
Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca)
indicam que, todos os anos, cerca de 9 mil casos de câncer infantil são
detectados no País. Os tipos mais comuns são a leucemia (doença maligna
dos glóbulos brancos) e os linfomas (que se originam nos gânglios). A
boa notícia é que o diagnóstico precoce e a quimioterapia, juntos,
representam a principal arma contra a doença e permitem índices de cura
que chegam a 80%.
A onco-hematologista e diretora
técnica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães, lembrou que a
doença em crianças é diferente da diagnosticada em adultos. Nas
crianças, as células malignas são geralmente mais agressivas e crescem
de forma rápida. Os tumores dificilmente são localizados e o tratamento
não pode ser feito com cirurgia, destacou a especialistas, em entrevista
à Agência Brasil.
Outra peculiaridade do câncer infantil é que não há forma de
prevenção, uma vez que não é possível explicar a razão do surgimento dos
tumores. A médica alertou que os sinais da doença podem ser facilmente
confundidos com os de quadros bastante comuns em crianças, como
infecções. Alguns exemplos são o aparecimento de manchas roxas na pele e
anemia. Os sintomas, entretanto, devem se manifestar por um período
superior a duas semanas para causar algum tipo de alerta.
“É preciso saber identificar quando aquilo está passando do limite e
quando é normal. Afinal, qual criança não tem uma mancha roxa na canela
de vez em quando? Dependendo da situação, a lista de sinais causa mais
desespero nos pais do que ajuda”, explicou. A orientação, segundo ela, é
levar as crianças periodicamente ao pediatra.
Isis também defende que os próprios oncologistas pediátricos orientem
profissionais de saúde da rede básica sobre os sinais de alerta do
câncer infantil. A ideia é que o pediatra geral e o agente de saúde, por
exemplo, sejam capazes de ampliar seu próprio grau de suspeita,
prescrever exames mais detalhados e, se necessário, encaminhar a criança
ao especialista.
“A doença não dá tempo para esperar. É preciso seguir o protocolo à
risca, porque essa é a chance da criança. O primeiro tratamento tem que
ser o correto”, disse. Isis destacou também a importância de centros
especializados de câncer infantil, já que a doença precisa ser combatida
por equipes multidisplinares, compostas por oncologistas, pediatras,
neurologistas, cardiologistas, infectologistas e mesmo psicólogos,
odontólogos e fisioterapeutas, além do assistente social.
fonte: RevistaCrescer | PortalBrasil |
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