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23 de novembro de 2012

Enfermeiros poderão prescrever medicamentos antimicrobianos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota de esclarecimento sobre a competência dos profissionais de enfermagem para prescreverem medicamentos antimicrobianos.
A norma em vigor que dispõe sobre o controle de medicamentos antimicrobianos de uso sob prescrição é a RDC nº 20/201, que substituiu todas as normas anteriores que abrangiam o tema e revogou a RDC n° 44/2010. No capitulo II da atual norma, está previsto que a prescrição dos medicamentos abrangidos pela resolução deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados.
Desta forma, o entendimento da Anvisa é que, conforme a Lei Nº 7498/86, os profissionais enfermeiros devidamente habilitados poderão prescrever os medicamentos antimicrobianos quando estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. A prescrição, entretanto, não pode ser realizada no setor privado.
A Anvisa esclarece ainda que não tem competência legal para regulamentar questões acerca do exercício profissional de nenhuma categoria profissional. Tal função cabe aos conselhos de classe de cada categoria.
 
ABAIXO A ÍNTEGRA NA NOTA DE ESCLARECIMENTO DA ANVISA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Nota de Esclarecimento
A Anvisa esclarece que não tem competência legal para regulamentar questões acerca do
exercício profissional de nenhuma categoria profissional. Tal função cabe aos conselhos de
classe de cada categoria.
Quando da publicação da RDC 44/2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos
antimicrobianos sob prescrição, a Anvisa recebeu o Ofício COREN-RJ n° 641/2011 –
Presidência, de 15 de abril de 2011, requerendo “que esta douta autoridade se digne em
promover adequação dos termos da aludida ementa ao disposto na Lei do Exercício
Profissional da Enfermagem (lei 7.498/86), no que diz respeito à possibilidade de prescrição
pelo enfermeiro de medicamentos antimicrobianos, quando estabelecido em programas de
saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde do qual seja integrante…”
A Anvisa respondeu ao requerente por meio do Ofício n° 016/2011/CSGPC/NUVIG/ANVISA,
de 17 de maio de 2011, no qual esclarece:
“Informamos que foi publicada no Diário Oficial da União de 09 de maio de 2011 a
Resolução – RDC n° 20/2011, que dispõe sobre o controle de medicamentos
antimicrobianos de uso sob prescrição e substitui todas as normas anteriores que
abrangiam o tema, revogando a RDC n° 44/2010.”
….“Com relação ao seu pleito informo que sempre houve da parte desta Instituição a
devida consideração aos serviços prestados pelo profissional enfermeiro, o que houve
de fato, foi uma interpretação equivocada em relação à questão da prescrição e por
isso mesmo, tal distorção foi corrigida na nova resolução, como a seguir:
CAPÍTULO II
DA PRESCRIÇÃO
Art. 4º. A prescrição dos medicamentos abrangidos por esta Resolução
deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados
De toda forma, o entendimento da autoridade sanitária é que os profissionais
enfermeiros devidamente habilitados poderão prescrever os medicamentos de que trata esta
resolução quando estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela
instituição de saúde, conforme Lei Nº 7498/86, neste caso, a prescrição não poderá ser
atendida no setor privado.”

Fonte: Anvisa


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23 de julho de 2011

Acompanhamento pelo Cartão Saúde em 2012

Pacientes serão acompanhados pelo Cartão Nacional de Saúde a partir de 2012

A partir de 2012, os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) terão a base de seu histórico de atendimento acompanhado por qualquer unidade de saúde em território nacional. A medida pretende auxiliar na sequência do tratamento, restabelecimento da saúde e promoção da qualidade de vida do usuário.

Com a nova Portaria do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (21/7), o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) será obrigatório para que instituições de saúde realizem procedimentos ambulatoriais e hospitalares pelo SUS. Além disso, outro documento determina que os profissionais de saúde registrem os contatos do paciente para que a Ouvidoria do SUS possa, por exemplo, estabelecer um acompanhamento da satisfação do usuário.

“A identificação dos usuários das ações e serviços de saúde é extremamente importante. Só assim poderemos garantir uma atenção completa ao usuário. Isso permite a organização da rede, das ações e da disposição dos serviços de saúde”, afirma Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.

Com a Portaria, os profissionais de saúde deverão incluir na ficha de registro de procedimentos ambulatoriais e hospitalares o endereço eletrônico e o telefone dos pacientes.

Entre janeiro e março de 2012, todos os formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) ou de Procedimento Ambulatorial (APAC), além do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizada (BPA-I), conterão um campo próprio para o número do Cartão. O prazo foi estabelecido para dar tempo aos gestores organizem e estruturem suas redes de atendimento.

Segundo o Ministério, os estabelecimentos de saúde deverão solicitar o número do CNS no ato da admissão do paciente. Caso o usuário não disponha da informação, a unidade deve efetuar a consulta pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) na internet. Se não possuir o cadastro, as informações serão colocadas no ato pelo sistema do DATASUS.

DESDE O NASCIMENTO – Outra novidade, que veio por Portaria nesta sexta-feira (22/7), é a utilização dos registros inseridos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no cadastramento dos usuários do SUS. A ideia é fazer com que cada bebê que saia da maternidade - seja ela pública ou privada - possua seu registro eletrônico de saúde. Já os cadastros inseridos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), também deverão ser aproveitados para desativar o registro de saúde.

O SINASC é uma base de dados nacional que contém dados sobre nascidos vivos, como sexo, peso, local onde ocorreu o nascimento, nome dos pais, tipo de parto, entre outras informações.

O Departamento de Informática do SUS será o responsável por assegurar a conferência e validação dos dois sistemas com a Base Nacional de Dados dos Usuários no Sistema Cartão Nacional de Saúde.


Fonte: AgSaúde

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23 de janeiro de 2011

Dr. Google não sabe tudo! (e muitas vezes, nada!)


Na dúvida sobre saúde, remédios e tratamentos, o dr. Google é logo acionado pela maioria dos brasileiros. Mas muito cuidado! Veja onde acessar informações confiáveis sobre saúde na internet.
No país, mais de 80% da população usa a internet para buscar informações médicas. O problema é que apenas um quarto das pessoas se certifica de que a fonte das informações é confiável.
Médicos, Enfermeiros e profissionais da saúde recomendam que os pacientes se informem sobre seu estado de saúde, mas, de preferência, em bons sites. No entanto, alertam para evitar o autodiagnóstico e comparações com histórias de blogs pessoais.
Também dizem para desconfiar, claro, de páginas que oferecem tratamento ou induzem a usar um produto específico (como remédios de marcas específicas ou fórmulas emagrecedoras).

É importante ver quem mantém o site. Têm mais credibilidade os que pertencem a universidades, sociedades médicas e hospitais. 

Não desabono o Google como fonte de pesquisa para qualquer assunto, porém é bom lembrar que em qualquer pesquisa seja sobre qualquer assunto, convém verificar portanto a qualidade e a credibilidade da fonte da informação, porque, é comum circularem textos dando a autoria à quem nunca as escreveu ou disse qualquer palavra sobre o assunto. Na internet, qualquer pessoa pode inserir informações, e nem sempre isso é feito com responsabilidade.

Em reportagem da Folha (caderno equilíbrio e saúde), especialistas de diferentes áreas (ver mais abaixo) indicaram 20 sites de referência, com boas informações para leigos, em português. 

*
ASSOCIAÇÕES DE PACIENTES
Associação Brasil Parkinson
Na página inicial, dá para baixar o guia do cuidador do paciente com Parkinson. Na seção de fisioterapia, um teste indica quais exercícios podem ser feitos por quem tem a doença, de acordo com suas possibilidades. O site também informa sobre atividades como coral de pacientes.
Associação Nacional de Assistência ao Diabético
Informa sobre como armazenar, transportar e usar a insulina e tem um arquivo de receitas. A seção de histórias em quadrinhos traz todas as informações sobre a doença para o público infantil.
Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Chron
Diagramas benfeitos explicam sintomas das doenças, que atacam o sistema digestivo, e exames (como são feitos e o que o paciente sente). O site também tem um fórum de pacientes, com histórias e contatos de portadores das doenças.
Instituto Espaço de Vida
Tem dados de fácil entendimento sobre câncer, estudos e vídeos educativos. O site também informa sobre outras doenças, como anemia falciforme e acromegalia (excesso de produção de hormônio do crescimento).
Instituto Oncoguia
O portal para pacientes com câncer é completo, respondendo a dúvidas sobre tratamento e bem-estar (com informações sobre nutrição, terapias, sexualidade e próteses). O site tem até uma página que ajuda a escolher perucas, com endereços de lojas no Rio e em São Paulo.
Associação dos Celíacos
Voltada para os pacientes com intolerância a glúten, tem lista de alimentos permitidos e proibidos, lojas de produtos sem glúten em cada Estado, receitas e informações sobre como fazer exames gratuitos em São Paulo. 

*
INSTITUIÇÕES DE PESQUISA E REFERÊNCIAS
Manual Merck de Informação Médica
A versão on-line da reconhecida enciclopédia médica tem explicações sobre o funcionamento dos órgãos, com imagens didáticas, e sobre doenças, tudo dividido pelas partes do corpo. O site tem um "tradutor" de termos médicos, que pode ajudar na hora de ler bulas de remédios.
Biblioteca Virtual de Saúde
No site do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, é possível encontrar pesquisas brasileiras e internacionais. Depois de digitar o assunto, dá para filtrar os resultados por idioma, periódico e tipo de estudo.
Agência Fiocruz
No site de notícias da Fundação Oswaldo Cruz, há boletins sobre novas pesquisas da instituição e um glossário de doenças, além de páginas especiais sobre leishmaniose e hanseníase.
Drauzio Varella
A página do médico e colunista da Folha foi lançada recentemente. Tem textos didáticos sobre doenças dosmais diversos tipos. Há uma boa enciclopédia com termos de saúde (de AVC a vitiligo) e bem-estar, vídeos e podcasts, entrevistas com especialistas e testes (por exemplo, para avaliar o grau de dependência do cigarro). 

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OFICIAIS
Ministério da Saúde
As informações são gerais e resumidas. A seção "Saúde para Você" é dividida em saúde do homem, da criança, do idoso, da pessoa com deficiência e saúde mental. Na página dedicada à mulher, há dados sobre o parto, pré-natal, menopausa, câncer de mama e de útero e uma cartilha de cuidados de saúde para lésbicas e bissexuais.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Na seção "Cidadão", há uma lista de assuntos de interesse, como bulas de remédios. Na área "Relacionamento com a Sociedade", o site responde a dúvidas sobre alimentos, cosméticos e dá orientações para viajantes (que vacinas tomar, por exemplo).
Inca (Instituto Nacional do Câncer)
Na página inicial, há um link para dicas de prevenção do câncer de pele, com dados sobre autoexame e fatores de risco. A seção "Câncer", tem explicações sobre cada tumor e orientações para pacientes e familiares. Traz estatísticas sobre a incidência do câncer no país. 

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SOCIEDADES MÉDICAS E ASSUNTOS ESPECÍFICOS
Associação Brasileira de Psiquiatria
A seção "Informe-se" tem textos sobre TOC (Transtorno Obsessivo- Compulsivo), transtornos alimentares, depressão, deficit de atenção e dependência química. No link "Psiquiatria para uma vida melhor", dá para assistir a palestras em vídeo sobre doenças mentais.
Ginecologia
O site, criado em 1997 pelo ginecologista Sérgio dos Passos Ramos, traz matérias sobre doenças femininas, exames de rotina (quais são e como são feitos), problemas sexuais, o corpo da mulher, contracepção, menopausa e infertilidade.
Sociedade Brasileira de Diabetes
Completa, a página responde às dúvidas sobre a doença no link "Tudo sobre o Diabetes". O destaque é a página de nutrição, que ensina a decifrar os rótulos de alimentos e a contar carboidratos, medidas importantes para quem tem a doença e precisa controlar os níveis de açúcar
Sociedade Brasileira de Cardiologia
A biblioteca virtual tem informações sobre hipertensão, estresse, obesidade e tabagismo. Os dados são bemresumidos, mas esclarecem as principais dúvidas. O site tem boletins sobre alimentação saudável e testes. Um deles calcula quanto dinheiro a pessoa gasta com cigarros e o risco de doenças coronárias.
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
A seção de perguntas frequentes responde dúvidas sobre nutrição, transtornos alimentares, obesidade infantil, cirurgia de redução de estômago e remédios emagrecedores. Receitas light e orientações sobre como não se descontrolar na hora de fazer compras no supermercado são encontradas no endereço.
Sociedade Brasileira de Urologia
No link "Saúde Urológica", estão informações sobre impotência e orientações preventivas. A página de urologia de A a Z explica termos médicos relacionados à saúde do homem, como andropausa. No link "Vídeos urológicos", especialistas como o infectologista Davi Uip falam sobre doenças masculinas.
Cirurgia Plástica
O portal é completo e fácil de navegar, com orientações sobre como escolher um cirurgião, cuidados pré e pós-operatório e artigos, que incluem textos sobre como evitar cicatrizes, cirurgias masculinas e métodos de colocação de próteses de silicone nos seios, como por meio da axila.

Fontes: Antonio Carlos Lopes, clínico-geral da Unifesp; César Jardim, cardiologista do HCor; Max Mano, oncologista do Hospital Sírio-Libanês; Gilberto Saute, proctologista; Moises Chencinski, pediatra; Reginaldo Albuquerque, endocrinologista; Ricardo Meirelles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia; Renério Fráguas, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo;  Sérgio Ramos, ginecologista; Rogério Lima, ortopedista; Walter Montenegro, cirurgião plástico; Elesiário Caetano Jr, gastrocirurgião do hospital Edmundo Vasconcelos.


Fonte: FolhaOnline 
 
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14 de dezembro de 2010

Anvisa promove formulário de "Erro de medicação" para profissionais

A segurança dos pacientes passa pela preocupação de como os medicamentos são prescritos, dispensados, administrados e monitorados nos estabelecimentos de saúde. Quanto melhor preparado estiver um serviço de saúde visando à prevenção de erros, mais seguro estará o paciente. Uma das abordagens sobre esse tema é o desenvolvimento de programas de avaliação e prevenção de erros de mediação em todas as instituições de saúde.

Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento. Isso significa que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor.

O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área da Saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo-se prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos.

A possibilidade da prevenção é uma das diferenças marcantes entre as reações adversas e os erros de medicação. Os erros de medicação são por definição preveníveis.

As causas mais comuns dos erros são as comunicações insuficientes ou inexistentes; ambigüidade nos nomes dos produtos, semelhanças físicas entre produtos; semelhanças na forma de escrita dos nomes dos produtos; semelhanças entre a sonoridade dos nomes de produtos e procedimentos; formas de recomendações de uso, abreviações médicas ou formas de escrita; procedimentos e técnicas inadequadas ou incorretas; uso indevido pelo paciente pela pouca compreensão do seu uso adequado.

Geralmente, os erros de medicação são eventos complexos, envolvendo múltiplas etapas, procedimentos e pessoas.

Por isso, é necessária uma revisão de todas as etapas do ciclo do medicamento para a identificação da cadeia de falhas, quando da investigação de um erro. A seguir, estão alguns processos e análises que podem fazer parte de uma investigação:

Prescrição
Avaliação da necessidade e seleção do medicamento correto;
Inividualização do regime terapêutico;
Estabelecimento da resposta terapêutica desejada.

Dispensação
Revisão da prescrição;
Processamento da prescrição;
Mistura e preparo dos medicamentos;
Dispensação dos medicamentos de maneira adequada e oportuna.

Administração
Administração do medicamento correto para o paciente correto;
Administração do medicamento quando indicado;
Informação ao paciente sobre a medicação;
Inclusão do paciente no processo de administração.

Monitorização
Monitorização e documentação da resposta do paciente;
Identificação e notificação de eventos adversos aos medicamentos;
Reavaliação da seleção do medicamento, regime, freqüência e duração do tratamento.

Sistemas e gerenciamento do controle

Colaboração e comunicação entre os responsáveis pelos cuidados de saúde;
Revisão e gerenciamento do regime farmacoterapêutico do paciente.

Após esta etapa, é possível gerar hipóteses do porque ocorreu o erro e, considerando sua natureza prevenível, é possível fazer um plano corretivo ou preventivo. Trabalhar para que o mesmo evento não ocorra mais, é um dos maiores benefícios de se ter um sistema de registro e avaliação de erros nas instituições de saúde.

Assim, a Anvisa recomenda que os serviços de saúde possuam sistemas ou programas de avaliação e prevenção de Erros de Medicação em nível institucional. Esse programa tem como objetivo:

_Promover a busca e identificação dos erros humanos e institucionais e promover a prevenção dos acidentes nos cuidados à saúde;
_Estimular a incorporação de novos conhecimentos sobre origem das ameaças a segurança dos pacientes;
_Aumentar a conscientização e criar a comunicação e o diálogo para aprimorar a segurança dos pacientes e
_Desenvolver abordagens em informação, relacionamento colaborativo e educacional que promova a segurança do paciente.

Para alcançar esses objetivos, o programa institucional de avaliação e prevenção de Erros de Medicação deve:

_Identificar, relatar e analisar as causas de eventos adversos no cuidado a saúde;
_Aumentar a compreensão do impacto de mudanças nos sistemas de saúde, a partir dos erros;
_Desenvolvimento de métodos para evitar eventos adversos preveníveis;
_Avaliar a efetividade das técnicas projetadas para alterar comportamentos para prevenir erros e aumentar a segurança.

Os erros que acontecem em uma dada instituição de saúde podem estar ocorrendo simultaneamente em outras. O fato de identificar erros e notificá-los para a vigilância sanitária, mesmo que de forma anônima, pode contribuir para prevenir ou minimizar erros semelhantes em outros locais.

Assim, a área de Farmacovigilância da Anvisa disponibiliza o formulário de "Erro de medicação" a todos os profissionais da saúde e instituições que pretendam notificar erros de medicação. As notificações são sigilosas. A seguir está o link para notificação:


As notificações são avaliadas e, caso seja pertinente, serão emitidos alertas e informes com o objetivo de prevenir ou minimizar os erros de medicação.

Notificando erros de medicação poderemos ter serviços e produtos cada vez mais seguros para nossos pacientes.


fonte: Anvisa
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29 de novembro de 2010

ONU publica diretrizes de prevenção ao HIV a trabalhadores da saúde


Segundo o documento, estima-se que, por ano, mil profissionais de saúde se infectam com o HIV no local de trabalho. Leia a reportagem na íntegra.


A Unaids, a OIT e a OMS admitem que até nesta quinta-feira seus esforços não prestaram "suficiente atenção" às necessidades dos trabalhadores sanitários que lidam com aids e tuberculose.

A ONU publicou nesta quinta-feira (25) novas diretrizes internacionais para garantir que os trabalhadores de saúde em áreas com alta prevalência de aids e tuberculose tenham um acesso adequado às precauções e ao tratamento contra essas doenças. O relatório é assinado pelas agências responsáveis em impulsionar o combate à aids: Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Programa conjunto da ONU sobre o HIV/Aids (Unaids).

"Estima-se que, por ano, mil profissionais de saúde contraem HIV no local de trabalho e, muitos outros, tuberculose", detalha o documento. Os organismos calculam que 60 milhões de pessoas formam o pessoal sanitário no mundo - o que inclui médicos, enfermeiros e parteiras, farmacêuticos e técnicos de laboratório, além de limpadores e outros trabalhadores de apoio.

"Essas diretrizes pretendem garantir que os trabalhadores da saúde tenham acesso às precauções universais", assinala o diretor-executivo do setor de proteção social da OIT, Assane Diop. Entre essas precauções estão o tratamento preventivo para a tuberculose, a profilaxia posterior à exposição e ao tratamento, sistemas de indenização para o contágio no lugar de trabalho, e seguridade social efetiva.

A Unaids, a OIT e a OMS admitem que até nesta quinta-feira seus esforços não prestaram "suficiente atenção" às necessidades destes trabalhadores sanitários, o que tratam de reverter com essas novas diretrizes que oferecem direitos fundamentais aos profissionais.

"A OMS reconhece o risco a que se expõem os trabalhadores da saúde quanto ao contágio do HIV e à necessidade de métodos exaustivos de garantia de saúde e segurança no trabalho", afirma o subdiretor-geral da organização, Hiroki Nakatani.

O lugar que tem mais carência desses profissionais de saúde é a África, onde um médico pode ser responsável pela saúde de mais de 2 mil pessoas.

"Mellhorar a segurança e a saúde é uma maneira de oferecer maiores incentivos aos trabalhadores para que permaneçam em seus países", concluem os responsáveis pelas diretrizes.


Fonte: AgenciaAids
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28 de outubro de 2010

Antibióticos agora só são vendidos com retenção da receita médica


A partir de 28 de novembro, o consumidor só poderá receber antibióticos se apresentar duas vias de uma receita de controle; uma delas ficará retida no estabelecimento e a outra será devolvida ao paciente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica norma referente à venda de antiobióticos em farmácias e drogarias de todo o país.

A resolução da Anvisa estabelece critérios para embalagem, rotulagem, dispensação e controle de medicamentos de substâncias classificadas como antimicrobianas e, ainda, faz parte do plano de ação da agência para impedir o aumento de casos de infecção pelas chamadas superbactérias, como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Só no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde já diagnosticou 194 pessoas com a enzima.
Além da obrigatoriedade da retenção da receita, a portaria traz outras recomendações. Entre elas, a necessidade dos prescritores entregarem o documento em duas vias para os pacientes sem rasura, de forma legível e registrados no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A validade da receita passa a ser de apenas dez dias.

Haverá também mudança no rótulo: os medicamentos deverão incluir a seguinte frase na bula e na embalagem: "Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita". O prazo é de 180 dias para as empresas se adequarem à norma.

As medidas valem para mais de 90 substâncias, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos de uso exclusivo no ambiente hospitalar.

fonte: IG/Terra/Estadao
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20 de outubro de 2010

RCP. Agora a massagem cardíaca é a prioridade


A Associação Americana do Coração divulgou as novas diretrizes mundiais para o atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR).

Segundo documento divulgado na última segunda-feira pela American Heart Association (AHA), válido também no Brasil, a massagem cardíaca deve ser priorizada, especialmente quando quem estiver prestando socorro não tiver treinamento.

A orientação havia sido adiantada em novembro de 2009, na reunião da Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (Ilcor, na sigla em inglês) e só não é válida se a vítima for criança ou em casos de afogamentos e acidentes, quando é a falta de oxigenação que leva à parada cardíaca.

O grande foco está nas massagens cardíacas, que podem ser feitas pela própria população. A massagem cardíaca data de 1740, mas a maioria das pessoas não sabe como realizá-la. Se ela for aplicada corretamente e imediatamente a vítimas de parada cardíaca, pode salvá-las.
Por ano, 308 mil brasileiros sofrem paradas cardíacas.
São cem compressões por minuto, realizadas na altura mediana do osso externo do tórax, com profundidade exata de 5 cm, para adultos e crianças maiores de 1 ano.

arte: O Dia


Essa ação, segundo Sergio Timerman, cardiologista do InCor (Instituto do Coração), pode não só salvar a vida de uma pessoa com parada cardiorrespiratória como resultar em menor número de sequelas neurológicas.

As massagens são cruciais para o retorno da circulação espontânea do sangue, o que resulta em sobrevivência com qualidade de vida. Estudos internacionais mostram que a sobrevida das vítimas de PCR pode chegar a 75% se a massagem cardíaca for realizada de maneira adequada e precoce, seguida de choque com desfibrilador, no prazo de três minutos desde a parada cardiorrespiratória.



BOCA A BOCA

As novas diretrizes recomendam ainda que somente pessoas treinadas em suporte básico de vida agreguem a respiração "boca a boca" às massagens cardíacas.

"Ao se preocupar com a respiração boca a boca, a pessoa não treinada diminui o número e a qualidade das compressões, o que não é adequado, já que são essas as manobras principais até a chegada do socorro médico", diz Timerman.

As novas recomendações também visam melhorar a eficácia do tratamento hospitalar. Além do controle de parâmetros clínicos como pressão arterial, temperatura e glicemia e eletrólitos, está preconizada a realização do cateterismo, com angioplastia e implantação de stent, imediatamente após a para da cardiorrespiratória.

Estudos internacionais revelam que pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória submetidos a esses procedimentos apresentam até 30% menos sequelas neurológicas decorrentes da PCR.

Outra importante técnica recomendada é a hipotermia -técnica de diminuição controlada da temperatura do corpo, para recuperação de células e de tecidos danificados pela baixa oxigenação do sangue. Com ela, estudos apontam que os pacientes têm três vezes mais chances de sobreviver à PCR sem sequelas neurológicas.

fonte: EstadaoOnline/FolhaOnline/ODia
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3 de junho de 2010

Lançado livro 'Biossegurança em Saúde: Prioridades e estratégias de ação'



A Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), por meio do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (DECIIS) do Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS Brasil) lançaram o livro “Biossegurança em Saúde: Prioridades e Estratégias de Ação” como principal resultado da Oficina de Biossegurança em Saúde realizada nos dias 15 e 16 de junho de 2009 na sede da OPAS/OMS.

A publicação, inédita no âmbito da CBS, pretende apresentar ao leitor a sistematização e os avanços nas discussões que buscam formar o consenso de um conjunto de atores nacionais entorno da pactuação sobre os princípios, diretrizes e objetivos nacionais na área de biossegurança em saúde.

No Brasil, a biossegurança começou a ser institucionalizada a partir da década de 80 quando o Brasil tomou parte do Programa de Treinamento Internacional em Biossegurança ministrado pela OMS que teve como objetivo estabelecer pontos focais na América Latina para o desenvolvimento do tema.

Organizada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde (Dr. Zich Moysés Júnior e Dr. Pedro Binsfeld) e Unidade Técnica de Medicamentos, Tecnologia e Pesquisa da OPAS/OMS Brasil (Dr. Christophe Rerat e Dra. Priscila Andrade) a publicação traz os resumos executivos dos palestrantes, a compilação das apresentações e discussões ocorridas durante a oficina e os pontos prioritários para as ações da CBS no período de 2009/2010.

A realização da Oficina em 2009 contribuiu fundamentalmente para promover o debate sobre a necessidade de elaboração de uma Política Nacional de Biossegurança em Saúde, objeto em permanente discussão que conta com a participação das Secretarias de Vigilância à Saúde (SVS), da Atenção à Saúde (SAS), da Assessoria de Assuntos Internacionais (AISA) do Ministério da Saúde, além da Fiocruz, Funasa e ANVISA.

A íntegra do livro pode ser acessada aqui.

fonte: OPASBrasil
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28 de maio de 2010

Idosos realmente têm necessidade de menos horas de sono por dia?


O padrão normal do sono entre idosos ainda é uma questão polêmica e a principal razão é o fato de que algumas pesquisas incluem em suas análises idosos com problemas de saúde, enquanto outros estudos só analisam indivíduos saudáveis. Isso faz toda a diferença, pois a presença de uma doença crônica pode ser o suficiente para fazer com que o idoso tenha uma tendência a dormir mais.

Uma das poucas pesquisas realizadas até o momento para analisar o padrão de sono entre idosos sem qualquer tipo de doença foi feita em Brasília, pesquisa esta liderada pelo geriatra Einstein Camargos do Centro de Medicina do Idoso da Universidade de Brasília. O estudo demonstrou que entre idosos moradores de Brasília, sem qualquer problema de saúde ou uso de medicamentos, quase 90% deles tinham um sono de boa qualidade, qualidade medida por um instrumento de análise subjetiva do sono. Os resultados são diametralmente opostos aos encontrados nos estudos que incluem pessoas doentes.

A pesquisa de Brasília revelou que os idosos dormem uma média de 6.8 horas por noite, cerca de uma hora a menos de sono da população de adultos no Brasil. Quase 90% iam para a cama após as 22:00h, contrariando a crença de que os idosos dormem com as galinhas, e a maioria não tinha dificuldade em pegar no sono, dormiam em menos de meia hora. Cerca de metade dos idosos estudados levantava-se uma ou mais vezes durante a noite e ainda tirava cochilos durante o dia.

Os resultados são concordantes com estudos internacionais que nos demonstram cada vez mais que os idosos realmente precisam de um pouco menos de sono noturno para se sentirem dispostos durante o dia. A situação de um idoso que está dormindo demais deve sempre levantar a suspeita de que um problema de saúde pode ser a razão para esse comportamento. Além das doenças, devemos sempre estar atentos ao fato de que idosos pouco estimulados com atividade física, lazer e convívio social, estes costumam ter mais problemas de sono. Quando se pensa em insônia crônica, deve-se lembrar que esse é um problema que está associado a um maior risco de diabetes, obesidade e doenças vasculares, como o infarto do coração e o derrame cerebral.

Dr. Ricardo Teixeira

fonte: ICBNeuro
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14 de abril de 2010

Novo Código de Ética Médica entra em vigor


A partir de 13 de abril de 2010, entra em vigor o sexto Código de Ética Médica reconhecido no Brasil. Revisado após mais 20 anos de vigência do código anterior, ele traz novidades como a previsão de cuidados paliativos, o reforço à autonomia do paciente e regras para reprodução assistida e a manipulação genética. Também prevê a ampliação de seu alcance aos médicos em cargos de gestão, pesquisa e ensino.

Outros temas que tiveram suas diretrizes revistas, atualizadas e ampliadas se referem à publicidade médica, ao conflito de interesses, à segunda opinião, à responsabilidade médica, ao uso do placebo e à interação dos profissionais com planos de financiamento, cartões de descontos ou consórcios.

Alguns destaques do Código de Ética Médica:

- Autonomia: o médico deverá aceitar as escolhas de seus pacientes, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas. No processo de tomada de decisões profissionais, “o médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos”.

- Cuidados paliativos: o novo Código reforça o caráter anti-ético da distanásia, entendida como o prolongamento artificial do processo de morte, com sofrimento do doente, sem perspectiva de cura ou melhora. Entretanto, os chamados cuidados paliativos são aceitos nas situações clínicas irreversíveis e terminais, em que o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.

- Terapia genética: a terapia gênica está prevista como forma de tratar doenças.

- Sexagem: é proibida a criação de embriões com finalidades de escolha de sexo ou eugenia.

- Publicidade médica: em anúncios profissionais, é obrigatório incluir o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. Os anúncios de estabelecimentos de saúde também devem revelar o nome e o número de registro do diretor técnico.

- Transparência em publicações científicas: quando docente ou autor de publicações científicas, o médico deve declarar relações com a indústria de medicamentos, órteses, próteses, equipamentos etc. e outras que possam configurar conflitos de interesses, ainda que em potencial.

- Restrições ao atendimento a pacientes: os conceitos das Resoluções nºs CFM 1.836/2008 e 1.939/2010 foram incorporados, sendo vedado ao médico atender pacientes encaminhados por empresas que anunciem ou comercializem planos de financiamento ou consórcios para procedimentos médicos. Também fica vedada a participação do médico em promoções relacionadas com o fornecimento de cupons e cartões de descontos.

- Responsabilidade civil: a introdução do conceito de responsabilidade subjetiva do médico preconiza que esta não se presume, tem que ser provada para que ele possa ser penalizado – por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência. É o reconhecimento de que, na área médica, não se pode garantir cura ou resultados específicos para ninguém.

- Segunda opinião: o paciente tem direito a uma segunda opinião e a ser encaminhado a outro médico. Ao mesmo tempo, o médico não pode desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente determinados por outro médico. A exceção é quanto houver situação de indiscutível benefício para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável.

- Uso de placebo: é proibido usar placebo em pesquisa, quando há tratamento eficaz.

- Abrangência: O Código passa a valer não apenas para médicos com contato direto com o paciente, mas também para aqueles em posição de gestão, pesquisa e ensino.

- Falta em plantão: cláusula responsabiliza o estabelecimento de saúde, que pode ser advertido, notificado e, na reincidência, até descredenciado.

- Receitas com letra ilegível: é proibido ao médico receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição ou assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.

- Receita à distância: é vedado ao médico prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.

fonte: EspaçoVital

 


ÍNTEGRA DO NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA



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3 de abril de 2010

Um em cada três brasileiros têm uma doença crônica


Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 59,5 milhões de pessoas (31,3% da população no Brasil) têm alguma doença crônica – problemas que geralmente se desenvolvem de forma lenta e duram por muito tempo, como hipertensão, asma e diabetes. Quase 6% das pessoas declaram ter três ou mais desses problemas.

Os dados fazem parte de um suplemento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e se referem a 2008. O problema é mais grave na região Sul, onde 35,8% das pessoas entrevistadas disseram ter esse tipo de doença. A lista segue com Sudeste (34,2%), Centro-Oste (30,8%), Nordeste (26,8%) e Norte (24,6%). De acordo com a pesquisa, o problema atinge 35,2% das mulheres e 27,2% dos homens.

Os principais problemas encontrados na pesquisa do IBGE foram: hipertensão (14%), problema de coluna ou costas (13,5%), artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5%), depressão (4,1%), doença de coração (4,0%) e diabetes (3,6%). Para essa última doença, é importante ressaltar que o índice sobe para 8,1% entre as pessoas 35 anos ou mais.

As doenças crônicas são um problema grave para a saúde pública. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que males como doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes e problemas respiratórios são a maior causa de mortes no mundo, fazendo com que aproximatamente 35 milhões de pessoas percam a vida todos os anos – os números se referem a 2008. Cerca de 60% das mortes que acontecem em países pobres estão relacionadas essas doenças. O índice sobe para 80% em nações em desenvolvimento.

E, de acordo com a OMS, grande parte dessas mortes poderia ser evitada se a população eliminasse fatores de risco como o fumo, consumo de álcool, sedentarismo e dietas pouco saudáveis.

No quesito fumo, o índice ainda é alto entre os brasileiros. Na população com 15 anos ou mais de idade, 15,1% são fumantes diários e 2,1% fumam ocasionalmente. A região Sul tem o maior percentual de fumantes correntes (soma dos diários com os ocasionais): 19,3%. A incidência do tabagismo entre os homens é maior (21,5%), na comparação com as mulheres (13,2%).

Para o IBGE, não houve variação expressiva nesses índices no Brasil. Em 1998, 31,6% das pessoas relataram ter um problema como esse. A taxa variou para 29,9% (52,6 milhões de pessoas) em 2003. O estudo indica que a existência das doenças crônicas também tem relação com a renda de cada parcela da população.

– Quanto maior o rendimento, maior foi o percentual de pessoas que afirmaram ter ao menos uma doença. Entre aqueles com rendimento de até um quarto do salário mínimo, 20,8% tinham ao menos uma doença. E entre aqueles com rendimento acima de cinco salários mínimos, o percentual alcançava 38,5%.

As doenças crônicas voltaram a chamar a atenção recentemente porque os portadores desse tipo de problema estão incluídos nos grupos prioritários que precisam se vacinar contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína. Essa parcela da população precisa ir a um posto de vacinação para receber a dose. De acordo com o Ministério da Saúde, ter uma doença crônica aumenta o risco de contrair formas mais graves da doença, o que eleva inclusive a chance de morte.

fonte: R7
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23 de março de 2010

O corpo humano segundo o Dr. Frankenstein

Um novo atlas do corpo humano tenta conquistar o público infantojuvenil usando ilustrações didáticas detalhadas, mas num roteiro de ficção.

"O Incrível Livro do Corpo Humano Segundo o Dr. Frankenstein", que sai agora em português, é uma introdução à anatomia que não se limita, porém, à curiosidade.

Richard Walker, o autor, usa imagens de impacto para explicar desde organelas celulares como as mitocôndrias --que "enviam energia para as reações químicas das células"- até o funcionamento de uma tomografia --em que "um raio X giratório passa pelo corpo de uma pessoa deitada".

A versão americana, de 2008, ganhou destaque nos EUA após receber elogios no site da revista "Wired" e nas publicações "Publishers Weekly" e "School Library Journal", especializada em livros voltados para estudantes.

O roteiro ficcional adotado pelo livro é uma viagem de 30 dias pelo corpo humano guiada pelo Dr. Frankenstein.
Página do livro de Richard Walker (Reprodução)
Seu objetivo é criar um novo corpo do zero, então o leitor acompanha a preparação das células, como elas se juntam para formar os tecidos, os órgãos, o organismo inteiro. O livro mostra o grau de complexidade que mesmo as células mais simples possuem e como elas conseguem, juntando-se, formar um ser vivo sofisticado.
Todas as páginas do livro, que sai pela Publifolha, têm ilustrações coloridas. É possível ver desde um neurônio até o esmalte dos dentes. O livro mostra também raios-X de várias partes do corpo, ressonâncias do cérebro e imagens de músculos e até do esôfago.

LIVRO - "O Incrível Livro do Corpo Humano Segundo o Dr. Frankenstein: A Verdade Monstruosa sobre o Funcionamento do nosso Organismo", de Richard Walker Publifolha, 93 págs., R$ 55,00

fonte: FolhaOnline
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18 de março de 2010

Guia prático do cuidador de idosos


Idosos de mais, cuidadores de menos. Cuidar em casa ou buscar ajuda profissional? Para quem está disposto a encarar a tarefa, o Ministério da Saúde preparou o Guia do Cuidador de Idosos, um documento que pode ajudar quem está na condição de cuidador e necessita de orientação.

Segundo o Ministério da Saúde, existem hoje aproximadamente 3,8 milhões de idosos com algum grau de dependência no país.
Além do guia, o Ministério mantém uma área exclusiva, com dicas mais imediatas.

Entre as tarefas que fazem parte da rotina do cuidador, a página do Ministério cita:
• Atuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde.
• Escutar, estar atento e ser solidário com a pessoa cuidada.
• Ajudar nos cuidados de higiene.
• Estimular e ajudar na alimentação.
• Ajudar na locomoção e atividades físicas, tais como: andar, tomar sol e exercícios físicos.
• Estimular atividades de lazer e ocupacionais.
• Realizar mudanças de posição na cama e na cadeira, e massagens de conforto.
• Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de saúde.
• Comunicar à equipe de saúde sobre mudanças no estado de saúde da pessoa cuidada.
• Outras situações que se fizerem necessárias para a melhoria da qualidade de vida e recuperação da saúde dessa pessoa.

Outras dicas, você confere na página do Ministério da saúde. Clique aqui para acessar as informações.

Clique aqui para ler Cartilha.

fonte: BlogMaisde50
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6 de fevereiro de 2010

Ciclo de estudos: Doença de Parkinson

 
O QUE É A DOENÇA.

A doença de Parkinson é uma afecção do sistema nervoso central que acomete principalmente o sistema motor. É uma das condições neurológicas mais freqüentes e sua causa permanece desconhecida. As estatísticas disponíveis revelam que a prevalência da doença de Parkinson na população é de 150 a 200 casos por 100.000 habitantes e a cada ano surgem 20 novos casos por 100.000 habitantes. Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, acinesia e alterações posturais. Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, tais como: comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo.

A doença de Parkinson é uma condição crônica. A evolução dos sintomas é usualmente lenta mas é variável em cada caso. A doença de Parkinson é a forma mais freqüente de parkinsonismo. O termo parkinsonismo refere-se a um grupo de doenças que podem ter várias causas e que apresentam em comum os sintomas descritos acima em combinações variáveis, associados ou não a outras manifestações neurológicas. A doença de Parkinson é também chamada de parkinsonismo primário porque é uma doença para a qual nenhuma causa conhecida foi identificada. Por outro lado, diz-se que um parkinsonismo é secundário naqueles casos em que uma causa pode ser identificada. Cerca de 75% de todas as formas de parkinsonismo correspondem à forma primária.


SINTOMAS INICIAIS
Os primeiros sintomas da doença de Parkinson têm início de modo quase imperceptível o que faz com que o próprio paciente não consiga identificar o início preciso das primeiras manifestações. Muitas vezes, amigos ou familiares são os primeiros a notar as primeiras mudanças. O primeiro sinal pode ser um ou mais dos seguintes:
- sensação de cansaço ou mal-estar no fim do dia;
- caligrafia menos legível ou com tamanho diminuído;
- fala monótona e menos articulada;
- depressão ou isolamento sem motivo aparente;
- lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade;
- dores musculares, principalmente na região lombar;
- um dos braços ou uma perna movimenta-se menos do que a do outro lado;
- a expressão facial perde a espontaneidade;
- diminuição da freqüência dos pisos movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em uma mesma posição

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: SINTOMAS MOTORES

TREMOR
É o sintoma mais freqüente e o que mais chama a atenção embora não seja o mais incapacitante. Para a maioria dos pacientes, o tremor é o principal motivo que os leva a procurar, pela primeira vez, ajuda médica. O tremor apresenta-se de forma característica: é rítmico, relativamente lento quando comparado com outros tipos de tremor (4 a 7 ciclos por segundo) e ocorre principalmente quando o membro está em repouso. Quando o paciente movimenta um membro, o tremor ali presente cessa de imediato para retornar logo após o fim do movimento. No início da doença, o tremor ocorre em um lado e assim permanece por períodos variáveis de tempo. Após algum tempo, o outro lado também é acometido podendo aparecer na cabeça, mandíbula, lábio, queixo e nos membros inferiores. Situações de estresse emocional ou a sensação de ser observado aumentam visivelmente a intensidade do tremor. Por outro lado, durante estado de relaxamento ou durante o sono, o tremor desaparece por completo.

RIGIDEZ
A rigidez muscular decorre do aumento da resistência que os músculos oferecem quando um segmento do corpo é deslocado passivamente. Em outras palavras: para cada grupo de músculos existem outros que possuem atividade oposta, chamados músculos antagonistas. Dessa forma, quando um músculo é ativado para realizar determinado movimento, em condições normais seu antagonista é inibido para facilitar esse movimento. Na doença de Parkinson, essa inibição não é feita de modo eficaz pois alguns comandos originados do cérebro chegam aos músculos de modo alterado. Como conseqüência, os músculos tornam-se mais tensos e contraídos e o paciente sente-se rígido e com pouca mobilidade. Quando determinado membro é deslocado passivamente pelo examinador, pode-se sentir, superpostos à rigidez, curtos períodos de liberação rítmicos e intermitentes, fenômeno que recebe o nome de sinal da roda denteada.

ACINESIA E BRADICINESIA
O termo acinesia refere-se à redução da quantidade de movimento enquanto que bradicinesia significa lentidão na execução do movimento. O paciente apresenta redução da movimentação espontânea em todas as esferas. A mímica facial torna-se menos expressiva, transmitindo com menor intensidade sentimentos e emoções que, por sua vez, mantém-se preservados. A caligrafia torna-se menos legível e de tamanho reduzido, fenômeno conhecido por micrografia. As atividades diárias, antes realizadas com rapidez e desembaraço, são agora realizadas com vagar e à custa de muito esforço. O paciente anda com passos mais lentos e pode apresentar alguma dificuldade para equilibrar-se. A postura geral do paciente modifica-se: existe predominância dos músculos flexores de modo que a cabeça permanece fletida sobre o tronco, este sobre o abdômen e os membros superiores são mantidos ligeiramente à frente com os antebraços fletidos na altura do cotovelo.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: SINTOMAS NÃO MOTORES
Além dos sintomas motores, muitas outras manifestações podem ocorrer e podem ser tratadas com medicação apropriada. A intensidade desses sintomas é variável em cada caso e podem ou não aparecer em determinado paciente. Entretanto, em alguns casos, constituem motivo de grande desconforto e não devem ser deixados de lado pois sua resolução muitas vezes é possível com medidas médicas adequadas. Alguns desses sintomas serão descritos a seguir.

DEPRESSÃO
Sintomas depressivos ocorrem em 40-50% dos pacientes parkinsonianos. Embora considerada como reativa a uma condição que limita a atividade normal, pacientes com doença de Parkinson costumam ter depressão mais freqüentemente se comparados a pacientes portadores de outras doenças ainda mais incapacitantes. Além disso, em número considerável de casos, a depressão inicia-se antes mesmo do aparecimento dos sintomas clássicos, em um momento em que não há qualquer evidência de incapacidade.
Em alguns pacientes, a depressão pode se acompanhar de ansiedade e, mais raramente, de episódios de agitação. A intensidade dos sintomas depressivos pode variar desde quadros leves até aqueles mais graves em que a depressão torna-se o sintoma mais importante e um dos fatores determinantes de incapacidade. Nesses casos, o tratamento específico com medicamentos antidepressivos é fundamental para o controle dos sintomas.
Alterações emocionais também são comuns. Pacientes podem sentir-se inseguros e temerosos quando submetidos a alguma situação nova. Podem evitar sair ou viajar e muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais. Alguns perdem a motivação e tornam-se excessivamente dependentes dos familiares.

DISTÚRBIOS DO SONO
Constituem um dos problemas mais comuns. Compreendem uma ampla gama de sintomas que incluem: dificuldade em conciliar o sono, freqüentes despertares durante a noite, sonhos "reais" (em que o paciente tem dificuldade em distinguir o sonho da realidade) e pesadelos. Uma das observações mais comuns é a inversão do ciclo vigília-sono em que o paciente "troca o dia pela noite". Esse fenômeno ocorre lentamente como resultado de uma combinação de fatores (que incluem freqüentes cochilos durante o dia e dificuldade progressiva para dormir à noite) que se auto-perpetuam e culminam em importante inversão do ciclo. Outras vezes, ocorrem movimentos bruscos (pequenos pulos ou movimentos rápidos com os membros) chamados mioclonias que podem ser normais quando ocorrem raramente. Na doença de Parkinson, essa mioclonias podem ser mais freqüentes e intensas e acordar o cônjuge e mesmo o próprio paciente.
O tratamento dos vários distúrbios do sono vai depender de uma série de fatores como idade, tipo específico de sintoma e o quadro clínico do paciente. Medicamentos indutores do sono ou antidepressivos (lembre-se de que a depressão é uma das causas de insônia) podem ser usados. A levodopa, ao mesmo tempo em que pode melhorar a qualidade do sono, por proporcionar maior mobilidade, pode ser um dos fatores na produção de mioclonias e sonhos "reais".

DISTÚRBIOS COGNITIVOS
A maior parte dos pacientes com doença de Parkinson não apresenta declínio intelectual. Isso significa que a capacidade de raciocínio, percepção e julgamento encontram-se intactas. Entretanto, alguns pacientes relatam dificuldades com a memória (geralmente na forma de "brancos" momentâneos), cálculos e em atividades que requerem orientação espacial. Tais alterações podem ocorrer em qualquer estágio da doença mas tendem a ser mais intensas nas fases mais adiantadas e nos pacientes mais idosos. Por outro lado, demência franca pode ocorrer em cerca de 20% dos pacientes mas, quando ocorre no início da doença, deve-se levar em conta a possibilidade de outros diagnósticos que não a doença de Parkinson.
Muitas vezes, a própria medicação antiparkinsoniana pode contribuir para a produção de alterações mentais. Por exemplo, os anticolinérgicos (grupo de drogas ainda largamente usado principalmente contra o tremor) podem resultar em distúrbios de memória e, em casos mais graves, confusão mental e alucinações. Esses sintomas ocorrem mais freqüentemente em pacientes mais idosos que, em geral, não devem fazer uso desse tipo de medicação. A própria levodopa, bem como os agonistas da dopamina e a amantadina também podem, em alguns casos, desencadear reações semelhantes. Felizmente, todos esses sintomas desaparecem quando o medicamente é suspenso ou as doses são reduzidas.

DISTÚRBIOS DA FALA
A doença de Parkinson, em virtude da localização predominantemente subcortical do processo degenerativo, não produz alterações da linguagem no que diz respeito aos mecanismos de expressão e compreensão da palavra falada e/ou escrita. Dessa forma, as afasias não fazem parte do rol de sintomas que podem acometer o parkinsoniano. Além disso, alguns pacientes podem não apresentar qualquer alteração da fala, seja em relação ao volume de emissão da voz ou à entonação e melodia do fraseado.
Em outros, entretanto, a fala pode estar afetada de modo característico. Tais alterações podem ocorrer no início da doença mas raramente constituem o primeiro sintoma. A primeira manifestação é percebida geralmente por amigos ou familiares que referem dificuldade na compreensão da palavra falada, principalmente ao telefone. A voz torna-se mais fraca, o volume de voz diminui e pode haver certa rouquidão.
Dificuldade na articulação constitui sintoma freqüente em todas as fases da doença, mas pode ser bastante incapacitante nas fases mais avançadas, ou naqueles pacientes nos quais a voz é mais exigida como professores e atores, por exemplo.
Outra característica marcante é o que se denomina fala monótona: as frases são emitidas de modo constante, pausado, com a perda da entonação e cadência naturais que conferem à fala sua musicalidade e capacidade de expressão emocional.
Alguns pacientes tendem a acelerar o ritmo da fala de modo a encurtar o tempo de emissão de uma frase, embaralhando as palavras e dificultando sua compreensão. A essa alteração do ritmo pode-se associar a palilalia, que consiste na repetição de uma sílaba ou palavra uma ou várias vezes, no meio ou no fim de uma frase. Outros pacientes, por sua vez, apresentam significativa redução da velocidade da fala.
Embora a medicação antiparkinsoniana possa reverter algumas dessas dificuldades, a terapia de voz resulta em evidente benefício e deve ser estimulada.

SIALORRÉIA
Ao contrário do que antes se imaginava, o acúmulo de saliva na boca não decorre de aumento de produção de saliva (embora em alguns pacientes isso possa ocorrer) mas de maior dificuldade em degluti-la. Em condições normais, engole-se saliva automaticamente à medida que vai sendo produzida. Na doença de Parkinson, esse comportamento motor automático (assim como vários outros) deixa de ser realizado, o que leva a acúmulo de saliva, que pode escorrer pelo canto da boca. Medicações anticolinérgicas (que inibem a acetilcolina) costumam ser benéficas nesses casos.

DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS
Dificuldade para respirar ou falta de ar após pequenos esforços podem ser sinais de comprometimento cardíaco ou pulmonar. Entretanto, esses mesmos sintomas podem ocorrer como resultado de rigidez e/ou acinesia dos músculos da parede torácica que dificultam a expansão dos pulmões. Nesses casos, um ajuste da medicação antiparkinsoniana deve melhorar o problema.
Por outro lado, a própria levodopa pode causar movimentos anormais nos músculos respiratórios e causar desconforto semelhante, geralmente acompanhado de ruídos respiratórios. Esses sintomas são controlados com pequenas reduções nas doses de levodopa.

DIFICULDADES URINÁRIAS
Podem ocorrer disfunções urinárias como resultado da própria doença ou pela ação de alguns medicamentos. A parede da bexiga pode tornar-se rígida e sua contrações são mais lentas. Medicamentos anticolinérgicos podem precipitar dificuldades urinárias ou agravar disfunções preexistentes.
Podem aparecer de várias formas: urgência urinária (necessidade imperiosa de urinar, muitas vezes sem tempo de chegar ao banheiro), freqüência aumentada de micções, esvaziamento incompleto da bexiga ou dificuldade em iniciar a micção. Patologias locais próprias de idade mais avançada, tais como, aumento da próstata no sexo masculino e flacidez dos músculos pélvicos no sexo feminino, podem contribuir para agravar esses sintomas.

TONTURA E QUEDA DE PRESSÃO ARTERIAL
Sensação de cabeça vazia ou de tonturas vagas, geralmente associada a escurecimento visual quando o paciente se levanta podem ser sinais de queda de pressão arterial dependente da postura (a que se dá o nome de hipotensão ortostática ou hipotensão postural). Existem várias causas para o seu aparecimento e as principais são:
- efeito de medicamentos (levodopa, agonistas da dopamina, alguns antidepressivos, tranqüilizantes, antihipertensivos, diuréticos
- desidratação (principalmente em pacientes mais idosos), diabetes e estados de desnutrição
- doença cardíaca associada
- ação da própria doença de Parkinson
O tratamento da hipotensão postural vai depender da(s) causa(s) específica(s) que for(em) diagnosticada(s). Se houver suspeita de que algum determinado medicamento possa ser a causa, sua dose deve ser reduzida ou o medicamento suspenso. A suplementação de sal na dieta e o uso de medicamentos específicos para evitar quedas importantes da pressão costumam dar bons resultados.

DORES E OUTRAS SENSAÇÕES ANORMAIS
A doença de Parkinson é uma afecção essencialmente motora. Entretanto, é comum o aparecimento de dores musculares em várias regiões do corpo. As áreas mais afetadas são os ombros, braços, membros inferiores e região lombar. Muitas vezes o sintoma que mais incomoda é uma sensação de fadiga muscular que piora em determinadas posições. A explicação mais comum leva em conta a ação do tremor e da rigidez que resultam em aumento da atividade muscular. Por outro lado, essas sensações dolorosas podem ocorrer mesmo quando os sintomas motores são mínimos - o que sugere a existência de outros mecanismos envolvidos. Em alguns casos, sensações dolorosas podem se manifestar meses antes do aparecimento dos primeiros sintomas.
Uma das formas mais conhecidas de sintomas dolorosos na doença de Parkinson são as câimbras. Câimbras nos pés ocorrem geralmente pela manhã (câimbras matinais) ou durante a noite - o que pode acordar o paciente. Câimbras nos pés podem também aparecer durante o caminhar e dificultar a marcha pois os músculos da panturrilha e dos pés entram em espasmo e curvam o pé em arco, com os artelhos em garra. Em alguns pacientes, câimbras nos pés durante o caminhar podem constituir os primeiros sintomas da doença. Mais raro é o aparecimento de câimbras em uma ou ambas as mãos, principalmente durante a realização de movimentos finos.
Alguns pacientes relatam dores musculares na região do ombro e do pescoço, ou mesmo dores de cabeça, relacionadas à rigidez da musculatura cervical. Mais comum é a queixa de dor lombar em pacientes que apresentam alterações posturais com flexão do tronco para a frente. São dores geralmente relacionadas à posição, uma vez que melhoram quando o paciente procura assumir postura mais ereta e tendem a piorar enquanto sentado.
Além das dores musculares, outras sensações desagradáveis podem ocorrer. Sensações de frio em uma ou mais extremidades podem ser muito incômodas. Acometem geralmente os pés ou as mãos mas podem ser internas - geralmente associadas ao trato gastrintestinal. Mais comum é a sensação de calor ou queimação em uma ou mais extremidades ou mesmo referidas como sendo no esôfago ou estômago. As sensações térmicas anormais são variáveis em um mesmo paciente e podem desaparecer por longos períodos de tempo. Geralmente são mais intensas nos períodos em que os sintomas motores também estão piores.
Os mecanismos envolvidos na produção de dor e sensações térmicas anormais em pacientes parkinsonianos não são totalmente conhecidos. De modo geral não há necessidade de medicação analgésica. Quando relacionadas a flutuações motoras, podem responder ao ajuste da medicação antiparkinsoniana. Dores musculares relacionadas a alterações da postura melhoram com fisioterapia e reeducação postural. Câimbras matinais nos pés podem ser controladas com o uso de levodopa de liberação lenta ou com injeções locais de toxina botulínica.


TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Embora, até o presente, não exista cura para a doença de Parkinson, estão disponíveis alguns medicamentos capazes de melhorar significativamente a maioria dos sintomas. A escolha do medicamento vai depender das condições de cada paciente: idade, sintomas predominantes e estágio da doença são alguns dos fatores que o médico deve levar em conta na hora de planejar o tratamento. Os principais medicamentos são os seguintes:

LEVODOPA
A levodopa é a droga mais eficaz para o alívio dos sintomas parkinsonianos, mas nem sempre ela deve ser administrada no início da doença. Nessa fase, a maioria dos especialistas prefere iniciar o tratamento com medicamentos menos potentes e reservar a levodopa para as fases mais avançadas. A levodopa é um aminoácido cujo nome químico é 3,4- dihidroxi-fenilalanina. É uma substância precursora da dopamina, pois quando sofre a ação da enzima dopa-descarboxilase dá origem à dopamina. Portanto, a administração de levodopa aumenta os níveis de dopamina no cérebro.
A levodopa é rapidamente absorvida na porção proximal do intestino delgado. Alguns fatores como a redução da motilidade do estômago e a ingestão de alimentos ricos em proteínas, próxima do horário da tomada da medicação, podem retardar ou mesmo reduzir a absorção da levodopa. Parte da levodopa é metabolizada em dopamina antes de conseguir atingir o cérebro. A enzima responsável por essa transformação é a dopa-descarboxilase. Por esse motivo, a levodopa é sempre administrada em conjunto com uma substância que inibe a dopa-descarboxilase. Os medicamentos à base de levodopa disponíveis no mercado já vêm associados a um inibidor da dopa-descarboxilase. Existem dois inibidores utilizados clinicamente: carbidopa e benserazida.
Em geral, após 20 a 30 minutos da tomada da medicação, o efeito antiparkinsoniano começa a aparecer. Alguns fatores, como a dieta, podem retardar o início do efeito terapêutico. A duração do efeito de cada dose também é variável e depende, entre outros fatores, do estágio da doença. Nas fases iniciais, quando ainda existem células cerebrais capazes de funcionar como "depósitos", e armazenar a dopamina produzida pela levodopa, cada dose pode ser eficaz durante mais de 6 horas de modo que duas a três tomadas por dia podem ser suficientes para o controle dos sintomas.
Nos primeiros 4-5 anos de tratamento com levodopa, os sintomas podem ser bem controlados com relativa facilidade. Após esse período, muitos pacientes começam a experimentar complicações do tratamento. À medida que a doença progride, e mais células cerebrais degeneram, o cérebro perde a capacidade de armazenamento de dopamina e a duração do efeito torna-se progressivamente menor. Observa-se então o fenômeno de "deterioração do fim da dose", em que os sintomas voltam a aparecer antes da próxima tomada da medicação. Quando isso ocorre, o médico geralmente reduz o intervalo entre as doses de modo a adequar o paciente a essa nova situação. O tempo de benefício vai sendo encurtado progressivamente ao longo do tempo, ocasião em que outras drogas devem ser utilizadas para potencializar a ação da levodopa.
Outra complicação da levodopaterapia é representada pelo aparecimento de discinesias, que são movimentos involuntários anormais de natureza contínua, em forma de dança, que podem acometer os membros, tronco ou face e lembram os movimentos da coréia.
Distúrbios psiquiátricos na forma de alucinações podem ocorrer, principalmente quando doses mais altas são utilizadas. As alucinações são quase sempre visuais, como por exemplo a percepção visual de pessoas estranhas, ou de pessoas já falecidas dentro de casa. São também comuns os delírios, que são idéias ou crenças falsas e sem qualquer embasamento lógico que são interpretadas como verdadeiras.
Náuseas e vômitos podem ocorrer no início do tratamento. Podem ser evitados com o uso de doses pequenas no início e com aumento gradual. Outras vezes, o uso de um antiemético pode ser necessário.

AGONISTAS DA DOPAMINA
São substâncias que têm ação semelhante à dopamina. Diferem da levodopa por não necessitarem de transformação enzimática para serem ativas. São medicações bastante úteis tanto nas fases iniciais em monoterapia (tratamento com um só medicamento), como também nas fases mais avançadas em associação com a levodopa. O efeito farmacológico dos agonistas tem como base sua ação nos chamados receptores da dopamina. Esses receptores, localizados nas células do estriado, são diretamente influenciados pela dopamina que normalmente é produzida na substância negra. Quando ativados por um agonista, esses receptores respondem de maneira semelhante de modo que a função motora pode ser restabelecida a partir desse modo alternativo de estimulação. Uma das grandes vantagens dos agonistas é o maior tempo de duração do efeito de cada dose. Sua utilização nas fases iniciais pode protejer o cérebro contra algumas complicações tardias do tratamento com levodopa ou retardar seu aparecimento.
Os principais agonista utlilizados são o pramipexol, ropinirol, apomorfina e rotigotina. A única substância disponível atualmente no Brasil é o pramipexol.

INIBIDORES DA MAO-B
A enzima monoamino-oxidase-B (MAO-B) ocorre principalmente no cérebro e age na transformação da dopamina em seu metabólito, o ácido homovanílico. É portanto, uma das enzimas responsáveis pela remoção natural da dopamina após ter sido utilizada pelo seu receptor. Drogas inibidoras da MAO-B, como a selegilina, atuam reduzindo a velocidade de remoção da dopamina, aumentando seu tempo de vida útil e elevando os níveis de dopamina. O efeito sintomático obtido com a selegilina é discreto mas muitas vezes suficiente para o controle dos sintomas iniciais da doença. Quando administrado em conjunto com a levodopa, pode potencializar sua eficácia, aumentando a duração do efeito antiparkinsoniano. Deve ser administrada na primeira parte do dia em uma ou duas tomadas. Quando administradas à noite, podem causar insônia.
Durante alguns anos, levou-se seriamente em consideração que a selegilina poderia agir como agente neuroprotetor, prevenindo ou ao menos retardando a progressão da doença. Essa idéia surgiu do conhecimento de que o metabolismo da dopamina produzia radicais livres. Como conseqüência, a redução desse metabolismo induzida pela selegilina poderia contribuir para menor produção desses radicais livres. Entretanto, estudos detalhados envolvendo centenas de pacientes durante quase uma década não conseguiram provar essa hipótese.

INIBIDORES DA COMT
Outra enzima importante no metabolismo da dopamina é a catecol-O-metil-transferase (COMT). Ocorre tanto no cérebro quanto fora dele e é responsável, junto com a MAO-B, pela remoção de dopamina. Entretanto, essa enzima atua também sofre a levodopa, transformando-a em 3-O-metildopa, uma substância sem efeito terapêutico. Dessa forma, parte da levodopa é perdida pois somente a porção restante vai entrar no cérebro e ser transformada em dopamina. Medicamentos que inibem a COMT, como a tolcapona e a entacapona são utilizados para aumentar a eficácia da levodopa nas fases em que ocorrem oscilações importantes do efeito terapêutico. Existem algumas diferenças entre as duas drogas disponíveis. Enquanto que a tolcapona atua tanto fora como dentro do cérebro, a entacapona atua apenas fora do cérebro. Tal diferença não implicaria, por si só, na determinação da eficácia de cada uma dessas drogas, uma vez que o passo realmente importante a ser inibido situa-se fora do cérebro. Entretanto, as observações até o presente sugerem eficácia ligeiramente menor da entacapona.
Por outro lado, o relato de raras complicações hepáticas, após o uso de tolcapona tornou seu uso menos disseminado e reservado apenas a situações específicas. Outros efeitos colaterais dessa classe de medicamentos relacionam-se ao aumento da atividade da dopamina (aumento de discinesias, alucinações e queda da pressão arterial) de modo que seu uso deve ser sempre acompanhado de redução da dose de levodopa.
Diarréia tem sido observada em pequena porcentagem de pacientes que utilizam esses medicamentos e obriga, quase sempre, a sua retirada.

AMANTADINA
Originalmente uma droga antiviral, teve sua ação antiparkinsoniana descoberta por acaso. Apresenta ação apenas moderada e tem sido ainda hoje bastante utilizada nas fases iniciais da doença. Seu perfil farmacológico é curioso, tendo sido considerada durante muitos anos apenas como tendo leve ação anticolinérgica e dopaminérgica. Atualmente, sabe-se que a amantadina atua também como antagonista de receptores excitatórios. Tais receptores existem normalmente em várias regiões do cérebro e respondem a determinados neurotransmissores excitatórios como o glutamato. Em determinadas situações, essa transmissão excitatória torna-se exagerada, podendo levar a dano celular em um processo denominado excitotoxicidade. O uso da amantadina ampliou-se nos últimos anos como adjuvante nos casos de flutuações motoras importantes e há quem defenda a possibilidade de que possa atuar como droga neuroprotetora.
Efeitos colaterais da amantadina incluem alterações vasculares periféricas na forma de manchas cutâneas nas pernas (livedo reticular), inchaço nas pernas, secura da boca, obstipação intestinal, confusão mental e alucinações.

ANTICOLINÉRGICOS
São substâncias que inibem a ação da acetilcolina. Foram os primeiros medicamentos utilizados no tratamento da doença de Parkinson. Drogas anticolinérgicas atuam como antiparkinsonianas ao restabelecer o equilíbrio entre acetilcolina e dopamina que ocorre na doença de Parkinson. Têm ação apenas moderada e agem principalmente contra o tremor. Nem sempre são drogas bem toleradas, principalmente em pacientes idosos. Entretanto, pode ser uma boa opção em pacientes jovens, nos quais se deseja adiar a introdução da levodopa e quando o tremor é o sintoma predominante.
As drogas disponíveis em nosso meio, o biperideno e a trihexifenidila são equivalentes e podem ser toleradas de modo diverso em cada paciente.
Os efeitos colaterais podem ser periféricos e centrais. Os periféricos incluem boca seca, borramento visual, obstipação intestinal e dificuldade para iniciar a micção. Os efeitos centrais são mais freqüentes nos idosos e incluem: sonolência, perda de memória, confusão e alucinações.

publicado em: ParkinsonOnLine
 

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