Profissionais de todo o país passam agora a contar com um canal de informação e mobilização sobre os assuntos relacionados à saúde. O Canal Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), deixou de ser um veículo de comunicação meramente virtual para se transformar em uma emissora de TV. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, inaugurou oficialmente nesta terça-feira (21) a TV Canal Saúde, que pode ser sintonizada por antenas parabólicas em todo o país. Um acordo do Ministério da Saúde com a Oi TV também permitirá que o canal seja sintonizado por intermédio dessa operadora por conselhos municipais e estaduais de Saúde, a partir de 2011. O objetivo é facilitar o acesso da população à programação, que inclui, por exemplo, orientações sobre prevenção a doenças e promoção da saúde.
Nesta terça-feira, foram assinados um acordo de cooperação entre os ministérios da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Cultura, nomeando o Canal Saúde gestor da faixa dedicada à área da saúde na TV digital pública, além de duas portarias. Em uma delas, consta que o Canal Saúde representará o Ministério da Saúde nos comitês de programação e gestão da TV digital. A outra portaria formaliza o compromisso do Canal Saúde como responsável pelo canal da saúde na Oi TV.
"Esta ação inaugura uma nova era no campo da comunicação em saúde. E esta é, para mim, uma questão contemporânea e central no que diz respeito ao futuro do Sistema Único de Saúde (SUS): o campo da disseminação da informação", ressaltou o ministro. "A saúde recebe agora um grande estímulo, um espaço que leve mais informação aos profissionais e, não apenas a eles, mas à população".
A principal veiculação da nova emissora é por intermédio de antena parabólica digital. Outra forma de veiculação é um canal exclusivo na Oi TV. A operadora de TV por assinatura deve doar mais de 5 mil kits de recepção (antena da Oi, receptor digital e aparelho de televisão) aos conselhos municipais e estaduais de saúde, facilitando o acesso à programação do Canal Saúde.
Durante 16 anos, o Canal Saúde funcionou como um canal virtual. Ao se transformar em uma emissora de televisão, passa a gerenciar um canal próprio, inicialmente, com 12 horas de programação ininterrupta, das 9h às 21h. O investimento do Ministério da Saúde e da Fiocruz para transformá-lo em emissora de TV foi de R$ 5,9 milhões.
"É uma emissora que nasce, com certeza, pelo tamanho do SUS. O Sistema Único merecia um canal de saúde" - reforçou o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antonio Alves. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Reinaldo Guimarães, e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, também participaram da inauguração do Canal Saúde.
Medicamento contra tuberculose
Na cerimônia, foi firmado um acordo entre a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), com o laboratório indiano Lupin para a fabricação de uma combinação de medicamentos (4 em 1) contra a tuberculose. A medida, além de viabilizar a produção nacional, visa reduzir o abandono do tratamento pelos pacientes de tuberculose. A estimativa é que a tuberculose hoje custe R$ 11 milhões por ano aos cofres públicos.
"Um dos grandes problemas mais importantes no tratamento da tuberculose é o fato de os pacientes terem de tomar os medicamentos por pelo menos seis meses. Além disso, hoje se tem o tratamento em medicamentos separados. Então, são muitos comprimidos por dia. Esses são alguns dos fatores que explicam a baixa adesão, o que queremos evitar", apontou o ministro, destacando que a parceria, ainda, reduz a dependência da produção externa desses medicamentos.
Institutos nacionais
Temporão ainda inaugurou a Sala Adolpho Lutz, onde funciona a direção do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), e assinou portarias que designam o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) como Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e Instituto Nacional de Infectologia, respectivamente. Outra portaria assinada pelo ministro definiu que a Fiocruz, por meio de seu presidente, coordenará a elaboração da proposta de um futuro Instituto Nacional de Neurociências.
Os Institutos Nacionais são órgãos auxiliares do Ministério da Saúde no desenvolvimento, na coordenação e na avaliação das ações integradas para a saúde. Cada um na sua especialidade – saúde da mulher, da criança e do adolescente e infectologia –, eles têm entre suas atribuições planejar, coordenar e realizar pesquisa clínica, básica, aplicada, biomédica, epidemiológica e em ciências sociais em saúde; formar profissionais para o SUS; fortalecer a capacidade nacional de resposta frente a emergências e ameaças à saúde pública; coordenar redes colaborativas nacionais e internacionais; e desenvolver atividades assistenciais de referência no âmbito do SUS, entre outras.
O Instituto de Neurociências, quando criado, deverá conjugar atividades de pesquisas básicas e aplicadas; de planejamento e formulação de políticas públicas; e de formação e treinamento de cientistas e profissionais na área do cérebro, mente, comportamento e sistema nervoso.
fonte: MS
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