15 de dezembro de 2010

O segredo da saúde é... o comportamento

Você já imaginou uma vida livre de doenças, com menos visitas ao médico e menos dinheiro gasto em medicamentos? Já imaginou um sistema de saúde eficaz e com atendimento de primeira classe?
Cada vez mais me surpreendo com a quantidade de relatos de pessoas que "descobriram" a vida saudável e agora estão desfrutando de "milagres" como um sono restaurador, vivacidade para todas as atividades cotidianas e uma alegria que inunda a alma! Elas se sentem abençoadas por fazerem parte deste seleto grupo de pessoas que desfrutam de boa saúde. Elas me contam suas histórias com um grande sorriso, elas são diferentes, elas se destacam, elas são profundamente gratas.
Será que são donas de um segredo que não é compartilhado com a maioria da população?
Pois enquanto todos pedem socorro e esperam horas (ou até dias, meses, anos...) por um atendimento que as livre do sofrimento e da morte, estas pessoas abençoadas parecem caçoar de toda essa situação, esbanjando vitalidade e satisfação. Porém, não é nenhum segredo, está estampado nas manchetes das revistas, passa sempre na TV, e todo mundo que sabe faz questão de compartilhar: o segredo da saúde é o COMPORTAMENTO.
Não é de se admirar que no país regido pela lei de Gérson o sistema de saúde esteja sobrecarregado. Comportamento de risco é sinônimo de esperteza, malandragem. O brasileiro não respeita as leis enquanto não houver prejuízos de ordem financeira ou moral. O trânsito é um bom exemplo: avançar semáforo fechado, ultrapassar os limites de velocidade, fazer uso de bebidas alcoólicas e depois voltar pra casa dirigindo, bastando se preocupar com blitz e radares. Os acidentes de trânsito representam um problema de saúde pública, pois sobrecarregam o sistema de saúde.
Não, a culpa pelo SUS não funcionar no Brasil como funciona em Cuba não é do governo, é culpa do comportamento!
Outra lei que o brasileiro gosta é a lei do mais fácil, do comodismo. Se é mais fácil pegar o elevador, pra quê usar escadas? Se é mais fácil ser sedentário, pra quê fazer atividade física? Mais uma vez o comportamento influenciando os níveis de saúde de todo país.
Uma diferença importante que também difere o Brasil de outros países "mais saudáveis" é a valorização (ou desvalorização) dos profissionais da saúde. Em países como Estados Unidos, Alemanha e Austrália, existe a valorização dos profissionais da saúde que atuam na prevenção. Basta perceber que a Quiropraxia nestes países é a terceira maior profissão da área da saúde, logo após a odontologia e medicina geral. O "Personal Trainer" também não é visto como um luxo, porém essencial para a prática de musculação nestes países. No Brasil valoriza-se a atenção secundária e terciária, ou seja, quando a doença já se instalou e precisa de cura e reabilitação.
Você já pensou nos benefícios que um profissional de Educação Física pode fazer por você? Ou você acha que a caminhada de 30 minutos duas vezes na semana em uma intensidade insignificante está realmente fazendo bem ao seu coração?
Você já imaginou nos benefícios que um nutricionista pode fazer pela sua saúde? Ou você acha que alimentar-se 3 vezes ao dia seguindo dietas de revistas realmente é o ideal?
Você acha que não precisa de um fisioterapeuta porque o anti-inflamatório resolveu de vez por todas o problema?
O psicólogo não pode te ajudar pois rigidez de caráter é um traço da família?
Sua saúde bucal está impecável porque seus dentes não o incomodam à noite?
Este é exatamente o tipo de comportamento que o impede de entrar para o seleto grupo que mencionei no início deste texto. Não é nenhum segredo, se duvida pergunte a qualquer um que consiga ter um sono restaurador, vivacidade para todas as atividades cotidianas e uma alegria que inunda a alma!


artigo original publicado em: BlogDrJulioCotta

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