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24 de outubro de 2010

Internação por alcoolismo das mulheres tem tempo maior


As mulheres passam mais tempo internadas por causa do alcoolismo do que os homens, de acordo com pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. O estudo foi feito com 2.203 pacientes de 56 municípios da região Centro-Oeste de Minas Gerais. Nele, o professor Richardson Miranda Machado, autor da pesquisa, constatou que o tempo de internação médio da mulher é de 24,4 dias, enquanto do homem é de 22,2 dias. O trabalho também destaca que no período estudado (1980 a 2008) a idade média dos pacientes tem diminuído.

Sobre o tempo de internação maior das mulheres, o professor explica que há duas principais causas. Uma delas se refere às condições fisiológicas da mulher: “Pelas próprias proporções anatômicas, a mulher que é bem menor do que o homem, apresenta-se mais frágil e sofre mais com o efeito do álcool, o que requer um tempo maior para a recuperação”. Outro motivo levantado diz respeito a mudanças ocorridas no comportamento. Segundo o professor, a identidade cultural da mulher mudou muito nos últimos anos. “Antes, a mulher que bebia era mal vista, hoje tal hábito não é condenado”, diz.

Referente à faixa etária, observou-se 34 internações de jovens entre 10 e 20 anos de idade, sendo que o professor relatou casos até de crianças de 10 anos internadas nos últimos cinco anos, o que antes não se via. “As crianças estão sendo tratadas pela sociedade como adultos mais cedo. Isso as leva a assumirem hábitos de consumo dos adultos”, alerta o professor.

O estudo fez parte da tese de doutorado de Machado, sob orientação de Moacyr Lobo da Costa Junior, professor da EERP. A pesquisa se baseou em dados do sistema eletrônico de internações hospitalares do único hospital psiquiátrico da região Centro-Oeste de Minas Gerais, a Clínica Psiquiátrica São Bento Menni, que serve de referência para as internações psiquiátricas hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Internações
A pesquisa analisou também os fatores que levavam à maior ou menor dependência do álcool e o perfil geral dos pacientes.Entre os dados estudados, estão as relações das internações com o sexo, a escolaridade, a profissão e a faixa etária. Desta, a maioria dos pacientes (31,5%) tinham entre 40 e 50 anos. Já da escolaridade, observou-se que quanto maior o nível de formação, menor é o número de internações por alcoolismo.

Apesar do maior tempo de internação do sexo feminino, o número de homens internados ainda é bem maior. Eles representam 82,4% dos internados, o que, para Machado, já era esperado, uma vez que eles se arriscam mais e têm maior pressão para se ajustar ao grupo de amigos; fato este muitas vezes facilitado pelo consumo de álcool.

Quanto à profissão, a maior parte dos pacientes são trabalhadores informais ou trabalham no comércio. Machado explica que o alto número de trabalhadores informais internados se dá por uma particularidade local. “A região Centro-Oeste de Minas Gerais tem muitos trabalhadores autônomos nas plantações. Eles ficam em situação de maior isolamento, onde a ingestão de álcool acaba sendo uma das poucas alternativas de lazer”, conta. De todos os aspectos, os apresentados como maiores fatores de dependência são a idade e a escolaridade.

O professor observa um dado positivo. No trabalho, ele verificou melhorias no diagnóstico médico. De 1980 até 1996, muitos dos diagnósticos médicos eram dados como “não especificados”, ou seja, os médicos não sabiam se o problema de alguns pacientes internados era gerado por alcoolismo ou por outra complicação. A partir de 1996, os diagnósticos ficaram mais precisos e, além disso, eles começaram a detectar uma grande quantidade de alcoólatras que sofrem com problemas psiquiátricos, como depressão, transtorno de ansiedade e psicose.

Mas Machado enfatiza que o alcoolismo ainda permanece como um grave problema na sociedade e observa que ele piorou em alguns pontos: “Apesar de o álcool ser uma substância muito antiga, o homem ainda não achou o equilíbrio em seu consumo. Hoje, o alcoolismo se apresenta como problema em áreas que antes praticamente não existia, como o aumento do consumo pelos mais jovens e pelas mulheres.”

fonte: AgenciaUSP
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21 de outubro de 2010

O limite entre ‘beber socialmente’ e alcoolismo

Estima-se que 20% dos brasileiros, cerca de 32 milhões, bebem mais do que “socialmente”. O consumo de álcool é uma das três maiores causas de faltas ao trabalho e cerca de 65% dos acidentes de trabalho estão relacionados ao uso do álcool e outras drogas. Usuários de drogas faltam dez vezes mais ao trabalho, usam 16 vezes mais os serviços de saúde e solicitam cinco vezes mais indenizações. A produtividade de um usuário de álcool é 20% menor do que a de um trabalhador abstêmio e 70% dos usuários de drogas estão empregados.
65% dos acidentes de trabalhos envolvem álcool
“Só bebo para fazer show e andar de avião. O problema é que eu faço muitos shows e viajo muito de avião”. O humor da frase de Tim Maia esconde um problema: a dificuldade de saber quando ‘beber socialmente’ passa a ser alcoolismo.

O álcool deprime o Sistema Nervoso Central, o que afeta julgamento, nível de consciência, autocontrole e coordenação motora. A cada dose, ocorre um aumento de concentração de álcool no sangue, sendo que uma unidade de bebida alcoólica gera uma hora de efeitos físicos no organismo.

Inicialmente, há sintomas de euforia, evoluindo para tonturas, dificuldade na fala e na coordenação motora, confusão e desorientação. Níveis elevados podem levar à anestesia, coma e morte. Os sintomas físicos da intoxicação alcoólica são aumento da diurese, redução dos reflexos motores, náuseas, vômitos e aumento da frequência cardíaca e da pressão sanguínea.

Em médio e longo prazo, os efeitos são tolerância (necessidade de doses maiores para obter as mesmas sensações de prazer e relaxamento de antes), síndrome de abstinência (tremores, náusea, sudorese, ansiedade e irritabilidade quando sóbrio), dependência, complicações clínicas, risco de acidentes de trabalho e trânsito, problemas sociais, familiares, econômicos e judiciais.

Classifica-se como uso nocivo do álcool quando o indivíduo bebe quantidade acima do tolerável pelo organismo, seja este uso frequente, ou ocasional. Beber em quantidades acima das doses estipuladas é considerado uso nocivo do álcool e os riscos aumentam no sentido de causar problemas físicos, laborais, sociais, judiciais, familiares e levar à dependência. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o funcionamento do organismo, levando-o a consequências irreversíveis.

A psicóloga Cristiane Sales, do Centro Psicológico de Qualidade de Vida, explica que um indivíduo deve procurar ajuda quando:

* As pessoas próximas estão preocupadas com seu padrão de consumo.
* Sai com amigos e bebe mais do que eles.
* Bebe muito e não fica visivelmente embriagado.
* Tem a percepção de que não tem controle sobre frequência e quantidade de consumo.
* Sente vontade de beber pela manhã.
* Fica irritado se alguém critica a maneira como bebe.
* Acredita que o álcool possa estar fazendo mal à saúde.
* Prejuízo por causa do álcool no trabalho, família, finanças, justiça, acidentes.
* Se sente culpado pela forma de beber.
* Já tentou parar ou diminuir sozinho, mas não conseguiu.

A dependência do álcool leva anos para se estabelecer, portanto se a pessoa perceber que seu padrão de consumo não está saudável deve parar antes de ter qualquer prejuízo.

fonte: VidaEquilibrio

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29 de agosto de 2010

Os perigos do Narguile. Saiba mais


Onde tem fumaça, às vezes, tem um narguile – e é aí que mora o perigo! Mesmo porque o tradicional cachimbo d´água usado há milênios nos países do Sudeste Asiático e Oriente Médio agora é a moda entre os jovens no Brasil.

Tudo começou com a exibição na televisão de uma novela. Em seguida, bares e restaurantes aderiram à onda para agradar aos clientes. Assim, de boca em boca, o que era moda tornou-se uma febre.

Em virtude da mistura de inúmeras essências, o narguile tem aromas variados. É feito com um fumo especial (um melaço, subproduto do açúcar). Os sabores mais conhecidos, são: pêssego, maçã-verde, coco, flores e mel.

O narguile (narguilê, narguila, arguile, naguilé etc) é formado por uma peça central, que parece um vaso, onde se coloca a água. Conectada à base está uma peça cilíndrica que sustenta o fornilho, onde se coloca o tabaco, e em cima do tabaco, o carvão. A mangueira, por onde se aspira a fumaça, resfriada pela água, se encaixa na parte superior do narguile e termina numa piteira. Pode haver mais de uma mangueira para várias pessoas fumarem juntas. Ele funciona quando é aspirado por um tubo que reduz a pressão no interior do aparelho, fazendo com que o ar aquecido pelo carvão passe pelo fumo, produzindo a fumaça. Essa fumaça desce até a base, onde é resfriada e filtrada pela água, que retém algumas partículas sólidas. A fumaça segue pelo tubo até ser consumida pelo usuário com o sabor da essência escolhida.
Segundo o dr. Sérgio Ricardo Santos, Presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o narguile causa ainda mais males do que o cigarro, pelo potencial de transmitir também doenças infecciosas – já que é usado por mais de uma pessoa ao mesmo tempo sem a devida esterilização. Vale lembrar que o seu uso é proibido para menores de 18 anos, assim como o cigarro.
Efeitos à saúde
Também conhecido como ‘hookah’ nos países de língua inglesa, ou por ‘shisha’ no norte da África, o narguile pode causar diversas doenças, sendo as respiratórias as mais observadas.

Especialistas em doenças respiratórias advertem que 50 tragadas são suficientes para viciar. Isso ocorre devido à nicotina, que causa a chamada sensação de bem-estar, adverte o dr. José Eduardo Delfini Cançado, Presidente da SPPT.

Estudos recentes contrariam a crença popular de que a água ajudaria a filtrar as impurezas do fumo, tornando-o menos nocivo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a fumaça inalada em uma sessão de narguile, que pode durar entre 20 minutos e uma hora e meia, corresponde à inalação de mais de 100 cigarros. E são consumidos até 10 litros de fumaça, pois a presença da água faz com que se aspire mais fumaça, que se torna mais tolerável. Dessa maneira, inala-se maior quantidade de toxinas.

Veneno
O que muitos pensam erroneamente é que esse tipo de fumo não é tão prejudicial à saúde. Longe disso: por conter diversas toxinas, pode causar câncer de pulmão, além de doenças cardíacas, tuberculose, herpes, hepatite e outras. “A única forma de minimizar os males causados pelo narguile é evitar o uso e não aspirar a fumaça“, alerta o dr. Sérgio.


Entrevista
A Dra. Jaqueline Scholz Issa, cardiologista, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo, responde as perguntas dos ouvintes enviadas à Rádio Jovem Pan para a campanha contra as drogas:

Quais são os malefícios do uso continuado do narguile? É igual ao tabaco?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
É igual ao tabaco. O fumo utilizado no narguile contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco (nicotina, alcatrão, monóxido de carbono, que tira o oxigênio das células) e sua fumaça contém também os aditivos aromatizantes e substâncias nocivas do carvão. Causa, portanto, dependência, perda de dente, câncer de boca e todos os riscos do tabaco à saúde: doenças respiratórias, câncer e doenças cardiovasculares.

Qual a origem do narguile? A planta é tabaco? Vários amigos meus dizem que provoca euforia. É verdade?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O narguile tem origem no Oriente. Uma das versões é a de que teria sido inventado na Índia do século XVII. Na China, passou a ser utilizado para fumar o ópio, e assim permaneceu até a revolução comunista, no fim da década de 40. Com os árabes, passou a ser utilizado em grupo, acompanhado de café. As cruzadas também espalharam o narguile pelo mundo, quando os guerreiros sobreviventes traziam-no para seus países. No Brasil, o narguile foi trazido por trazido por turcos, libaneses e judeus. Para fumar, é utilizado tabaco. Maconha e crack também estão sendo fumados no narguile. E há grupos de adolescentes que estão trocando a água do narguile por bebida – causas da perigosa euforia relatada pelos seus amigos.

É verdade que o narguile veio com os árabes e muçulmanos para o Brasil? Ele é uma droga? É tabaco ou alguma outra coisa?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Para o Brasil, foi trazido por turcos, libaneses e judeus. O que se fuma no narguile – tabaco – é droga. Há também quem utilize maconha, bebida e crack, potencializando os riscos dessas drogas.

Por que que o narguile está tão popular nas festas? Quem tem o interesse em divulgar mais esse consumo de tabaco? Ele é ilegal? Vicia? É droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Porque se criou o falso conceito de segurança, incentivado pela falsa idéia de que é inócuo, os pais compraram a idéia de que não tem perigo. Falso e perigoso conceito porque fumar no narguile é altamente maléfico para a saúde. A água do narguile não filtra, ela esfria a fumaça. E a fumaça vem com nicotina, que vicia, vem com alcatrão e monóxido de carbono, substâncias do tabaco. O monóxido de carbono no narguile é potencializado pela combustão do carvão, o que significa que chegará mais forte ao organismo, retirando oxigênio das células e possibilitando o aparecimento de doenças, perda de dentes e de câncer na boca. Como a concentração de monóxido de carbono é maior com o narguile, por causa da combustão do carvão, sua concentração equivale ao final de 40 minutos a se ter fumado 100 cigarros. Quem tem interesse de divulgar o narguile é a indústria do cigarro, porque o usuário de narguile vai também fumar cigarro. É proibido para menor de 18 anos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que veda a venda de qualquer produto do tabaco para adolescentes. Como é usado o tabaco, vicia, sim. Narguile é o objeto onde se usa droga.

Como podemos ajudar na campanha contra o tabaco nas escolas? Vários colegas meus fumam e não consideram o cigarro droga. O narguile é uma droga, também vicia?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
Deveríamos incentivar a participação em festas, sem drogas. Deveríamos motivar jovens a promoverem festas, sem bebida, sem cigarro ou outras drogas, com o objetivo de reunir os amigos para se conhecerem, conversarem, compartilharem companhia. O narguile é o objeto onde se usa droga, que vicia.

Tenho ido a festas e vejo o tal de narguile correndo por todos. Achei o cheiro muito estranho e enjoativo, meio adocicado... Ele é feito de quê? Será que vicia? É também uma droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O cheiro é do tabaco misturado com essências de flores ou frutas. É uma droga. Portanto, vicia, sim.

Gostaria de saber o que é exatamente narguile. Como é o tabaco que é fumado pelas pessoas e por que ele é perfumado? Narguile também é considerado uma droga?
Dra. Jaqueline Scholz Issa:
O tabaco fumado no narguile é misturado com essências, ou seja, tem mais produtos químicos para prejudicar a saúde. Esse tabaco é droga, sim, que vicia e prejudica o organismo.

Fonte: DestaqueSP
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8 de agosto de 2010

Lei antifumo comemora aniversário com balanço positivo


A lei antifumo completou neste sábado (7) um ano em vigor, em todo o Estado de São Paulo, com balanço positivo tanto para empresários como para o setor da saúde e para os não-fumantes. Após o alarde e pessimismo de que a legislação causaria prejuízo a bares, restaurantes, boates e similares na região, a conclusão é unânime: a lei foi um sucesso. Além do aumento no movimento dos estabelecimentos no período, o programa de tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, por exemplo, nunca registrou tanta procura de pessoas que decidiram largar o vício do tabaco.

A mudança de atitude por parte de fumantes e o apoio da população por meio de denúncias foram os principais responsáveis pelo funcionamento da legislação sem problemas até o primeiro aniversário.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a adesão em Campinas foi de 99,8%. Os agentes da Vigilância Sanitária Estadual e do Procon-SP realizaram 21.491 inspeções e aplicaram 45 multas no período. No total do Estado de SP, foram 360.741 inspeções (uma média de 40 por hora) e aplicação de 822 multas, o que representa apenas 0,22% de descumprimento. Do total de multas, 18,5% foram originadas a partir de denúncias recebidas por telefone ou via o portal da lei.

O otimismo é o mesmo por parte de donos de bares. “Todos nós pensamos: é lei, então vamos cumprir”. Ao final ganhamos mais clientes. Tudo mudou para melhor”, conclui Nilson, proprietário de um estabelecimento me Campinas.

Os funcionários também não tem o que reclamar. O presidente do Sindicado dos Empregados do Setor Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares, Orides Rodrigues Sousa, explica que o alarde de que um dos piores reflexos da lei antifumo seria a demissão em massa por conta da queda do movimento passou desapercebido no quadro de empregos dos estabelecimentos. “Só esse ano, o movimento aumentou 25%, porque os não fumantes retornaram aos estabelecimentos, e não o processo inverso. Os clientes perceberam que a lei era correta e se conscientizaram”, explica.


Balanço positivo na saúde
O programa de tabagismo da Secretaria de Saúde de Campinas foi um dos beneficiados pela lei. Em um ano, o balanço é positivo, e os campineiros ficaram mais determinados a deixar o vício. O último balanço da Secretaria de Saúde, de 2009, mostra que há 200 mil fumantes na cidade. Do total da população de Campinas, com cerca de um milhão de habitantes, 21% são homens e 15,1% são mulheres. Em 2002, eram 25% do sexo masculino e 21% do sexo feminino.

fonte: EPCampinas
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29 de abril de 2010

Drogas psicotrópicas

O termo droga tem origem na palavra droog (holandês antigo) que significa folha seca (isto porque antigamente todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais). Atualmente, a medicina define droga como qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.

A palavra psicotrópico se relaciona com o termo tropismo, que significa 'ter atração por'. Então, drogas psicotrópicas são aquelas que atuam sobre nosso cérebro, alterando de alguma maneira nosso psiquismo.

Há diferentes formas de classificação das drogas (susbstâncias psicotrópicas ou psicoativas), a saber:

Ponto de vista legal
Lícitas: aquelas comercializadas legalmente, podendo a venda ter ou não alguma restrição, como por exemplos, obrigatoriedade de receita médica (alguns medicamentos) ou venda exclusiva para maiores de 18 anos (álcool e tabaco);
Ilícitas: proibida a comercialização. Exemplos: maconha e alucinógenos

Ponto de vista didático
(acerca da atuação sobre a atividade mental e comportamental de seu consumidor)
- Depressoras do Sistema Nervoso Central (álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, opióides/morfina,heroína,codeína, solventes e inalantes);
- Estimulantes do Sistema Nervoso Central (anfetaminas, cocaína);
- Perturbadoras do Sistema Nervoso Central : maconha e alucinógenos (origem vegetal: THC/maconha, Mescalina/cactos mexicanos, Lírio/trombeteira, Psilocibina/ certos cogumelos; origem sintética: LSD, ecstasy, anticolinérgicos)

Outras drogas
(não podem ser classificadas únicamente em uma das categorias já citadas)

- Tabaco, cafeína, esteróides anabolizantes


(Fontes: Livretos informativos s/drogas psicotrópicas/CEBRID-SENAD)
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30 de março de 2010

Anvisa altera 'sibutramina' para medicamento controlado


A partir desta terça-feira (30) os medicamentos que contêm a substância emagrecedora sibutramina terão um controle maior de prescrição e venda. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução que remaneja a substância da lista C1 para a lista B2 dos remédios sujeitos a controle especial. As empresas detentoras de registro de medicamentos a base dessa substância terão prazo de 180 dias para fazer as alterações necessárias nas bulas e embalagens.

Com a mudança, a sibutramina passa a ser classificada como psicotrópico anorexígeno e a tarja do medicamento muda de vermelha para preta. Além disso, esses remédios só poderão ser vendidos com receituário azul (em que a numeração é fornecida pela vigilância sanitária). Até então, a sibutramina era comercializada com receita branca, que não é numerada pela autoridade sanitária.

A sibutramina foi desenvolvida na década de 80 como antidepressivo e age em áreas do cérebro que controlam não somente o humor e sensação de bem estar, como também o apetite. Por promover uma sensação de saciedade alimentar, é indicada no tratamento da obesidade ou quando a perda de peso está clinicamente indicada. É encontrada principalmente sob a forma do sal Cloridrato de Sibutramina e, no Brasil, está disponível no mercado nas concentrações de 10mg e 15mg na forma industrializada, além das formulações manipuladas em farmácias magistrais.

Segundo relatório da Anvisa, a população brasileira consumiu, em 2009, quase 2 toneladas do inibidor de apetite sibutramina.

Este mesmo relatório inclui o consumo de mais três psicotrópicos anorexígenos. "anfepramona", "femproporex" e "mazindol" e apontou que os brasileiros consumiram 1 tonelada de femproporex, 3 toneladas de anfepramona e 2,3 quilos de mazindol no ano passado.



Alerta
Em janeiro, a Anvisa divulgou um alerta para os profissionais de saúde sobre o uso da substância sibutramina no Brasil. A realização de um estudo, denominado "Sibutramine Cardiovascular Outcomes", demonstrou aumento do risco cardiovascular não fatal nos pacientes tratados com a substância.

O estudo indicou que o risco de desenvolver enfermidades cardiovasculares aumenta em 16% nos pacientes que utilizaram o medicamento quando comparados àqueles tratados com placebo. Com base no estudo, a agência regulatória da União Europeia (EMA - European Medicine Agency) suspendeu a autorização de comercialização para o medicamento em todo o bloco.

Nos Estados Unidos, não houve proibição da fabricação e venda do medicamento. O FDA (FDA - Food and Drug Administration) solicitou a inclusão de novas contraindicações na bula do produto, para informar que a sibutramina não deve ser usada em pacientes com história de doença cardiovascular.

fonte: Anvisa/Terra
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6 de fevereiro de 2010

Proibido fumar com menores no carro

O Ministério da Saúde da Finlândia anunciou que vai proibir fumar em automóveis particulares que transportem jovens com menos de 18 anos. Baseiam a decisão no fato de a maioria das pessoas começarem a fumar muito novas, entre os 12 a 15 anos, idade em que ainda não são capazes de tomar uma decisão informada, nem de medir as consequências do seu gesto. Sendo assim, compete ao Estado protegê-las do fumo que pode levar à experimentação e à dependência.
Argumentam, ainda, que além da responsabilidade pelos mais novos, a guerra ao tabaco - que estão dispostos a levar até ao fim, “acabando com ele de uma vez por todas”, nas palavras do secretário de Estado da Saúde - é uma decisão que diz respeito à sociedade como um todo. Isto porque, quando a doença surgir, e a evidência científica garante que vai surgir, o custo do seu tratamento é pago pelos impostos de todos os contribuintes. Como apenas 20% dos finlandeses fumam, os outros 80% estariam a pagar para lhes sustentarem o vício. “No futuro, encontraremos melhor uso para dar ao dinheiro agora gasto nestas doenças”, disse abertamente o secretário de Estado. É claro que a indústria tabaqueira já refilou, mas o governo respondeu que “os problemas da indústria tabaqueira não lhe diziam respeito”.

Em Portugal, os estudos indicam que a iniciação se faz aos 12 anos, com um segundo pico aos 18, com o número de mulheres ainda a crescer. E também por cá se considera que os hábitos tabágicos dos pais e irmãos mais velhos têm uma forte influência na decisão de começar a fumar, sobretudo o exemplo da mãe. Infelizmente, os impostos sobre o tabaco lançam sempre uma nuvem de fumo sobre este assunto. A somar aos nossos brandos costumes.

Fonte: Destak-PT
 
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30 de janeiro de 2010

Fumantes colocam entes queridos em risco de ataques cardíacos


Pesquisadores de universidades londrinas mediram, duas vezes, a exposição de homens não-fumantes à fumaça de tabaco. A segunda medição foi feita 20 anos depois da primeira.

As medições feitas entre 1978-1980 mostraram que 73% dos homens possuíam altos níveis de nicotina no sangue. Já entre 1998-2000, a porcentagem caiu consideravelmente, para 17%.


Os homens que viviam com alguém que fumava, ou seja, eram fumantes passivos, no entanto, continuaram a apresentar altos níveis de nicotina na segunda medição (nível acima de 0,7 nanograma por mililitro – pode parecer pouco, mas já causa um aumento de 40% em riscos de ataques do coração).


A Dra. Bárbara Jefferis, condutora dos estudos, diz que, dos dados, pode-se concluir que o hábito de fumar em público realmente diminuiu com o passar dos anos. As pessoas estão menos expostas. “Mas podemos perceber, também, que, claramente, viver com um fumante pode colocar alguém em uma posição de risco. Se queremos diminuir a exposição de não-fumantes ao tabaco, precisamos nos esforçar para que as pessoas parem de fumar, também, em casa” declara Jefferis.


“Não podemos obrigar as pessoas a pararem de fumar em suas próprias casas, mas podemos alertar os fumantes sobre o que estão fazendo a seus entes queridos. Fazê-los pensar em seus amigos e parentes antes de acender um cigarro” conclui a médica Bárbara Jefferis.
A comunidade científica, depois da pesquisa, está tentando aprovar projetos que ponham fim a displays de venda de cigarros e a máquinas automáticas que vendem o produto (as últimas podem “facilitar a vida” de fumantes menores de idade).  
 
fonte: ScienceDaily
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29 de janeiro de 2010

Combinação de remédios e automedicação oferecem riscos à saúde

     Os avanços na indústria farmacêutica colocam todos os anos novas fórmulas no mercado. Levada pela ingenuidade, pela indicação de outras pessoas ou por experiências anteriores, grande parte da população pratica a combinação de diversos medicamentos, na busca de sanar as dores e enfermidades.
     Representando um dos grupos que correm mais riscos, a maioria dos idosos consomem cinco ou mais medicamentos por dia, o que aumenta dos riscos de combinação perigosa. De acordo com a farmacêutica Vivian Poppi, gerente técnica da área de medicamentos da Secretaria de Saúde (SES-MS), o problema reside nas decisões de cada um.
     "As interações mais perigosas ocorrem pela ingestão de medicamentos não prescritos. Muitas vezes, algo tido como inofensivo ou natural, como chás e compostos de ervas e raízes, podem combinar com a medicação prescrita e apresentar reações adversas", comenta Vivian.
     A farmacêutica explica que, quando é necessário tomar mais de uma fórmula simultaneamente, o médico prescreve os medicamentos em horários alternados, de modo que o organismo consiga sintetizar e não ajam riscos para a saúde.
     "O profissional de saúde é sempre a melhor pessoa para orientar quais medicamentos podem ser tomados. Há casos em que a pessoa está tratando de uma inflamação, e desenvolve uma reação estomacal. E por conta própria, toma um antiácido, sem sabe se aquilo não irá afetar o tratamento", afirma a gerente técnica da SES.
     As pessoas que fizerem algum tipo de combinação medicamentosa e sentir qualquer reação, podem procurar o setor de farmácia dos postos de saúde, a Vigilância Sanitária ou ainda comunicar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), via internet, sobre o caso, pelo site www.anvisa.gov.br

       Automedicação
      "Para dor de cabeça, é melhor este remédio. Se a dor for no estômago, tome este. E para curar reumatismo, esta fórmula é infálivel". Por conta de comportamentos deste tipo, a automedicação se torna um problema de saúde pública.
     Ao tomar um remédio por conta própria, o organismo pode reagir de maneira diferente da esperada, causando complicações à saúde do paciente. Entre os problemas mais comuns, estão a hipersensibilidade (desenvolvimento de alergias a compostos da medicação), a criação de barreiras de resistência pelo organismo – o que dificulta ou até impede a cura – e a dosagem inadequada.
     "Qualquer fórmula só deve ser administrada sob prescrição médica. Quando não for possível entrar em contato com o profissional, procure um farmacêutico e informe os sintomas apresentados. Jamais tome qualquer medicamento, por mais inofensivo que possa parecer. Mesmo remédios já prescritos anteriormente podem não funcionar no momento, podendo inclusive prejudicar a saúde", alerta Vivian.
 

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Narguilé e charuto podem equivaler a 100 e 200 cigarros, respectivamente

 
O cheiro das essências usadas no narguilé são um convite para juntar uma roda de amigos e passar o tempo. Apesar de ser um jeito mais charmoso de fumar, a diversão de origem indiana é mais danosa para o organismo que o cigarro. Em uma única sessão, o consumo de tabaco pode equivaler a mais de 100 cigarros.

O alerta está em um artigo de revisão do pneumologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Viegas, publicado na edição de dezembro do Jornal Brasileiro de Pneumologia.

Viegas explica que o malefício ocorre, entre outros motivos, porque uma sessão de narguilé expõe o adepto a um período longo de contato com a nicotina. "Em uma roda, se a pessoa gasta duas horas, vai fumar muito mais tabaco que se fumasse cigarros." Enquanto um cigarro leva de 5 a 7 minutos para acabar e propicia de 8 a 12 baforadas, um encontro onde há narguilé dura de 20 a 80 minutos e pode render entre 50 e 200 baforadas.

Outro problema do passatempo está na junção da fumaça do tabaco aromatizado, que já é prejudicial à saúde, com a do carvão utilizado para queimá-lo. A combinação põe o indivíduo em contato com mais nicotina, cromo e chumbo, que são metais pesados.

Os preços são convidativos. Um modelo simples sai por cerca de R$ 70,00. As pastas aromatizadas custam em média R$ 8,50.

Ao lado do narguilé, há outras formas de consumo de tabaco que parecem inofensivas, mas causam sérios prejuízos. O charuto, símbolo de sofisticação e uma das marcas registradas do estadista inglês Winston Churchill, pode conter tabaco equivalente ao de 200 cigarros.

A concentração, por si só, já é danosa, mas há um problema a mais no charuto. O fumo utilizado nele tem o PH mais alcalino por ser secado ao sol, e não em forno, como ocorre na produção de cigarros. Essa característica faz com que os componentes da fumaça sejam absorvidos mais facilmente pela mucosa da boca, afetando o organismo, mesmo que não se trague a fumaça.

Fonte: INCA(2009)
 
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24 de janeiro de 2010

Ações contra o tabagismo devem começar na infância

Apesar das diversas campanhas nacionais e do alerta incessante de todos os meios de comunicação e profissionais de saúde para os malefícios do hábito de fumar, o número de fumantes ainda persiste alto e uma nova geração começa a substituir a antiga.

O que acontece entre as mensagens claras e disponíveis a todos e o comportamento que não se extingue? Uma nova pesquisa americana sugere que as atitudes iniciais sobre o cigarro e o uso, em algum ponto da juventude, pode ajudar o tabagismo a se transformar em um vício para a vida toda. O cigarro pode, na verdade, modificar estruturas cerebrais e fazer com que as pessoas fiquem mais resistentes às mensagens anti-tabagistas. Ou seja, o hábito de fumar é fácil de começar e difícil de parar.

“É por isso que a prevenção na juventude é a melhor estratégia”, explica Joseph DiFranza, pesquisador da Universidade de Massachusetts. Seu estudo, publicado no periódico Addictive Behaviors, sugere que fumar apenas um cigarro pode já mudar a anatomia do cérebro. Essa mudança ocorre mesmo se a pessoa não fumar novamente ou caso a experiência tenha sido traumatizante. Ou seja, apenas uma tragada já pode viciar. Seu estudo acompanhou mais de 30 mil estudantes, o maior estudo com adolescentes já feito até hoje.

“Apenas alguns cigarros e a pessoa já está viciada”, diz DiFranza. Seu estudo acabou de vez com o mito de que apenas pessoas que fumam diariamente podem se tornar dependentes do cigarro. “Os adolescentes que não fuma todo dia não se consideram fumantes”, diz. “Mas eles já sofrem com os sintomas pela abstinência.”


Quanto mais jovem, mais positivas as ações contra o tabagismo

Judy Andrews, outra pesquisadora sobre o assunto e especialista em percepções infantis sobre abuso de drogas, afirma que crianças a partir dos 7 anos já possuem fortes opiniões negativas sobre cigarro e que a TV, a família e os colegas são os que fazem a maior diferença e contribuem com as informações para esse posiconamento.

“Esse tipo de atitude pode prever quem teria mais tendência a se tornar um fumante”, diz Andrews, cujo trabalho, feito com 700 crianças da ensino básico foi publicado no Psychology of Addictive Behavior.

Na pesquisa as crianças foram apresentadas a imagens de fumantes e tinham que classificá-las, segundo sua opinião. Após 7 anos, as crianças que haviam indicado algum nível de positividade nas imagens tinham de 30% a 40% mais chances de terem fumado um cigarro. “Quanto mais jovem, mais fácil convencer uma criança dos fatos ruins ligados ao cigarro, ao contrário de tentar convencer adolescentes, que pensam que sabem de tudo”, diz Andrews.

fonte: UOL
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