O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de SP (Coren-SP), Cláudio Porto, em entrevista ao SPTV desta segunda-feira (13), alerta pacientes e acompanhantes para os procedimentos tomados em hospitais e prontos-socorros. Algumas dicas e orientações podem prevenir erros de profissionais da saúde.
Segundo Porto, o paciente deve exigir durante o processo assistencial a identificação perfeita do profissional que está atendendo com o nome, fotografia legível e a categoria profissional. “Se for criança ou idoso, que seja um técnico de enfermagem que é o profissional mais competente do que o auxiliar”. Também é essencial pedir a presença do enfermeiro da unidade.
Peça para ver o produto que será utilizado no tratamento e questione o profissional. “Não sente passivamente na cadeira ou deite numa cama”. O profissional não deve conduzir todo o processo sem qualquer questionamento.
Sobre as condições dos profissionais de enfermagem, o presidente explica que existem três tipos: o auxiliar de enfermagem, que tem o ensino fundamental completo mais um curso de um ano na área; o técnico de enfermagem, que tem o ensino médio completo e o curso de técnico na área; e o enfermeiro, que é o profissional que fez faculdade.
Para ele, teria que ter um auxiliar para cada cinco crianças, um técnico para cada cinco crianças e um enfermeiro para cada dez. “Não é essa a realidade que a gente encontra nos hospitais que têm convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), porque a remuneração é extremamente abaixo do custo operacional”.
Rótulos em recipientes
Em hospitais, o caminho que o medicamento percorre até o paciente é sempre uma preocupação. “Pode haver erro na hora da interpretação da prescrição médica, por exemplo, não entender a letra do médico”, fala a coordenadora de enfermagem, Elizabethe Akemi Nishio.
Nas farmácias dos hospitais, os profissionais separam os remédios prescritos pelos médicos e as equipes de enfermagem aplicam as doses. Uma das medidas para evitar a troca de medicamentos que são muito parecidos é mantê-los em embalagens diferentes.
O Hospital de Transplantes, na Zona Sul da capital, usa rótulos de cores diferentes para identificar os remédios. Para diminuir os riscos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que os profissionais de enfermagem sigam um protocolo de atendimento. Verificar se é a dose certa, da droga certa, para o paciente certo e qual é a via certa (boca, veia, reto, músculo, pele) para aplicar e o horário certo. Assim, o resultado será certo.
Para o superintendente do Hospital de Transplantes, Otávio Becker, o cuidado redobrado dos profissionais de saúde tem que ser uma filosofia. “Todo mundo tem que checar tudo o que está fazendo, para evitar qualquer tipo de risco, qualquer tipo de engano. Porque a gente sabe que o engano faz parte do ser humano, mas a gente não pode achar que isso é normal.”
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