Levantar todos os dias e viver como se fosse ontem. Assim é para quem sofre de Mal de Alzheimer, uma doença degenerativa e sem cura, que acomete 1,2 milhões de brasileiros e se desenvolve a partir dos 65 anos de idade. Tal doença não atinge apenas os pacientes: na verdade os que mais sofrem e lutam diariamente são os cuidadores que muitas vezes não estão preparados para lidar com a situação.
Cerca de 5% da população com mais de 65 anos de idade têm a doença. Depois dos 80 anos, a incidência fica ainda maior, e chega a 15%.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado garantem ao paciente uma vida mais longa e com mais qualidade. Avaliações neuropsicológicas, fonoaudiológicas e exames de neuroimagem são os principais instrumentos para uma rápida comprovação.
“Quanto mais cedo o mal de Alzheimer for identificado, mais tempo o paciente manterá suas funções cognitivas preservadas”, explica o neurologista Ricardo Nitrini, também coordenador do CEREDIC – Centro de Referência em Distúrbios Cognitivos do HC.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que causa a morte gradual dos neurônios, provoca perda de memória e de outras funções cognitivas, como raciocínio, juízo crítico, orientação e outras.
No início, a pessoa apresenta pequenos lapsos de memória, alterações de comportamento, desorientação espacial e dificuldades em realizar tarefas corriqueiras, como se alimentar ou se vestir.
Nos estágios mais avançados, não reconhece os familiares e nem os amigos. Com o tempo, perde a identidade e tornar-se dependente.
A assistência deve obedecer cada fase da evolução do processo demencial para melhoria dos sintomas, explica Nitrini, uma vez que não há tratamento capaz de impedir ou curar a doença.
Nas fases iniciais e intermediárias predominam-se as técnicas de reabilitação, as táticas de readaptação e os psicofármacos. Na fase avançada, o tratamento é voltado a co-morbidades, comuns em pacientes com afecções crônicas debilitantes e aos cuidados de enfermagem.
fonte: AE
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