Conforme pesquisa nacional divulgada no site do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o consumo de bebidas alcoólicas é um dos principais problemas de saúde e segurança pública no Brasil, sendo responsável por mais de 10% dos casos de adoecimento e morte. Mais de 50% dos acidentes de trânsito fatais estão associados à ingestão de álcool.
Os mesmos dados informam que um terço dos adolescentes entre 14 e 17 anos consome bebida, e mais de 20% dos que estão nessa faixa etária, do sexo masculino, já consumiram bebidas em excesso, em torno de cinco doses ou mais em um dia. Cerca de 65% dos estudantes de 1º e 2º graus ingerem álcool precocemente. Metade começou a beber entre 10 e 12 anos. Entre a população adulta, 33 milhões (28%) consomem bebidas alcoólicas em excesso. Dos brasileiros com idades entre 12 e 65 anos, 23 milhões (12%) preenchem os critérios para a dependência do álcool.
O Cremesp entende que a publicidade de cervejas em horários variados durante o período do dia contribui para o consumo entre adolescentes. Preocupado com esse problema que chega ao patamar de uma epidemia, o Cremesp uniu-se à Unidade de Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do Movimento Propaganda Sem Bebida, em apoio ao projeto de lei nº. 2733/08, alterando a Lei 9.294/96, que dispõe sobre as restrições à propaganda de bebidas. O PL, que está em trâmite na Câmara dos Deputados, iguala as cervejas aos destilados. Dessa forma, as propagandas de cerveja no rádio e na televisão serão permitidas somente das 21h às 6h, sendo proibidas nos intervalos das programações mais assistidas por crianças e adolescentes.
O Conselho de Medicina avalia esse quadro como um avanço no combate ao consumo exagerado de bebidas alcoólicas, especialmente entre os adolescentes. Defende a proibição da propaganda nos meios de comunicação e em eventos esportivos, culturais e sociais; e uma legislação semelhante à que limita as propagandas de cigarro no país. O movimento já recolheu mais de 600 mil assinaturas de apoio.
fonte: CruzeirodoSul
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