9 de dezembro de 2010

Nova doença transmitida pelo Aedes deixa o Brasil em alerta



A identificação de três casos de doença provocada por um vírus que jamais circulou no Brasil colocou o Ministério da Saúde em alerta. Sobretudo porque ela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. A entrada do vírus da febre Chikungunya no País ocorre num momento em que o número de Aedes é elevado em diversos locais. E em que epidemia de dengue, no Rio e em outras cidades, não está descartada.

A doença só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado. Não há transmissão de uma pessoa para outra. O nome chikungunya significa “aqueles que se dobram” e tem origem no swahili, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença, entre 1952 e 1953. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos nos serviços de saúde. 

Segundo o ministério, de agosto a novembro três brasileiros - um carioca da Barra e dois moradores de São Paulo - tiveram a febre Chikungunya. Tida do que a dengue - devido à quantidade menor de casos fatais - a Chikungunya se caracteriza por febre alta e dores intensas nas articulações das mãos e pés, que podem se prolongar por até um ano, impossibilitando a pessoa de desenvolver sua rotina.

"Tivemos três casos importados. Tudo leva a crer que não houve transmissão no País. Todas as medidas de prevenção, como a busca de focos de mosquito nas proximidades das residências dos pacientes, aplicação de fumacê e rastreamento de novos casos foram feitas", afirmou o coordenador do Programa de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.
Chikungunya causa febre e dores intensas nas articulações de pés e mãos. Transmitida por mosquitos, é menos grave que a dengue e as mortes são raras
Uma das preocupações das autoridades é que, devido ao grande número de criadouros do Aedes, a doença se instale no País. "A presença do mosquito nos deixa vulneráveis. Quanto menos Aedes nas casas e nos espaços urbanos, menor o risco. Não há vacina contra o Chikungunya".

Os sintomas da doença aparecem de três a sete dias depois de o paciente ser picado pelo mosquito contaminado. Durante os primeiros cinco dias dos sintomas, se o paciente for picado pelo Aedes aegypti, ele transmite o vírus para o mosquito.

Além do Aedes aegypti, o mosquito Aedes albopictus (o mesmo que transmite  a febre amarela) também pode transmitir chikungunya. O Aedes albopictus está presente majoritariamente em áreas rurais e alimenta-se principalmente de sangue de outros animais, embora também pique humanos. Suas larvas são encontradas mais frequentemente em habitats naturais, como lagos, lagoas e outros reservatórios a céu aberto.


Confira o que fazer para evitar proliferação do mosquito

ø Caixas d'água
Devem ficar vedadas. Não devem ser cobertas por plástico ou calha porque esses materiais podem acumular água e servir de criadouros.

ø Calhas
Devem ficar limpas e sem pontos de acúmulo de água. Folhas secas precisam ser retiradas para que a água não fique retida.

ø Lajes e marquises
É importante manter o escoamento sempre desobstruído e sem depressões que possam causar o acúmulo de água.

ø Fossos de elevador
A recomendação é verificar uma vez por semana e bombear caso haja água acumulada.

ø Em casa e no trabalho
ø_A tampa dos vasos sanitários deve ficar fechada. Em banheiros pouco usados, deve-se dar descarga ao menos uma vez por semana para evitar surgimento de focos.
ø_As bandejas do ar-condicionado e da geladeira também precisam ser verificadas: alguns modelos acumulam água que pode virar foco do mosquito.
ø_Não deixe água acumulada em pratinhos de planta. Coloque terra nos vasos.


fonte: MS/Terra

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