10 de outubro de 2010

10 de outubro. Dia Mundial da saúde mental

Transtornos mentais são reais, diagnosticáveis, comuns e universais. Se não tratados, podem produzir sofrimento e graves limitações nos indivíduos, além de perdas econômicas e sociais. Prevenção e tratamento são possíveis, mas muitas pessoas não são corretamente tratadas. Uma política nacional bem definida e programas de promoção de saúde mental e controle dos referidos transtornos são soluções plausíveis e eficazes para a população.

Cerca de 90 mil leitos fechados, 40 milhões de pessoas sujeitas a algum tipo de problemas mentais em todo o país e uma estrutura ineficiente para o tratamento dos pacientes. Os dados não são animadores, mas mostram a realidade da Saúde Mental no Brasil, que não tem muito o que comemorar neste 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental.

De acordo com o psiquiatra e vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Emmanuel Fortes, há muito não existe uma prioridade nas políticas públicas voltadas para a saúde mental no país. “Pelo contrário, as ações realizadas até agora dificultam ainda mais o tratamento dos pacientes. Criaram um vício chamado CAPS - Centro de Atenção Psicossocial – que não possui nenhuma identidade. Nesses Centros são realizados internamentos, consultas e reabilitações. Quando na verdade deveria ser um local para trabalhar a reabilitação do paciente”, disse o psiquiatra que realizou, ontem a noite, palestra sobre “Política de Saúde Mental – Mitos e Realidade”.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria os transtornos mentais são reais, diagnosticáveis, comuns e universais. Se não tratados, podem produzir sofrimento e graves limitações nos indivíduos, além de perdas econômicas e sociais. “Há 21 anos eu faço o mesmo discurso de que é preciso reformular o paradigma assistencial da saúde mental. Formar uma rede de assistência, com ambulatórios, hospitais e centros para reabilitações. Mas, infelizmente, o Brasil está desguarnecido de assistência médica, tanto na psiquiatria, como nas outras especialidades”, disse  Emmanuel Fortes.

João Alberto Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria lembra que nos últimos anos a instituição tem lutado pela construção de uma rede de atendimento integrada, balanceada e hierarquizada, como a preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Alertado para a importância da atenção primária, apontado equívocos e soluções no tratamento de dependes químicos e discutido meios mais efetivos de financiamento, entre outros pontos. Essa discussão, aliás, foi levada ao Ministério Público diante da indiferença do Governo. "Sobretudo sempre procuramos restabelecer o debate pautado por critérios técnicos", resume o presidente da ABP.

fonte: SBP/Terra

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