17 de março de 2010

Boataria sobre vacinação contra H1N1 causam dúvidas e pânico


Boatos que tem se espalhado na internet, levantam suspeita sobre a eficácia, os riscos para a saúde e até o objetivo da campanha de vacinação contra a 'gripe suína' (H1N1).
E-mails que estão se espalhando dizem que o imunizante é perigoso e que a vacina contra a nova gripe é uma forma de fazer um "genocídio em massa do planeta".
Efeitos colaterais são iguais à vacina contra gripe comum, dizem especialistas.
'VACINA ASSASSINA'
A mensagem começa com um erro básico logo nas primeiras linhas, ao confundir a vacina com o Tamiflu. “Principalmente, sobre NÃO tomar essa vacina assassina que estão querendo que seja compulsória acho que é Tamiflu”.
O Tamiflu não é a vacina. É o remédio antiviral usado para o tratamento da doença. A confusão entre o medicamento e a vacina se repete outras vezes ao longo da mensagem.
Segundo o e-mail, a vacina seria fatal por conter duas substâncias que chama de “altamente tóxicas”, mas que são, na verdade, não apenas seguras, mas utilizadas em outras vacinas: o mercúrio e o óleo de esqualeno.

Mercúrio e Óleo de esqualeno
O mercúrio usado na nova vacina não é o mesmo mercúrio tóxico, que existe na natureza. Ele é na verdade, o “etilmercúrio”, um composto completamente diferente do venenoso “metilmercúrio”, explica Edimilson Migowski. “O etilmercúrio é um conservante que mantém a vacina própria para uso depois que o frasco foi aberto”, afirma o médico.
O infectologista Renato Grinbaum, do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, de São Paulo, também ressalta a segurança do conservante. “É um mercúrio diferente, perfeitamente seguro”, afirma.
O etilmercúrio é usado em outras vacinas, que constam do calendário brasileiro, conta Migowski. “Toda vacina que vem em frascos de múltiplas doses tem esse conservante”, explica o médico. Exemplos? A vacina contra hepatite B, a dupla bacteriana, a tríplice contra difteria, tétano e coqueluche e a vacina contra gripe comum.
O “óleo de esqualeno”, por sua vez, é uma substância natural produzida por plantas, animais e até seres humanos. Todas as pessoas já têm esqualeno em seu organismo: ele é produzido pelo fígado e se espalha pelo sistema circulatório.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a substância é utilizada como aditivo nas vacinas contra os vírus influenza – ela aumenta a resposta imune do organismo. “O esqualeno é adicionado para melhorar a eficácia de diversas vacinas experimentais, como a da gripe pandêmica e a da malária, que estão me desenvolvimento”, afirma a entidade.
Desde 1997, a OMS já administrou mais de 22 milhões de doses de vacinas contra gripe contendo esqualeno. “Nenhum efeito colateral severo foi encontrado”, afirma a organização.

Células cancerígenas
Outra parte da mensagem diz que a vacina contém "células de câncer de animal que podem provocar câncer nas pessoas”, mas não há esse tipo de célula na fórmula e além disso, células tumorais não são transmissíveis.

Produção acelerada
Ainda o e-mail diz que “A entrada no mercado da vacina foi acelerada, o que significa que todos os efeitos colaterais a médio e longo prazo não são conhecidos”.
Os especialistas dizem que a tecnologia usada no desenvolvimento da vacina é a mesma utilizada na fabricação das doses contra a gripe comum. A principal diferença é que a nova vacina inclui uma cepa diferente do vírus. Trata-se de vírus inativado (morto), o que aumenta o grau de segurança da vacina.

Os efeitos colaterais da vacina, são iguais aos da vacina da gripe comum: febre, dor no corpo e calafrios, mas a maioria das pessoas não tem reação alguma - esclarecem os especialistas.


A segunda etapa de vacinação começa em 22 de março e vai até 22 de abril.
Nesse período, devem receber a vacina apenas as grávidas, pessoas com doenças crônicas e crianças de seis meses a um ano e onze meses de idade.

fontes: ZeroHora/G1/MS
(imagem: RicoStudio)

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