21 de março de 2010

Bebê morre afogado em balde no interior de SP

Bacias, vasos e baldes são armadilhas mortais para crianças em casa.

Afogamentos são a maior causa de morte acidental até 4 anos, segundo governo.
ONG Criança Segura diz que acidentes domésticos matam 6 mil crianças por ano.

Uma pequena distração pode virar uma tragédia quando se lida com crianças. Em poucos minutos, elas podem sofrer acidentes domésticos que deixam seqüelas e até perder a vida dentro de casa. O pior de tudo é que os acidentes poderiam ser evitados.

Uma menina de 9 meses morreu afogada em um balde com água, no sábado (20/3), no bairro Varjão, em Jundiaí, interior de São Paulo. O avô encontrou o corpo do bebê com a cabeça para baixo dentro do balde, que era usado para dar banho na criança. Ele havia saido da casa para fazer compras por cerca de 40 minutos, deixando mãe e filha dormindo em casa.
Conforme boletim de ocorrência divulgado pela polícia, a mãe, 22 anos, dormia na cama junto ao bebê. Ela disse que a criança deve ter acordado e engatinhado até o balde, que estava cheio.
A familia chegou a ligar para o Corpo de Bombeiros e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém, quando o socorro chegou, a menina já estava morta.

Acidente silencioso
Os afogamentos são a principal causa da morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. O levantamento aponta que, entre crianças de 0 a 14 anos, os afogamentos são a segunda maior causa, perdendo apenas para acidentes de trânsito. Para a coordenadora da ONG, o número de afogamentos é extremamente alto.

“É um acidente silencioso, porque em apenas seis minutos a criança já entra em processo de afogamento, que pode deixar seqüelas e até levar à morte. No início da vida da criança são mais comuns casos em bacias, vasos sanitários, baldes e depois, a partir dos 4 anos, os casos migram para acidentes em águas abertas, como represas, rios e praias”, afirma Thaís.

Muitos afogamentos acontecem dentro de casa, na banheira ou mesmo em um balde usado para a limpeza. Qualquer recipiente com água representa perigo. De acordo com a ONG Criança Segura, as crianças podem se afogar em apenas 2,5 centímetros de água.

Thaís ressalta que é necessária uma supervisão ativa. A companhia de um adulto e o uso de equipamentos de segurança em uma piscina, por exemplo, nem sempre são suficientes. De acordo com ela, muitos acidentes acontecem quando as crianças estão acompanhadas.

“Se a mãe deixa a criança por um instante para atender um telefone ou abrir a porta, é o tempo de a criança se afogar”, diz Thaís. “As pessoas nunca acham que vai acontecer na família delas e, quando acontece, as seqüelas são terríveis. Um acidente doméstico é a pior coisa que pode acontecer. A boa notícia é que podem ser evitados.”


Perigos em casa
As famílias podem não perceber, mas a casa oferece muitos perigos para os pequenos. Nas salas, crianças podem tomar choques em tomadas desprotegidas e fios desencapados. Muitos bebês ainda podem subir e cair de móveis, além de usá-los para alcançar janelas.

No fogão, os cabos das panelas devem ficar voltados para dentro. Conforme orientações da ONG, as bocas dos fundos é que devem ser usadas preferencialmente. É preciso ter cuidado também com produtos de limpeza, que podem envenenar as crianças.

“Muita gente ainda tem álcool em casa, por ter aquela idéia de que ele limpa e desinfeta. O número de crianças que se acidentam com esse produto é grande”, diz a coordenadora. Ela ressalta o levantamento do Ministério da Saúde, que mostra que as queimaduras são a segunda maior causa de morte acidental até os 4 anos de idade.

O uso de redes de proteção é indicado em apartamento ou casas com janelas altas. Escadas também devem ficar protegidas e as crianças não devem subir ou descer sem a ajuda de um responsável.

Se, apesar de todos os cuidados, uma tragédia acontece, os pais ou responsáveis devem procurar ajuda médica imediatamente.
O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de criança aprendam técnicas de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).


fonte: G1/ONGCriançaSegura

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