7 de agosto de 2010

Brasil terá vacina contra esquistossomose


O Brasil está mais perto de se tornar o primeiro produtor mundial da vacina contra a esquistossomose, doença provocada por um verme que atinge 200 milhões de pessoas em 74 países e causa 200 mil mortes por ano. Vinte anos depois de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz terem descoberto uma proteína que dá imunidade contra o verme Shistossoma mansoni, causador da esquistossomose, uma empresa brasileira se prepara para produzir a vacina.

A técnica, assim como outras vacinas, usa um antígeno (substância que estimula a produção de anticorpos) para preparar o sistema imunológico do potencial hospedeiro contra um ataque do parasita, impedindo que ele se instale no organismo. No caso, é utilizada a proteína SM 14, obtida do Schistosoma mansoni, verme que causa a doença na América Latina e na África.

"Ainda em 2010 devem ser feitos testes em seres humanos, com a autorização da Anvisa. Os testes serão feitos numa unidade da Fiocruz. Depois, vamos fazer mais testes com grupos maiores de pessoas e também nas áreas em que a doença é endêmica". Explica o diretor de Pesquisa e Inovação da Ourofino, empresa patenteada da produção, Carlos Henrique.

Durante o processo de desenvolvimento da vacina, descobriu-se que a mesma técnica poderia ser usada para imunizar o gado contra a fasciolose (conhecida como "baratinha do fígado"), cujo parasita causador é semelhante ao da esquistossomose. Estima-se que a doença cause US$ 3 bilhões de prejuízo todos os anos no mundo.

A médica e pesquisadora da Fiocruz Miriam Tendler está otimista com o fato de suas pesquisas estarem dando frutos 20 anos depois. O trabalho foi escolhido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos seis antígenos mais promissores no combate à doença.
"Mais de 600 mil pessoas estão expostas ao risco da esquistossomose no mundo, principalmente nos países mais pobres. A doença gera anemia, compromete a capacidade coginitiva das crianças e de trabalho dos adultos em países em desenvolvimento, que precisam de gente jovem para trabalhar. Ela tem sintomas crônicos e contínuos, como náuseas e diarreia. A pessoa toma remédio, mas se infecta de novo, porque o ambiente em que vive não muda" Explica a médica.

No Brasil, estima-se que a esquistossome atinge 8% da população, principalmente no Nordeste e no Sul de Minas Gerais.

fonte: GazetaWeb/GloboG1

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