco, vicia, sim. Narguile é o objeto onde se usa droga.

Como podemos ajudar na campanha contra o tabaco nas escolas? Vários colegas meus fumam e não consideram o cigarro droga. O narguile é uma droga, também vicia?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Deveríamos incentivar a participação em festas, sem drogas. Deveríamos motivar jovens a promoverem festas, sem bebida, sem cigarro ou outras drogas, com o objetivo de reunir os amigos para se conhecerem, conversarem, compartilharem companhia. O narguile é o objeto onde se usa droga, que vicia.

Tenho ido a festas e vejo o tal de narguile correndo por todos. Achei o cheiro muito estranho e enjoativo, meio adocicado... Ele é feito de quê? Será que vicia? É também uma droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O cheiro é do tabaco misturado com essências de flores ou frutas. É uma droga. Portanto, vicia, sim.

Gostaria de saber o que é exatamente narguile. Como é o tabaco que é fumado pelas pessoas e por que ele é perfumado? Narguile também é considerado uma droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O tabaco fumado no narguile é misturado com essências, ou seja, tem mais produtos químicos para prejudicar a saúde. Esse tabaco é droga, sim, que vicia e prejudica o organismo.

Fonte: DestaqueSP
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28 de agosto de 2010

29-8. Dia Nacional de combate ao fumo


Que o cigarro faz mal e pode levar à morte, todo mundo sabe. No entanto, pesquisas realizadas periodicamente continuam revelando dados alarmantes sobre o consumo e a indústria do tabaco. E, não por acaso, a população jovem está nos holofotes. De acordo com um estudo do IBGE, 31,9% dos fumantes ou ex-fumantes pegaram o hábito de fumar quando tinham entre 17 e 19 anos.

Desde 1840 o cigarro passou a ser industrializado, proporcionando um grande aumento de pessoas que fumam por todo o mundo. Antes, os cigarros eram feitos manualmente, como os cigarros de palha.

Fumar faz mal porque o fumo quando queimado produz mais de quatro mil substâncias químicas, sendo que sessenta delas são cancerígenas.

A dependência é causada pela nicotina, um dos elementos presentes no tabaco ou fumo. Após a ingestão da fumaça, o cérebro é estimulado ao prazer, porque a nicotina cai na corrente sanguínea. Com isso, o fumante tem sensação de bem-estar, atenua a ansiedade, diminui a fome, perde peso, sente-se relaxado, etc.

O fumo é uma planta variável em mais de sessenta espécies, que podem ser preparadas para mascar, cheirar ou fumar. Porém, apenas algumas delas são cultivadas para o processo de industrialização.

O fumante, com o passar do tempo, adquire uma doença denominada tabagismo, que se caracteriza pelo excesso de nicotina no organismo.

O tabagismo não é facilmente curado, pois os efeitos do cigarro são processados pelo cérebro e causam prazer. Com isso, o tratamento volta-se para psicoterapias, acupuntura, uso de adesivos e chicletes de nicotina (que juntam pequenas quantidades da mesma no organismo até que a pessoa chegue à baixa taxa), inaladores ou sprays nasais.

Os maiores produtores de fumo do Brasil são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.

As espécies mais cultivadas são de fumo para cigarro, charuto, cachimbo e o fumo de corda (aquele de rolo).

O maior dos malefícios do consumo de fumo é o câncer de pulmão, que responde por 90% dos casos da doença. Além desse, o cigarro também pode causar câncer de boca, mau hálito, dentes amarelados, impotência sexual, gangrena em partes do corpo (diminuição da circulação do sangue), dentre outras.

O tratamento do câncer de pulmão é de muito sofrimento e dor, tanto para o paciente quanto para sua família, pois é um tipo de câncer que pode levar facilmente ao óbito, em razão da sua capacidade de se disseminar para outras áreas do corpo.

Pessoas que não fumam devem ficar alertas, pois a inalação da fumaça do cigarro, mesmo que de outra pessoa, causa os mesmos males, sendo consideradas fumantes passivas. Outras nada podem fazer, como no caso de crianças que convivem com pais que fumam ou mesmo recebem a nicotina ainda na barriga da mãe.

Dessa forma, para se evitar a aquisição de um câncer ou outras doenças causadas pela fumaça do cigarro, o melhor a fazer é não fumar e ajudar a combater o consumo do fumo, do tabaco, devido aos sérios problemas que causam ao organismo.


TOP 5 MALEFÍCIOS DO CIGARRO

Por Jairo Bauer

1. Aumento do risco de diversos tipos de câncer, como pulmão, bexiga, garganta
2. Aumenta risco de AVCs (derrames) e infartos
3. Potencializa o impacto de outros fatores de risco para sua saúde, como diabetes e hipertensão
4. Envelhece a pele e deixa os dentes amarelos
5. Faz mal também para quem convive com o fumante (fumantes passivos)
 Ajude, oriente, participe, essa campanha precisa de você!

fonte: BrasilEscola/FolhaSP

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26 de agosto de 2010

Política Nacional Saúde Homem completa um ano


A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevadas.

A Política Nacional de Saúde do Homem, lançada dia 27 de agosto de 2009, teve por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A iniciativa, um dos compromissos de posse do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, é uma resposta à observação de que as doenças que afetam o sexo masculino são um problema de saúde pública.

A política tem um plano dividido em nove eixos de ação a serem executados até 2011 e prevê o aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como vasectomia, e a ampliação em até 20% no número de ultrassonografias de próstata.

Por meio dessa iniciativa, o governo federal quer que, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano. Além de criar mecanismos para melhorar a assistência oferecida a essa população, a meta é promover uma mudança cultural.

A nova política coloca o Brasil na vanguarda das ações voltadas para a saúde do homem. O país é o primeiro da América Latina e o segundo do continente americano a implementar uma política nacional de atenção integral à saúde do Homem. O primeiro foi o Canadá. A política está inserida no contexto do Programa “Mais Saúde: Direito de Todos”, lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde para promover um novo padrão de desenvolvimento focado no crescimento, bem-estar e melhoria das condições de vida do cidadão brasileiro.
 

VARIÁVEIS CULTURAIS – As ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem buscam romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar os consultórios médicos. Entre os seus subsídios está uma pesquisa feita com sociedades médicas brasileiras e conselhos de saúde. Divulgado em 2008, o levantamento ouviu cerca de 250 especialistas e mostrou que a população masculina não procura o médico por conta de barreiras culturais, entre outras.

Na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada. Assim, em vez de serem atendidos no posto de saúde, perto de sua casa, eles precisam procurar um especialista, o que gera maior custo para o SUS e, sobretudo, sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família.

A não-adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da incidência de doenças e de mortalidade. Números do Ministério da Saúde mostram que, do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos – população alvo da nova política -, 68% foram de homens. Ou seja, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens, aproximadamente. Os últimos dados de óbitos consideram o ano de 2005. Além disso, números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 63,20 para 68,92 anos de 1991 para 2007, ela ainda se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres.


 fonte: MS
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8 de agosto de 2010

Lei antifumo comemora aniversário com balanço positivo


A lei antifumo completou neste sábado (7) um ano em vigor, em todo o Estado de São Paulo, com balanço positivo tanto para empresários como para o setor da saúde e para os não-fumantes. Após o alarde e pessimismo de que a legislação causaria prejuízo a bares, restaurantes, boates e similares na região, a conclusão é unânime: a lei foi um sucesso. Além do aumento no movimento dos estabelecimentos no período, o programa de tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, por exemplo, nunca registrou tanta procura de pessoas que decidiram largar o vício do tabaco.

A mudança de atitude por parte de fumantes e o apoio da população por meio de denúncias foram os principais responsáveis pelo funcionamento da legislação sem problemas até o primeiro aniversário.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a adesão em Campinas foi de 99,8%. Os agentes da Vigilância Sanitária Estadual e do Procon-SP realizaram 21.491 inspeções e aplicaram 45 multas no período. No total do Estado de SP, foram 360.741 inspeções (uma média de 40 por hora) e aplicação de 822 multas, o que representa apenas 0,22% de descumprimento. Do total de multas, 18,5% foram originadas a partir de denúncias recebidas por telefone ou via o portal da lei.

O otimismo é o mesmo por parte de donos de bares. “Todos nós pensamos: é lei, então vamos cumprir”. Ao final ganhamos mais clientes. Tudo mudou para melhor”, conclui Nilson, proprietário de um estabelecimento me Campinas.

Os funcionários também não tem o que reclamar. O presidente do Sindicado dos Empregados do Setor Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares, Orides Rodrigues Sousa, explica que o alarde de que um dos piores reflexos da lei antifumo seria a demissão em massa por conta da queda do movimento passou desapercebido no quadro de empregos dos estabelecimentos. “Só esse ano, o movimento aumentou 25%, porque os não fumantes retornaram aos estabelecimentos, e não o processo inverso. Os clientes perceberam que a lei era correta e se conscientizaram”, explica.


Balanço positivo na saúde
O programa de tabagismo da Secretaria de Saúde de Campinas foi um dos beneficiados pela lei. Em um ano, o balanço é positivo, e os campineiros ficaram mais determinados a deixar o vício. O último balanço da Secretaria de Saúde, de 2009, mostra que há 200 mil fumantes na cidade. Do total da população de Campinas, com cerca de um milhão de habitantes, 21% são homens e 15,1% são mulheres. Em 2002, eram 25% do sexo masculino e 21% do sexo feminino.

fonte: EPCampinas
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29 de maio de 2010

Fumo mata 40% das mulheres com menos de 65 anos no Brasil


A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou ontem as "estratégias agressivas" de publicidade e marketing das empresas de cigarro para incentivar mulheres a fumar e fazer com que o hábito seja aderido em idades cada vez mais adiantadas.

Pela ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco, a ser comemorado neste domingo, dia 30 de maio, a OMS declarou que "fumar é desagradável, mortal e vicia" e não é "um sinal de independência, de poder ou de sofisticação", como a indústria tenta mostrar.

O diretor da "Iniciativa Livre de Tabaco" da OMS, Douglas Bettcher, revelou que os últimos dados indicam que a taxa de mulheres fumantes ainda é baixa (9%) se comparada com a de homens (40%).
Estas porcentagens mostram que de um bilhão de pessoas que fumam no mundo, cerca de 200 milhões são mulheres, diferença que os fabricantes de tabaco veem como uma grande oportunidade para expandir seu mercado.

A diferença se reduz quando se trata de mortes pelo tabaco, que são cinco milhões a cada ano, das quais 1,5 milhão são mulheres, embora, sem medidas mais drásticas para limitar o tabagismo, a OMS estime que o número de vítimas fatais chegará a oito milhões em 2030, a maioria em países em desenvolvimento.

É esse grupo de países - de classe média e baixa - o alvo das "estratégias predatórias" das companhias de tabaco para "manter seu motor de rentabilidade", disse Bettcher.
Um recente estudo realizado em 151 países entre adolescentes de 13 a 15 anos revelou outro dado extremamente alarmante, que na metade desses países a proporção de meninas que fumam é maior do que a de meninos.

O desejo das jovens de participar das tendências "da moda", a ideia que fumar equivale a ser uma mulher "liberada" e que diminui o apetite, o que favoreceria as silhuetas magras, são algumas das razões argumentadas para que cada vez mais meninas passem a ser fumantes, segundo a OMS.

As oportunidades nesse segmento são amplas para a indústria se for considerado que na Índia e na China - os dois países com maiores níveis de tabagismo - 60% dos homens fuma, frente a entre 3% e 5% de mulheres.

Assim, os mercados dos países em desenvolvimento são particularmente atrativos em comparação ao declínio do tabagismo em grande parte dos países industrializados nos últimos 20 anos, um resultado de políticas mais e mais restritivas contra o tabaco.

A indústria do tabaco, "principalmente Philip Morris e British American Tobacco, também tem uma clara estratégia" para conquistar o mercado feminino na América Latina, o que está conseguindo, segundo se deduz do fato de que no Chile, Colômbia, México, Uruguai, Argentina e Brasil as meninas que fumam são mais do que os meninos, sustentou Bettcher.
"É preciso lembrar que o tabaco mata aproximadamente a metade dos fumantes e, portanto, a indústria tem que substituir esses usuários.
E onde os substitui? Nas duas populações que são mais propensas a fazê-lo: os jovens e as mulheres", explicou à Agência Efe o gerente do Programa de Controle do Tabaco da OMS, Armando Peruga.
Ele disse que outro dado alarmante é o do número de mulheres que "fumam" passivamente, o que significa 64% dos 430 mil que morrem por exposição à fumaça de um fumante.

Apesar dos esforços internacionais contra o tabagismo e de estar há cinco anos em vigor a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), só 26 países - com uma população que mal representa 9% do planeta - aplicam proibições efetivas a todo tipo de publicidade sobre o tabaco.
No resto do mundo, esse tipo de normas são inexistentes ou pouco efetivas, enquanto as empresas de cigarro inovam cada vez mais suas estratégias para incentivar consumidores.

Como um exemplo, Bettcher denunciou a "propaganda rosa" que as companhias usam no Japão, onde utilizam a cor para embrulhar os maços de cigarros ou usam publicidade em massa inclusive nos transportes públicos.
Já no Egito, alguns maços de cigarro adotaram a forma de caixas de perfumes para atrair o público feminino.

fonte: Terra

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31 de maio. Dia mundial sem tabaco



O Dia Mundial sem Tabaco de 2010 será celebrado nesta segunda-feira 31 de maio. A Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu como tema “Gênero e tabaco com ênfase no marketing para mulheres”, com o objetivo de alertar sobre as estratégias que a indústria do tabaco utiliza para atingir o público feminino e os males que o cigarro causa à saúde e ao meio ambiente.


No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) desenvolveu peças promocionais para uma campanha com o slogan “Mulher, você merece algo melhor que o cigarro!”. As peças trazem a imagem de flores como um contraponto ao cigarro: as flores representam proteção ao meio ambiente, beleza e qualidade de vida, contrastando com o cigarro, sinônimo de desmatamento, envelhecimento precoce e problemas de saúde.


O INCA estima que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade. Uma vez abandonado o cigarro, o risco da doença cardíaca começa a decair – após um ano, reduz-se à metade e, após dez anos, atinge o mesmo nível de quem nunca fumou.

Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam. Além disso, o risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser dez vezes maior que o das que não fumam e usam esse método contraceptivo.

As gestantes também devem ficar alertas. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia ocorrem mais frequentemente quando a mulher grávida fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da gestante. Quando é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro, ela absorve as substâncias tóxicas, que, pelo sangue, passa para o feto. Quando a mãe fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo leite e é absorvida pela criança.

A mulher e o cigarro - Com a participação cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, seu papel social também foi se alterando rapidamente. Ela passou a ter mais poder, tanto aquisitivo, quanto de decisão dentro da sociedade.

Em decorrência de todas essas mudanças, a mulher tornou-se um dos alvos prediletos da publicidade da indústria do tabaco, que passou a divulgar o cigarro como símbolo de emancipação e independência. Isso fez e continua fazendo com que o número de mulheres fumantes aumente cada vez mais.

Saiba mais: http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=jovem&link=namira.htm

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29 de abril de 2010

Drogas psicotrópicas

O termo droga tem origem na palavra droog (holandês antigo) que significa folha seca (isto porque antigamente todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais). Atualmente, a medicina define droga como qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.

A palavra psicotrópico se relaciona com o termo tropismo, que significa 'ter atração por'. Então, drogas psicotrópicas são aquelas que atuam sobre nosso cérebro, alterando de alguma maneira nosso psiquismo.

Há diferentes formas de classificação das drogas (susbstâncias psicotrópicas ou psicoativas), a saber:

Ponto de vista legal
Lícitas: aquelas comercializadas legalmente, podendo a venda ter ou não alguma restrição, como por exemplos, obrigatoriedade de receita médica (alguns medicamentos) ou venda exclusiva para maiores de 18 anos (álcool e tabaco);
Ilícitas: proibida a comercialização. Exemplos: maconha e alucinógenos

Ponto de vista didático
(acerca da atuação sobre a atividade mental e comportamental de seu consumidor)
- Depressoras do Sistema Nervoso Central (álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, opióides/morfina,heroína,codeína, solventes e inalantes);
- Estimulantes do Sistema Nervoso Central (anfetaminas, cocaína);
- Perturbadoras do Sistema Nervoso Central : maconha e alucinógenos (origem vegetal: THC/maconha, Mescalina/cactos mexicanos, Lírio/trombeteira, Psilocibina/ certos cogumelos; origem sintética: LSD, ecstasy, anticolinérgicos)

Outras drogas
(não podem ser classificadas únicamente em uma das categorias já citadas)

- Tabaco, cafeína, esteróides anabolizantes


(Fontes: Livretos informativos s/drogas psicotrópicas/CEBRID-SENAD)
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6 de abril de 2010

Hipertensão é maior entre mulheres

Na lista das principais doenças crônicas que atingem as brasileiras, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE de 2008, aparecem hipertensão (14%) e doença de coluna ou costas (13,5%), artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5,0%), depressão (4,1%), doença de coração (4,0%) e diabetes (3,6%).

Segundo o cardiologista Carlos Alberto Ribeiro Arruda, dados importantes e que aumentam o risco de doenças cardíacas e hipertensão em mulheres são o tabagismo e o uso de anticoncepcionais.

O especialista explica que a associação do medicamento com o fumo pode induzir formações trombogênicas, que é o aparecimento de coágulos de sangue que se acumulam em artérias ou veias de qualquer parte do corpo, elevando a ocorrência de derrames e infartos em mulheres.

O índice é menor em mulheres antes da menopausa
A incidência nas mulheres antes da menopausa costuma ser menor que nos homens, mas começa a se elevar por volta dos 65 anos, quando praticamente equipara-se ao número de casos registrados neles. “A principal diferença é que elas, quando jovens, estão mais protegidas pelos hormônios”, afirma.


O momento ideal de se procurar um cardiologista pela primeira vez depende da realidade que vive cada um. “Pessoas que possuem forte histórico familiar de doenças cardíacas devem ficar mais atentas. Para homens acima de 40 anos, são recomendadas visitas anuais, assim como para as mulheres acima dos 50 anos, desde que, anteriormente, não tenham sentido nenhum sintoma ou mal-estar incomum”, destaca o médico.

Para quem apresenta fatores de risco ao aparecimento de doenças cardíacas, como diabetes, colesterol alto, tabagismo, pressão alta ou obesidade, as visitas ao cardiologista devem ser mais regulares.

fonte: JMOnline
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29 de março de 2010

Brasil é vice na incidência de câncer de laringe


De acordo com uma estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 9 mil novos casos de câncer de laringe foram descobertos em 2009. Outro dado preocupante da OMS mostra que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de incidência deste tipo de tumor, perdendo apenas para a Espanha.

Diante destes dados preocupantes e com a missão de alertar a população sobre a importância da realização de exames preventivos, a Academia Brasileira de Laringologia e Voz realiza este ano a décima primeira Campanha Nacional da Voz. Comemorando o Dia Mundial da Voz, em 16 de abril, a iniciativa da ABLV é uma ação de conscientização da população sobre os cuidados que se deve ter com a voz, os hábitos que mais a prejudicam e os sintomas que sugerem alterações e distúrbios vocais. A estrela da campanha é a cantora Claudia Leitte.

Em 2010 busca-se atingir um público ainda maior de pessoas, a fim de alertá-las sobre o crescimento do câncer de laringe no Brasil. De acordo com o médico Paulo Perazzo, presidente da ABLV, "os maus hábitos, o tabagismo e etilismo (isolados ou associados) assim como a procura tardia do seu médico otorrinolaringologista são as principais causas de incidência do câncer de laringe em brasileiros".

Por isso, é fundamental que um médico especialista seja procurado em caso de tosse e/ou pigarro frequentes ou constantes; rouquidão por mais de 7 dias; dor, ardência ou incômodo na garganta; dificuldade ou dor para engolir; perda de voz, voz fraca ou falhas na voz e dificuldades respiratórias.

fonte: JBOnline
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30 de janeiro de 2010

Fumantes colocam entes queridos em risco de ataques cardíacos


Pesquisadores de universidades londrinas mediram, duas vezes, a exposição de homens não-fumantes à fumaça de tabaco. A segunda medição foi feita 20 anos depois da primeira.

As medições feitas entre 1978-1980 mostraram que 73% dos homens possuíam altos níveis de nicotina no sangue. Já entre 1998-2000, a porcentagem caiu consideravelmente, para 17%.


Os homens que viviam com alguém que fumava, ou seja, eram fumantes passivos, no entanto, continuaram a apresentar altos níveis de nicotina na segunda medição (nível acima de 0,7 nanograma por mililitro – pode parecer pouco, mas já causa um aumento de 40% em riscos de ataques do coração).


A Dra. Bárbara Jefferis, condutora dos estudos, diz que, dos dados, pode-se concluir que o hábito de fumar em público realmente diminuiu com o passar dos anos. As pessoas estão menos expostas. “Mas podemos perceber, também, que, claramente, viver com um fumante pode colocar alguém em uma posição de risco. Se queremos diminuir a exposição de não-fumantes ao tabaco, precisamos nos esforçar para que as pessoas parem de fumar, também, em casa” declara Jefferis.


“Não podemos obrigar as pessoas a pararem de fumar em suas próprias casas, mas podemos alertar os fumantes sobre o que estão fazendo a seus entes queridos. Fazê-los pensar em seus amigos e parentes antes de acender um cigarro” conclui a médica Bárbara Jefferis.
A comunidade científica, depois da pesquisa, está tentando aprovar projetos que ponham fim a displays de venda de cigarros e a máquinas automáticas que vendem o produto (as últimas podem “facilitar a vida” de fumantes menores de idade).  
 
fonte: ScienceDaily
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29 de janeiro de 2010

Narguilé e charuto podem equivaler a 100 e 200 cigarros, respectivamente

 
O cheiro das essências usadas no narguilé são um convite para juntar uma roda de amigos e passar o tempo. Apesar de ser um jeito mais charmoso de fumar, a diversão de origem indiana é mais danosa para o organismo que o cigarro. Em uma única sessão, o consumo de tabaco pode equivaler a mais de 100 cigarros.

O alerta está em um artigo de revisão do pneumologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Viegas, publicado na edição de dezembro do Jornal Brasileiro de Pneumologia.

Viegas explica que o malefício ocorre, entre outros motivos, porque uma sessão de narguilé expõe o adepto a um período longo de contato com a nicotina. "Em uma roda, se a pessoa gasta duas horas, vai fumar muito mais tabaco que se fumasse cigarros." Enquanto um cigarro leva de 5 a 7 minutos para acabar e propicia de 8 a 12 baforadas, um encontro onde há narguilé dura de 20 a 80 minutos e pode render entre 50 e 200 baforadas.

Outro problema do passatempo está na junção da fumaça do tabaco aromatizado, que já é prejudicial à saúde, com a do carvão utilizado para queimá-lo. A combinação põe o indivíduo em contato com mais nicotina, cromo e chumbo, que são metais pesados.

Os preços são convidativos. Um modelo simples sai por cerca de R$ 70,00. As pastas aromatizadas custam em média R$ 8,50.

Ao lado do narguilé, há outras formas de consumo de tabaco que parecem inofensivas, mas causam sérios prejuízos. O charuto, símbolo de sofisticação e uma das marcas registradas do estadista inglês Winston Churchill, pode conter tabaco equivalente ao de 200 cigarros.

A concentração, por si só, já é danosa, mas há um problema a mais no charuto. O fumo utilizado nele tem o PH mais alcalino por ser secado ao sol, e não em forno, como ocorre na produção de cigarros. Essa característica faz com que os componentes da fumaça sejam absorvidos mais facilmente pela mucosa da boca, afetando o organismo, mesmo que não se trague a fumaça.

Fonte: INCA(2009)
 
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24 de janeiro de 2010

Ações contra o tabagismo devem começar na infância

Apesar das diversas campanhas nacionais e do alerta incessante de todos os meios de comunicação e profissionais de saúde para os malefícios do hábito de fumar, o número de fumantes ainda persiste alto e uma nova geração começa a substituir a antiga.

O que acontece entre as mensagens claras e disponíveis a todos e o comportamento que não se extingue? Uma nova pesquisa americana sugere que as atitudes iniciais sobre o cigarro e o uso, em algum ponto da juventude, pode ajudar o tabagismo a se transformar em um vício para a vida toda. O cigarro pode, na verdade, modificar estruturas cerebrais e fazer com que as pessoas fiquem mais resistentes às mensagens anti-tabagistas. Ou seja, o hábito de fumar é fácil de começar e difícil de parar.

“É por isso que a prevenção na juventude é a melhor estratégia”, explica Joseph DiFranza, pesquisador da Universidade de Massachusetts. Seu estudo, publicado no periódico Addictive Behaviors, sugere que fumar apenas um cigarro pode já mudar a anatomia do cérebro. Essa mudança ocorre mesmo se a pessoa não fumar novamente ou caso a experiência tenha sido traumatizante. Ou seja, apenas uma tragada já pode viciar. Seu estudo acompanhou mais de 30 mil estudantes, o maior estudo com adolescentes já feito até hoje.

“Apenas alguns cigarros e a pessoa já está viciada”, diz DiFranza. Seu estudo acabou de vez com o mito de que apenas pessoas que fumam diariamente podem se tornar dependentes do cigarro. “Os adolescentes que não fuma todo dia não se consideram fumantes”, diz. “Mas eles já sofrem com os sintomas pela abstinência.”


Quanto mais jovem, mais positivas as ações contra o tabagismo

Judy Andrews, outra pesquisadora sobre o assunto e especialista em percepções infantis sobre abuso de drogas, afirma que crianças a partir dos 7 anos já possuem fortes opiniões negativas sobre cigarro e que a TV, a família e os colegas são os que fazem a maior diferença e contribuem com as informações para esse posiconamento.

“Esse tipo de atitude pode prever quem teria mais tendência a se tornar um fumante”, diz Andrews, cujo trabalho, feito com 700 crianças da ensino básico foi publicado no Psychology of Addictive Behavior.

Na pesquisa as crianças foram apresentadas a imagens de fumantes e tinham que classificá-las, segundo sua opinião. Após 7 anos, as crianças que haviam indicado algum nível de positividade nas imagens tinham de 30% a 40% mais chances de terem fumado um cigarro. “Quanto mais jovem, mais fácil convencer uma criança dos fatos ruins ligados ao cigarro, ao contrário de tentar convencer adolescentes, que pensam que sabem de tudo”, diz Andrews.

fonte: UOL
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