7 de novembro de 2010

Transtornos mentais são riscos psicossociais no trabalho


A medicina do trabalho tem por princípio básico promover a saúde nos aspectos físicos e mentais, promovendo assim qualidade de vida. No 28.º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, promovido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, em um espaço reservado para a discussão desses problemas mentais, o psiquiatra e médico do trabalho do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Duílio Camargo, explicou que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) entende que os riscos psicossociais no trabalho estão relacionados ao estresse.

"Como fatores para esse transtorno, a instituição credita, entre outros, ao excesso de atividades, a pressão e o tempo, os conflitos entre subordinados e superiores e atividades repetitivas", avaliou o especialista.
Transtornos mentais precisam entrar no mapa das doenças relacionadas ao trabalho
Júlio César Fontana-Rosa, professor da USP, observou que os problemas mentais são uma das principais causas de incapacidade. A artrite e artrose vêm em primeiro lugar e, em segundo, aparecem os traumatismos de pescoço e membros e as intoxicações. "Dentre os transtornos mentais, são muito comuns os transtornos de humor, o estresse pós-traumático e a esquizofrenia", disse.

Para Camargo, esses problemas só podem ser verdadeiramente compreendidos se as equipes de perícia médica das empresas souberem quais atividades o paciente realiza e como elas podem o comprometer. "Antes de investigar a doença no empregado, é preciso encontrá-la na empresa", sublinhou.

Os especialistas levantaram uma outra questão: embora exista um avanço em relação ao reconhecimento da psiquiatria no mapa das doenças relacionadas ao trabalho, a questão ainda é tratada por outros especialistas. Para que esses problemas sejam resolvidos, é preciso que sejam tratados por profissionais de saúde mental. "O que se vê é o assunto sendo tratado por leigos", constata Fontana-Rosa.

O médico do trabalho explicou que o diagnóstico dos problemas mentais deve ser baseado em três aspectos: ocupacionais - relacionados às doenças que a empresa possui, às funções que o paciente realiza e suas relações na empresa; sociais - relacionados aos eventos da infância e adolescência (como a separação dos pais), habitação atual da pessoa e sua condição econômica, entre outras; e psíquicos - que têm a ver com enfermidades pré-existentes e com aspectos relacionados a sua personalidade, principalmente, a ansiedade.

O psiquiatra trouxe ainda a questão de que a qualidade de vida no trabalho está ligada ao relógio biológico de cada pessoa, ou seja, se ela produz mais e se sente melhor durante o dia, à tarde ou à noite. Existem instrumentos que medem essa condição. O relógio biológico funciona como um norteador para fazer o diagnóstico de transtorno psíquico. "É comum, com o avançar da idade, que as pessoas mudem, assim, quem é mais matutino tende a ficar vespertino ou ficar mais vigilante no período noturno", explicou Duílio Camargo.

Os especialistas reconheceram que o tema "psiquiatria e trabalho" é uma discussão moderna e de grande importância, e que o atual e constante debate reflete os problemas verificados todos os dias nas empresas brasileiras.

A qualidade de vida no trabalho é fundamental, sobretudo no que se refere à satisfação. Muitas pessoas trabalham para suprir suas necessidades básicas, como comer, por exemplo. Não possuem motivação pelo emprego. Seu ganho não possibilita a realização de sonhos. "O que podemos esperar de indivíduos que nas grandes cidades passam duas, três horas em ônibus lotados para ir ao trabalho?", indagou o especialista.

fonte: ParanaOnline-saude



TESTE: Avalie seu nível de stress

1) Você se sente insatisfeito com sua vida pessoal?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente 

 
2) Com que freqüência você adoece?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


3) Você tem dificuldade de se concentrar nas tarefas do cotidiano?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


4) Você só enxerga o lado negativo das coisas?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


5) Perde o controle emocional quando se sente pressionado?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


6) Costuma respirar de forma ofegante?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


7) Sente dores musculares?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


8) Acorda cansado mesmo quando dorme a noite inteira?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente 


9) Você se sente desmotivado sexualmente?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


10) Tem a impressão de que seu trabalho não propicia
desafios?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


11) Não se sente motivado com atividades que antes lhe davam
prazer?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


12) Toma remédios para controle emocional?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


13) Não consegue relaxar mesmo nos fins de semana e feriados?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente

14) No trabalho, acha que não é reconhecido por seu
chefe ou pelos colegas?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente


15) Você acha que seu chefe exige mais do que você é
capaz de executar?
a) Raramente
b) Às vezes
c) Freqüentemente



Total de pontos:



Resultado


ATÉ 17 PONTOS
Parabéns! Você está administrando bem seu nível de stress,
seja por não se sentir pressionado, seja por dispor de
técnicas eficientes para lidar com ele. Mantenha o bom
trabalho! 
 
DE 18 A 32 PONTOS
Atenção, seu nível de stress está acima do normal. Reavalie
suas prioridades e decida o que pode mudar para controlar sua
vida. Seja mais flexível. 
 
ACIMA DE 32 PONTOS
Cuidado! O stress está fora de controle e provavelmente você
já está sentindo as conseqüências disso.
Busque o apoio de amigos e familiares e respeite seus limites.
Se necessário, procure ajuda profissional.



Teste retirado do website do Dr. Rogério Alvarenga
 

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