25 de novembro de 2010

Dia internacional pela eliminação da violência contra as Mulheres


Em 1999, as Nações Unidas (ONU) designaram oficialmente 25 de Novembro como Dia internacional pela eliminação da violência contra a Mulher.
Antes desta indicação da ONU, o dia 25 de Novembro já era vivido pelo movimento internacional de mulheres. A data está relacionada com a homenagem a Tereza, Mirabal-Patrícia e Minerva, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

Violência plural
A mulher sofre diversas formas de violência. Quando pertence às classes menos favorecidas, sofre a violência de classe. Quando não é branca, sofre a violência racial. Pode ser vítima de uma violência múltipla, por exemplo, quando é negra e pobre.
No entanto, a mulher, independentemente da sua classe social, raça e idade, sofre também uma violência específica, de gênero, derivada da subalternização da população feminina. A organização social de gênero, atribui aos homens, prerrogativas que lhes permitem ditar normas de conduta para as mulheres, bem como julgar a aplicação correta dessas normas.

Violência dentro de casa
A violência física é uma das expressões extremas das contradições de gênero, que revela a crueza e profundidade do problema. É no espaço doméstico que ela é mais frequente e apresenta variadas formas. Contrariando o senso comum, as pesquisas indicam que o lugar menos seguro para a mulher é a sua própria casa. Segundo dados mundiais, o risco de uma mulher ser agredida em casa, pelo marido, ex-marido ou atual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua.
Escondida pela cumplicidade da sociedade e pela impunidade, a violência contra a mulher ainda é um fenómeno pouco visível. Os casos que chegam às autoridades são apenas a ponta do iceberg. Os registros de ocorrência nas polícias revelam um número significativo de casos provenientes das classes alta e média alta, contrariando a tese, de que a violência contra a mulher, é apenas o resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa escolaridade.


Números
Um relatório das Nações Unidas, divulgado por ocasião da data, revela que 70% das mulheres foi vítima de agressões físicas ou sexuais em algum momento de suas vidas.

Como resultado das campanhas contra a violência no gênero, 90 países possuem alguma disposição legislativa contra esta prática e mais de 60 com leis concretas a respeito, enquanto a violação dentro do casamento é delito em 104 países.

A ONU considera que a violência contra as mulheres  "é uma pandemia global" e um "problema universal", já que há vítimas em todos os países do mundo.

Segundo dados de ONU Mulher, a violência contra pessoas do sexo mais frágil entre os 15 e 44 anos, causa mais mortes e incapacidade do que o câncer, a malária, os acidentes de trânsito e guerra combinados.

Em 2006, 79 porcento das vítimas de tráfico de seres humanos foram as mulheres e as meninas.
Outros dados divulgados assinalam que mais de 60 milhões de meninas no mundo são forçadas a casar antes de completar 18 anos enquanto 100 e 140 milhões de meninas e mulheres no mundo vivem com sequelas de mutilação genital feminina e ainda existem três milhões de meninas sob risco dessa prática todos os anos.


Saiba tudo a respeito
O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher lançou ontem (23/11) o site "Violência contra a Mulher - Quebre esse ciclo". Um espaço para as vítimas contarem suas histórias, materiais para professores e advogados  e  um local para você ficar sabendo tudo sobre a principal Lei no Brasil de proteção a violência contra as mulheres: A Lei Maria da Penha.

Filme Institucional da campanha "Violência Contra a Mulher, Quebre esse Ciclo"


fonte: Angop/NBR/Quebreociclo

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