29 de novembro de 2010

A vacina contra o HPV é um dos maiores avanços recentes


A vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) é um dos maiores avanços recentes da oncologia, na opinião do médico Rafael Kaliks Guendelmann, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo o oncologista, estudos mostram que as duas vacinas existentes no mercado - que combatem os principais tipos do vírus (6, 11, 16 e 18) - podem diminuir a mortalidade por câncer de colo do útero em até 90%. Mas os resultados são percebidos a longo prazo, depois de 10 ou 20 anos, o que ainda impede, de acordo com Guendelmann, a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro fator que impede a adoção da vacina no SUS é o alto preço: as três doses necessárias - a segunda aplicada após 30 dias e a terceira, após seis meses da primeira - custam cerca de R$ 1.200 em clínicas particulares. Atualmente, o uso na rede pública está sendo avaliado pelo Ministério da Saúde.

"A vacina é um fator a mais de prevenção, aliada ao exame de Papanicolau, que deve ser feito anualmente ou a cada dois anos", sugere o especialista. A faixa etária alvo para receber a dose vai dos 10 aos 26 anos. Antes de iniciar a vida sexual, as crianças e adolescentes vacinadas já começariam a adquirir imunidade contra o vírus. "E a recomendação pararia aos 26 anos porque acredita-se que, após essa fase, o número de parceiros da mulher diminua", diz o médico.

Em setembro, a cidade paulista de Itu promoveu a primeira campanha de vacinação pública de HPV do Estado e teve como alvo adolescentes nascidas em 1999. O município é pioneiro no Brasil em tornar obrigatória a imunização contra o câncer do colo do útero na rede pública, a partir de uma lei municipal.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 500 mil mulheres em todo mundo sofrem da doença por ano e pelo menos 250 mil morrem.

O câncer de colo do útero se desenvolve quando uma infecção pelo HPV se torna persistente e progride. O contágio com o vírus se dá através de contato e relações sexuais. Já foram identificados mais de 100 tipos de HPV, sendo que 15 tipos são considerados causadores de tumor. Cerca de 83% dos casos e 86% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento.

Ao longo da vida, mulheres de todas as idades ficam continuamente expostas ao risco de contrair infecções e doenças relacionadas ao HPV. Acima de 25 anos, observa-se avanço da infecção pelo HPV, além de aumentarem as chances de contrair infecção persistente pelos vários tipos do vírus.


fonte: Estadao/ZeroHora

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