Para qualquer filho, não existe lugar mais seguro do que os braços da mãe, certo? Mas fique atenta que, no trânsito, esse pensamento não faz nenhum sentido! Ainda que o instinto protetor e a capacidade de atenção sejam superdesenvolvidos com a maternidade, na hora do passeio de carro, são mesmo as cadeirinhas chamadas de bebê conforto que vão garantir a segurança do seu bebê. Portanto, espere para amamentá-lo durante uma parada ou no seu destino final, mesmo que o chorinho de fome lhe corte o coração. Você não vai querer que ele corra riscos, não é mesmo?
As lágrimas do seu filhote não se comparam ao sofrimento que amamentar no veículo em movimento pode trazer. As estatísticas assustam. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 6 mil menores de 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizados a cada ano por causa de acidentes, sendo que, em cerca de 30% dos casos, a criança está na condição de passageira.
Desde o ano passado, transportá-los de maneira errada é uma infração grave. A penalidade prevista no artigo 168 do Código de Trânsito Brasileiro prevê multa de R$ 191,54 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Quando você vir uma criança sentada no banco dianteiro de um carro, solta no banco de trás ou no colo de um adulto, saiba que ali está uma vítima em potencial de graves acidentes”, aponta o pediatra Moisés Chencinski.
Os riscos estão por toda a parte. “Sem a devida proteção, em caso de colisão, a criança pode ser arremessada para fora do veículo ou esmagada pela própria mãe, quando está no colo”, revela Alessandra Françoia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura, que promove ações educacionais para prevenção de acidentes. “As crianças que estão no colo têm uma chance muito grande de sofrer lesões traumáticas importantes, por esmagamento ou impacto dentro do carro. Mesmo que o adulto esteja usando cinto de segurança, o risco é alto”, completa o pediatra Jairo Len, da Clínica Len de Pediatria.
Como colocar o bebê conforto?
O bebê conforto, ou conversível, é uma cadeira especialmente feita para acomodar bebês nos automóveis. “Estudos comprovam que o uso adequado dessas cadeiras diminui os riscos de morte em até 71% e, em cerca de 40%, as chances de lesão em um acidente”, cita Chencinski.
As cadeiras devem estar de costas para o movimento e com as tiras abaixo do ombro, sempre deixando uma folga de um dedo para o conforto do pequeno. “Nesta posição, o bebê estará mais protegido contra ferimentos na coluna”, explica o pediatra. Além disso, o ângulo de inclinação do assento deve ser de aproximadamente 45 graus e com as alças para baixo.
Atenção também aos airbags! “Nunca coloque a cadeirinha de frente ou ao lado de um compartimento com airbag. A força desses equipamentos pode resultar em ferimentos graves e até morte”, recomenda.
Ainda falta muito para o final do trajeto e o choro parece infindável? Hora da parada. “Se a mãe está amamentando exclusivamente ao seio, a única solução é parar o carro em um local seguro, retirar o bebê da cadeira de transporte e amamentar”, enfatiza Jairo, que ainda faz um alerta: “Nunca pare em acostamentos nas estradas. Procure um posto de gasolina se for o caso”.
Ainda que aflitos para acalmar o filho, os pais devem manter a tranquilidade e agir corretamente. “A criança pode ficar até dez minutos chorando, mas esse choro não significa desespero, é na verdade a única forma de comunicação dela. Pode deixar chorar um pouco até encontrar um local seguro”, recomenda o pediatra Antonio Carlos Turner, da clínica NutriPrime.
fonte: BolsadeMulher
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