1 de março de 2010

Atual geração de crianças pode viver menos do que seus pais


Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que a atual geração de crianças pode ser a primeira, em muito tempo, cuja expectativa de vida é menor do que a de seus pais.
De acordo com Chan, falando na abertura da primeira reunião da rede mundial contra as doenças não contagiosas, das 35 milhões de mortes anuais por doenças não contagiosas, cerca de 40% são mortes prematuras causadas por infarto, diabetes e asma. Ela lembrou que a incidência dessas doenças é cada vez maior em jovens e crianças -que atualmente desenvolvem hipertensão e diabetes, doenças comumente associadas ao envelhecimento.
"No Brasil, estamos vendo crianças e adolescentes com hipertensão e diabetes tipo 2, algo que não imaginávamos há uma ou duas gerações. Esta geração está desenvolvendo mais fatores de risco, e um dos mais importantes é o aumento de obesidade e sobrepeso em crianças", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
"Temos um problema. Um grande problema que parece destinado a crescer ainda mais. As doenças não contagiosas, por muito tempo consideradas companheiras próximas das sociedades ricas, mudaram de lugar. Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais agora impõem o seu alto ônus aos países de renda média e baixa. Doenças antes associadas com abundância agora estão fortemente concentradas em grupos pobres e desfavorecidos", afirmou Margaret Chan em seu discurso na abertura da reunião.
Segundo Cozer, cerca de 24% das crianças brasileiras estão acima do peso. A diretora-geral da OMS também alertou para o problema, apontando que, no mundo todo, 43 milhões de crianças em idade pré-escolar são obesas ou apresentam sobrepeso. "Pensem no que isso significa no decorrer da vida em termos de riscos para sua saúde e de custos com os cuidados durante toda a vida", disse.
Cozer diz que 80% dos obesos têm a síndrome metabólica, conjunto de sintomas que levam ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão, colesterol alto etc. "Isso aumenta diretamente o risco de infartos, derrames, tromboses e outras doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade está associada ao aumento do risco para alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata, e de depressão, entre outros problemas."

fonte: FolhaSP

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