27 de julho de 2011

Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho - 27 de julho


O mercado de trabalho não tem só bons exemplos. Especialistas dizem que o Brasil tem números altíssimos e preocupantes. O último levantamento da Previdência Social é de 2009 e mostra que naquele ano aconteceram 723 mil casos de acidente no trabalho, com quase 2,5 mil mortes. Uma média de sete por dia. Pelo menos 43% delas ficaram mais de 15 dias afastadas do serviço.

No topo ranking estão o estado de São Paulo, com mais de 246 mil casos, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os números são referentes aos trabalhadores com carteira assinada.

O levantamento mostra que 48% dos acidentes ocorreram no setor da indústria. A construção civil está entre as atividades que lideram esse ranking, junto com o transporte.

Estas estatísticas podem estar subdimensionadas, segundo o secretário do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília, João Barbosa. Ele afirma que a maioria das empresas se nega a emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) da Previdência Social para evitar o pagamento de impostos e de um serviço médico especializado. “Eles colocam uma placa de frente ao canteiro da obra dizendo que nós estamos a 100, 200 dias sem acidente, mas aquela placa não é verdadeira. Muitos trabalhadores que adoecem ou sofrem acidentes são mandados para casa, a empresa fica abonando o dia dele até ele se recuperar e quando se recupera é mandado embora”, explica.

Para o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e da Madeira na Bahia (Sintracom-BA), Florisvaldo Bispo dos Santos, acidentes poderiam ser evitados nos canteiros de obras se houvesse treinamento adequado para os operários inexperientes. "Na maioria das vezes, [os empresários] trazem o trabalhador do interior com pouca instrução para uma grande obra e esquecem de qualificá-lo. A falta de conhecimento também mata", disse.

O presidente da Comissão de Políticas de Relações Trabalhistas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Antônio Carlos Gomes, acredita que os empresários estão cada vez mais pressionados a adotar medidas de prevenção, principalmente depois que o governo decidiu cobrar mais pelo seguro acidente de trabalho para as empresas que registram grande número de ocorrências.

“A diretriz de premiar aqueles que não têm acidentes é perfeita e as empresas se sentem pressionadas”, disse Gomes. Ele acrescentou que as empresas são obrigadas a ofertar treinamento aos seus funcionários assim que são contratados, porém reconhece que nem todos cumprem as normas.

De janeiro a junho deste ano, o Ministério do Trabalho aplicou 34.658 autuações a empresas, de diversos setores econômicos, que descumpriram normas de segurança e saúde no ambiente de trabalho.

Saiba mais:
Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho 2010


Fonte:  G1 | AgBrasil

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