A pessoa aspira muita água, que encharca os pulmões, causando asfixia, inconsciência e até a morte. O afogamento é a terceira causa de morte acidental em adultos e uma das duas principais em crianças.
Por ano, acontecem mais de 800 mil afogamentos no mundo. Entre os adultos, metade dos acidentes está relacionada ao consumo de bebida alcoólica, enquanto na infância o afogamento ocorre por falta de vigilância dos pais. Falta de conhecimento do local de mergulho, excesso de confiança e exaustão ao nadar são outros motivos que provocam esse tipo de acidente.
No afogamento, a água entra pelo nariz, invade os pulmões e detona células do sangue.
1- No início do afogamento, a pessoa se debate, tentando se manter na superfície. Ela prende a respiração o quanto pode e aspira, sem querer, pequenas quantidades de água, o que provoca o fechamento da laringe, órgão situado entre a traquéia e a base da língua. Esse é um mecanismo de defesa do nosso corpo para que a água não inunde os pulmões.
2- Depois de alguns minutos, a laringe relaxa e a pessoa involuntariamente respira debaixo d’água, aspirando e engolindo grande quantidade de água. Parte do líquido vai para o estômago e o restante segue o mesmo caminho do ar: percorre a traquéia e chega aos pulmões, passando por brônquios, bronquíolos e alvéolos.
3- Com o pulmão encharcado, a troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) não funciona mais. A redução da taxa de oxigênio causa danos em todos os tecidos, principalmente nos que precisam de mais ar, como as células nervosas. O cérebro é gravemente lesionado e a pessoa fica inconsciente.
4- Depois de chegar aos alvéolos, a água entra no sangue e penetra nos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Com isso, o potássio presente nessas células vaza para o plasma sanguíneo. Em concentração elevada, o potássio é fatal: ele acaba com a diferença de carga dentro e fora da célula, impedindo a transmissão dos impulsos nervosos e, assim, a contração muscular. Com isso, o coração pode parar de bater.
Números na infância
Um estudo encomendado pela ONG Criança Segura revelou as principais causas de mortes acidentais, de crianças menores de 15 anos segundo os estados brasileiros.
Análise por estados:
O afogamento foi o acidente que mais apareceu em primeiro lugar no ranking levando em conta os sete estados da região Norte. Este acidente foi a primeira causa de morte de crianças até 14 anos, por acidentes, no Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
O afogamento foi o acidente que mais apareceu em primeiro lugar no ranking levando em conta os sete estados da região Norte. Este acidente foi a primeira causa de morte de crianças até 14 anos, por acidentes, no Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Na região Nordeste, o empata em primeiro lugar com os acidentes de trânsito no Maranhão. Na Bahia, a principal causa foi o afogamento isoladamente. E nos estados de PI, CE, RN, PB, PE, AL e SE foram a segunda causa.
Nos estados da região Sudeste, apenas no Espírito Santo, o afogamento ocupou o primeiro lugar no ranking, nos outros estados o afogamento foi a segunda causa, com exceção do Rio de Janeiro onde a sufocação ocupou o segundo lugar e o afogamento o terceiro.
Na região Sul, o afogamento também é a terceira no caso do PR e RS. Somente em Santa Catarina que o afogamento ocupou o segundo posto.
E mais uma vez, o afogamento foi a segunda causa de mortes em GO, MT e DF. No Mato Grosso do Sul, ficou em terceiro.
Fonte: MundoEstranho/PMESP/ONGCriançaSegura
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