22 de maio de 2010

Que virose nada! O médico é que não sabe o que eu tenho.


Ao contrário do que muita gente pensa, esse tipo de diagnóstico não é feito na incerteza.

O paciente queixa-se de um mal-estar, cansaço, dor de cabeça, dores pelo corpo inteiro, espirro, nariz escorrendo . Muitas vezes, o mesmo tem a queixa das dores de barriga, vômito, diarréias. Além da febre que não para. Então vem aquela resposta do médico: "Isso é uma virose!". Muitos pacientes chegam até a se irritar com o diagnóstico e com a recomendação geral de repousar e cuidar bem da alimentação. "Que médico fraco. Não pediu nem um exame de laboratório sequer, nem um remédio." Daí, quase sempre bate a incerteza: "Será que o médico sabe o que está dizendo? Não seria melhor tomar logo de cara um coquetel daqueles que os balconistas de farmácia costumam indicar?".














Desfazendo a confusão.

Muita gente acredita que virose é um termo criado pelos médicos para utilizarem quando não sabem quais são os males que afligem seus pacientes. Mas, virose existe, sim, e é definida como uma infecção causada por um vírus. O termo é genérico, pois serve para indicar desde uma doença branda e passageira, como um simples resfriado, até males mais graves que podem levar ao óbito, quando não são atendidos pronta e corretamente como é o caso da dengue. Outros exemplos de distúrbios perigosos causados por vírus são a febre amarela e a Aids.


Ao avaliar o paciente o médico conta com poucos dados para diferenciar uma virose de uma infecção bacteriana. Então, antes de entrar com medicamentos como o antibiótico, indicado única e exclusivamente para matar bactérias, o profissional prefere acompanhar o desenvolvimento dos sintomas. Os sintomas das infecções provocadas por vírus ou por bactérias, no início, são muito semelhantes. Começam com dor no corpo, malestar generalizado, dores de cabeça e febre, em ambos os casos. Não existe um sinal clássico para um ou outro tipo de infecção. É muito difícil fechar um diagnóstico definitivo num primeiro momento.

Como as viroses são em 90% dos casos uma doença benigna, valendo-se também de que o nosso sistema imunológico trata de resolver a questão e que, além disso, a doença é autolimitada, ou seja, tem um tempo para acabar sozinha, a melhor decisão é mesmo instruir o paciente para ficar alerta. Alerta com o aparecimento de alguma complicação que facilmente é notada pelo paciente. E, prescrever apenas medicamentos para combater os sintomas e amenizar o mal-estar, na medida em que não existem medicamentos específicos para matar o vírus. Na maioria das vezes os sintomas são benignos e desaparecem no período entre 48 e 72 horas. Caso alguma complicação surja, como uma infecção bacteriana subseqüente da virose ou uma piora da mesma, o médico deverá ser informado para que se tome as medidas cabíveis.




Os vírus e o clima

As gripes e os resfriados são bastante comuns durante o inverno. Já as espécies de enterovírus e rotavírus preferem mais o verão, e são as que causam diarréias, dores abdominais e no corpo, febre, náuseas e vômitos. No verão deste ano de 2010 o que não falta é paciente reclamando de diarréia e desidratado. Siga as dicas abaixo do infectologista Celso Granato:



Não há garantias contra uma virose intestinal no verão. Porém alguns cuidados extras ajudam a diminuir os riscos: 


• "A higiene das mãos e dos alimentos são fundamentais para evitar a contaminação". Os vegetais, como frutas e legumes, devem ser muito bem lavados em uma solução com água filtrada ou fervida e gotas de água sanitária. Isso porque eles são um dos principais transmissores de vírus que atacam o sistema digestivo. 
• É preciso manter o corpo sempre hidratado para se precaver contra a desidratação. Por isso, consuma muito suco de frutas e água de coco, além de água pura, principalmente nos dias muito quentes. Mas atenção: cuidado com água de torneira ou de bica da qual não se sabe a procedência. É mais garantido consumir água mineral em garrafas ou copinhos lacrados, de marcas conhecidas. 
• Cuidado com alimentos de origem desconhecida vendidos em ruas ou praias. Um lanche natural não é sinônimo de ter sido feito com os cuidados higiênicos adequados. 
• Sol, mar, calor, areia e dieta pouco saudável, com muita gordura, por exemplo, são fatores que contribuem, quando em excesso, para um desgaste maior do organismo, abrindo as portas para os ataques de vírus. Por isso, aproveite o verão, mas use o bom senso. 
• Mais uma vez é bom lembrar que crianças e idosos são mais vulneráveis e, por isso, requerem cuidados especiais. Se surgir alguma alteração, esses pacientes devem ser monitorados mais atentamente. Também é importante que as vacinas estejam em ordem. 
• O controle da febre deve ser feito com atenção, pois temperaturas muito altas ajudam na perda de líquidos pela pele. 
• No caso de diarréias, a alimentação deve ser a mais indicada para esses casos. Alimentos como goiaba e maçã diminuem o problema. Já o mamão, o leite e suco de laranja podem piorar o quadro. 
• Se depois de tratados com medicações adequadas para a idade, os pacientes com viroses não apresentarem melhoras, é importante voltar ao médico e fazer exames para detectar outras possíveis infecções.




Jeferson Machado,




Farmacêutico Bioquímico Clínico.






fonte: iTNet

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