13 de dezembro de 2010

13 de dezembro - Dia nacional da pessoa com deficiência visual


Durante o governo de Jânio Quadros, foi instituído o Dia Nacional dos Cegos para homenagear a data da morte de José Álvares de Azevedo. O jovem cego introduziu o sistema braille no Brasil, em 1850, depois de aprendê-lo na França, e inspirou Dom Pedro II a criar o Imperial Instituto dos Jovens Cegos, hoje Instituto Benjamim Constant, localizado no Rio de Janeiro. No entanto, a data acabou não tendo a mesma repercussão que o Dia de Santa Luzia, protetora dos olhos e da visão, que é homenageada nesse dia.

Sentido básico, pelo qual são captadas a maioria das informações humanas processadas pelo cérebro, a visão precisa de atenção permanente para ser preservada em seu melhor nível. Exames periódicos ao oftalmologista são parte das orientações que podem prevenir o avanço de quadros iniciais impedindo-os de chegar a perda parcial ou total da visão.

De acordo com o IBGE (censo 2000), mais de 60% dos portadores de necessidades especiais no Brasil tem alguma deficiência visual (cegos ou com graves limitações), o que resulta em 16,6 milhões de pessoas nessas condições. Na estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), neste ano de 2010, o número de cegos por glaucoma no Brasil pode chegar a um milhão e a maioria nem sabe que é portadora da doença.

De acordo com o CBO, 60% dos casos de cegueira poderiam ser evitados e 20% revertidos, uma vez que a perda de visão é causada especialmente pela catarata - cegueira reversível -, pelo glaucoma - cegueira irreversível - e pela retinopatia diabética - cegueira prevenível.

Hospitais e clínicas oftalmológicas já percebem o aumento de movimento para check-ups, com a proximidade do final do ano, mas constatam que o costume da maioria das pessoas ainda é procurar o oftalmologista apenas diante de um desconforto visual e, "quando o problema se manifesta, já pode ser tarde", alerta o oftalmologista, Juscelino de Oliveira, especialista em glaucoma do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Como tratar deficientes visuais corretamente

Ofereça sua ajuda sempre que um(a) cego(a) parecer necessitar. Mas não ajude sem que ele(a) concorde;

Sempre pergunte antes de agir. Se você não souber em que e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo;

Para guiar uma pessoa cega, ela deve segurar-lhe pelo braço, de preferência no cotovelo ou no ombro. Não a pegue pelo braço: além de perigoso, isso pode assustá-la. À medida que encontrar degraus, meios fios e outros obstáculos, vá orientando-a. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado a lado, ponha seu braço para trás de modo que a pessoa cega possa lhe seguir;

Ao sair de uma sala, informe o(a) cego(a); é desagradável para qualquer pessoa falar para o vazio. Não evite palavras como "cego", "olhar" ou "ver", os(as) cegos(as) também as usam;

Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível. Não se esqueça de indicar os obstáculos que existem no caminho que ela vai seguir. Como algumas pessoas cegas não têm memória visual, não se esqueça de indicar as distâncias em metros (por exemplo: "uns vinte metros para a frente"). Mas se você não sabe corretamente como direcionar uma pessoa cega, diga algo como "eu gostaria de lhe ajudar, mas como é que devo descrever as coisas?", ele(a) lhe dirá;

Ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira, guie a sua mão para o encosto da cadeira, e informe se a cadeira tem braços ou não;
 
Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços;

Uma pessoa cega é como você, só que não enxerga; trate-a com o mesmo respeito que você trata uma pessoa que enxerga;


fonte: Jambo/ACLB

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