O Brasil poderá ter o primeiro soro contra veneno de abelhas do mundo. O produto está sendo produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a USP, e a expectativa é de que esteja disponível para uso em pacientes em um ano.
O soro atualmente está em fase de testes em animais. Segundo o diretor do serviço de imunologia do instituto, José Roberto Marcelino, os resultados têm sido satisfatórios.
“Essa etapa de testes pré-clínicos é necessária para avaliarmos a melhor dose, o melhor tempo de administração e as reações possíveis”, explica o diretor.
“Feito isso, vamos solicitar à Anvisa a autorização para verificar a eficácia do produto em humanos.” Os testes serão feitos em voluntários. Só depois dessa fase será pedida a liberação do uso da droga.
Segundo a bióloga Keity Souza, os testes feitos mostraram que o soro é eficiente para neutralizar o veneno em casos de grande número de picadas. Segundo ela, o soro não resolve para quem tem alergia de picada de abelha, que deve fazer tratamento específico.
O veneno de abelha, quando em grande quantidade (mais de 200 picadas), causa lesões em órgãos como rins, fígado e coração. A maioria das mortes acontece pela falência dos rins.
De acordo com Marcelino, o remédio deverá ser administrado segundo orientação médica a pacientes picados por enxames para a neutralização da ação do veneno, que pode matar. A cada ano, cerca de 40 pessoas morrem no país atacadas por abelhas. Este ano, três pessoas já morreram em São Paulo vítimas de picadas de abelhas. Até junho de 2010, o Estado de São Paulo registrou 576 ocorrências por picadas de abelha. Em 2009 foram 1.557 no ano.
Hospitais privados e governos de outros países poderão comprar o produto da Fundação Butantan.
fonte: eBand/OGlobo/Butantan
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